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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 446 - 3 de Janeiro de 2016
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 12)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. No que diz respeito ao desempenho mediúnico, o sexo equilibrado é realmente importante?

Sim. É de vital importância, por oferecer energias específicas para potencializar os mecanismos delicados de que se utilizam os Espíritos. Simultaneamente, a faculdade mediúnica, em razão dessas energias que movimenta, irradia um campo vibratório que proporciona bem-estar àqueles que se lhe acercam, envolvendo-os em encantamento e admiração. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.)

B. Processos obsessivos são antigos na história da Humanidade?

Sim. A obsessão talvez seja a doença mais antiga da Humanidade, em relação a outras tantas prejudiciais. Basta que nos recordemos que, em todos os períodos do pensamento histórico, a obsessão e suas sequelas se têm apresentado ceifando a saúde física e mental dos indivíduos. E terrivelmente ignorada, ou simplesmente desconsiderada, vem prosseguindo no seu triste fanal de vencer todos aqueles que lhe tombam em suas malhas coercitivas. (Tormentos da Obsessão, cap. 7 – A amarga experiência de Leôncio.)

C. Onde se encontra a gênese dos problemas que aturdem o ser humano?

Nós a encontramos no próprio ser humano. Segundo Manoel P. de Miranda, na raiz de todos os problemas que aturdem os homens sempre encontraremos o Espírito como seu responsável, em face dos comprometimentos que ocasionou. Criado simples e ignorante, com neutralidade interior, defrontando as opções de agir correta ou incorretamente, tudo quanto lhe ocorre provém da preferência que se permitiu de início, cabendo-lhe o reencontro com o equilíbrio que lhe direcionará os passos para o futuro. A obsessão encontra-se incursa nesse raciocínio, porquanto somente ocorre em razão do comportamento irregular de quem se desvia do roteiro do bem fazer, criando animosidades e gerando revides. (Tormentos da Obsessão, cap. 7 – A amarga experiência de Leôncio.) 

Texto para leitura 

66. A importância na mediunidade do sexo equilibrado – A conversa com Alberto prosseguiu, sob atenta expectativa de Manoel P. de Miranda. “No que diz respeito ao desempenho mediúnico – disse Alberto –, o sexo equilibrado é de vital importância, por oferecer energias específicas para potencializar os mecanismos delicados de que se utilizam os Espíritos. Simultaneamente, a faculdade mediúnica, em razão dessas energias que movimenta, irradia, qual ocorre com outras faculdades artísticas, culturais, científicas, um campo vibratório que proporciona bem-estar àqueles que se lhe acercam, envolvendo-os em encantamento e admiração. O mesmo se dá em relação à mediunidade, pelo fato de parecer algo  mágico ou sobrenatural, muito do agrado dos sensacionalistas e supersticiosos. Como efeito, não são poucas as pessoas que se sentem atraídas pelos médiuns, a princípio sem se darem conta da ocorrência fascinante, terminando por envolver-se emocionalmente em afetividade apaixonada, injustificável. Do mesmo modo, os Espíritos ociosos e perversos, que sempre procuram perturbar aqueles que se voltam para o bem, não logrando agir diretamente sobre o instrumento mediúnico, despertam sentimentos perturbadores que vicejam nos invigilantes, que se deixam arrebatar, comprometendo-se e prejudicando aquele que lhe tombe na armadilha bem urdida... Ao mesmo tempo, outros fatores que geram ganância, heranças infelizes do ego em desgoverno, como o dinheiro fácil, os sonhos do triunfo e da glória efêmeros, as vaidades infantis, que lhes dão a impressão de serem indivíduos privilegiados, que se acreditam possuir somente méritos e destaques, são terríveis adversários do bom desempenho da mediunidade.” (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.) 

67. Perturbações na área sexual – Referindo-se aos Espíritos que se encontravam em tratamento no Nosocômio, Alberto informou que a maioria deles foi vítima de perturbações na área sexual, que os fez derrapar em compromissos graves perante a própria e a Consciência Divina. Eles visitaram, em seguida, passo a passo, a clínica de avaliação, para onde eram trazidos aqueles que se encontravam melhorados, quando eram então submetidos a testes psicológicos, de modo a medir-lhes o grau de entorpecimento mental e de vinculação com os dramas vividos. Visitamos também uma clínica para tratamento de choques eletromagnéticos, que se aplicavam em baixa voltagem, com objetivo de produzir estímulos nas sinapses eletroquímicas dos neurônios, especialmente naqueles que haviam sido portadores do transtorno maníaco-depressivo ou obsessivo-compulsivo, permanecendo com suas sequelas. Esse processo facultava a liberação das energias deletérias que se haviam fixado no perispírito e continuavam aturdindo-os. Acompanharam, então, um tratamento aplicado por jovem psicoterapeuta feminina, que dialogava com uma dama amargurada, que resistia em responder às perguntas que lhe eram dirigidas. Sem qualquer enfado, cansaço ou irritação, a psicóloga narrou-lhe pequena história, que lhe atraiu a atenção. Contou, com simplicidade, que a existência terrena pode ser comparada a alguém que possui um tesouro valioso e sai em busca de outro perfeitamente dispensável, mas que acredita ser o único que lhe trará felicidade, tombando depois em frustração e desespero. Para ilustrar, referiu-se a uma antiga lenda oriental, na qual uma jovem senhora, caminhando com o filhinho nos braços, passou por uma estranha gruta, de onde uma voz agradável e sedutora chamou-a, nominalmente, convidando-a a entrar e apropriar-se dos tesouros ali existentes, belos e raros, como os olhos humanos nunca viram antes. Ficando aturdida, foi tomada de curiosidade, pelo fato de ouvir a desconhecida voz e pela proposta fascinante. Como novamente escutasse o convite para se tornar muito rica, ouviu com nitidez a voz lhe dizer que tudo poderia recolher antes de sair, que passaria a pertencer-lhe; contudo, no momento em que se afastasse da caverna, uma pesada porta desceria e não mais se abriria. Tivesse pois, cuidado, porquanto estava diante de incomum felicidade, mas não poderia voltar ao local depois que a porta fosse cerrada. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.) 

68. O tesouro maior e mais valioso – Concluindo a narrativa, a psicóloga informou que a felizarda olhou em volta, e como não visse ninguém, imaginou que nada teria a perder, se adentrasse a gruta, o que fez de imediato, ficando deslumbrada ao contemplar joias de peregrina beleza, gemas preciosas, colares reluzentes, vasos de ébano e alabastro, estatuetas de incomparável perfeição cobertas de esmeraldas, diamantes rubis, pérolas. Não retornara à realidade quando ouviu a voz repetir: — Retira o que quiseres para levar, mas, tem tento, porque após saíres a porta descerá, fechando-se para sempre, e o que ficar atrás nunca mais será recuperado. Tomada por imensa ganância, começou a recolher as peças que lhe pareciam mais valiosas, e porque desejasse a maior quantidade, colocou o filhinho que tinha nos braços em lugar confortável no solo, continuando a colocar na barra da saia, transformada em depósito, tudo quanto podia carregar. Quando acreditou estar com um fardo infinitamente valioso saiu apressadamente e viu descer a porta pesada. Ela respirou aliviada e sorriu. E se encontrava radiante de felicidade quando, subitamente recordou-se do filhinho que havia deixado na furna... Os olhos da paciente brilharam inteligentes, e ela perguntou: — E a mãe, como ficou? — Desesperada! — replicou a psicoterapeuta — Agora, que tinha tudo quanto havia anelado, perdera, esquecido na caverna, o seu maior tesouro. Assim agimos em nosso dia adia terreno. Possuímos o que há de mais importante para a felicidade, e, no entanto, continuamos na cova das ambições procurando fantasias e brilhos secundários, perdendo o tesouro da paz, sem o qual caímos no fosso do desespero sem remédio... (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.) 

69. A doença mais antiga da Humanidade – Gentilmente assessorado por Alberto, Manoel P. de Miranda dirigiu-se em determinado momento a uma das Enfermarias de amplas proporções, que era dividida habilmente em agradáveis e cômodos apartamentos para atendimento individual dos pacientes. Em um deles, reclinado sobre duas amplas almofadas, encontrava-se um senhor de pouco mais de sessenta anos, de semblante sério, mas que não denotava sofrimento ou simples circunspeção. Sentada próxima à cabeceira da cama, uma dama que irradiava paz conversava afavelmente em doce tonalidade de voz. Quando notaram sua presença, Alberto explicitou: — Perdoe-nos a invasão da privacidade. Mas, de imediato, foi advertido quanto ao prazer que sua visita lhes proporcionava. Certamente, muito querido, foi recebido com real alegria, o que deveria acontecer com certa frequência. — Desejo apresentar-lhes um novo amigo — explicou Alberto. — Trata-se do irmão Miranda, trabalhador afeiçoado aos problemas pertinentes aos distúrbios espirituais, nos quais vicejam as interferências dos irmãos alucinados e doentes, que se comprazem no mal por ignorância. Feitos os cumprimentos de praxe, a nobre senhora se apressou em dizer: — É sempre com renovada alegria que recebemos companheiros dedicados ao estudo dessa grave epidemia, que tem sido motivo de martírio para as criaturas humanas, até hoje ainda não combatida com a eficiência que merece. E parece-me bastante estranho, por ser, talvez, a doença mais antiga da Humanidade, em relação a outras tantas prejudiciais. Basta que nos recordemos que, em todos os períodos do pensamento histórico, a obsessão e suas sequelas se têm apresentado ceifando a saúde física e mental dos indivíduos. Terrivelmente ignorada, ou simplesmente desconsiderada, vem prosseguindo no seu triste fanal de vencer todos aqueles que lhe tombam nas malhas coercitivas. Todos os esforços, portanto, direcionados para a desmistificação e o combate a esse terrível mal devem ser envidados, por todos aqueles que nos encontramos forrados pelos ideais superiores e que haurimos na palavra de Jesus o direcionamento correto para a felicidade. (Tormentos da Obsessão, cap. 7 – A amarga experiência de Leôncio.) 

70. A gênese dos problemas que aturdem o ser humano – Diante das observações feitas pela nobre mulher, Manoel P. de Miranda, concordando com o que ela acabara de dizer, afirmou: — Na raiz de todos os problemas que aturdem o ser humano sempre encontraremos o Espírito como seu responsável, face aos comprometimentos que se ocasionou. Criado simples e ignorante, com neutralidade interior, defrontando as opções de agir correta ou incorretamente, tudo quanto lhe ocorre provém da preferência que se permitiu de início, cabendo-lhe o reencontro com o equilíbrio que lhe direcionará os passos para o futuro. A obsessão encontra-se incursa nesse raciocínio porquanto somente ocorre em razão do comportamento irregular de quem se desvia do roteiro do bem fazer, criando animosidades e gerando revides. Certamente, haverá muitas antipatias gratuitas entre as pessoas, que resultam de preferências psicológicas, de identificações ou reações afetivas. Os dardos atirados pelas mentes agressivas e inamistosas são inevitáveis para aqueles contra quem são dirigidos. No entanto, a conexão somente se dará por identidade de sintonia, por afeição à afinidade em que se manifestam. Por esse motivo, a obsessão sempre resulta das defecções morais do Espírito em relação ao seu próximo, e desse, infeliz e tresvariado, que não se permite desculpar e dar novas chances a quem lhe haja prejudicado. Não ignoramos aquelas que têm gênese nas invejas, nas perseguições aos idealistas e trabalhadores do Bem, mas que também somente se instalam se houver tomada psíquica naquele que se lhes torna objeto de perseguição. (Tormentos da Obsessão, cap. 7 – A amarga experiência de Leôncio.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita