Um dogma deixa a
teologia abalada: a
concepção
de Maria
Imaculada
A doutrina da Imaculada
Conceição quer dizer que
a Mãe de Jesus é isenta
do pecado original, que,
na verdade, é o carma.
Maria de Nazaré, depois
de Jesus, é de fato o
mais sublime Espírito
que já veio a esse nosso
planeta. Mas como diz a
filosofia, “tudo de mais
é ruim”. E como
erradamente os teólogos
endeusaram Jesus, o Rei
da História da
Humanidade,
transformaram também
Maria numa espécie de
Deus em seu aspecto
feminino.
A mitologia tinha seus
deuses com os dois
aspectos, masculino e
feminino, o que
influenciou a teologia
cristã primitiva e até a
própria Bíblia. Na
verdade, Deus é neutro,
não sendo nem masculino
nem feminino. Mas Nossa
Senhora perante os fiéis
cristãos, na prática,
passou a ser vista
psicologicamente como
sendo uma espécie de
Deus em seu aspecto
feminino, não obstante
isso nunca ter sido
declarado abertamente.
Aliás, o Espírito Santo,
que, pela Bíblia, é o
conjunto de todos os
Espíritos (Daniel 13:
45, da Bíblia Católica;
e 1 Coríntios 6: 19),
era visto também por
muitos teólogos do
cristianismo primitivo
como sendo do gênero
feminino.
E eis alguns exemplos
dos deuses mitológicos
com seus aspectos e
modos femininos
semelhantes aos de
Maria. Na Grécia, a “mãe
dos deuses”, Artêmis,
Deméter, Atenas (virgem,
em grego “parthenos”, a
qual tem junto de si uma
serpente). Para os
romanos: Minerva, Ceres
e Diana (com uma lua
crescente sob os pés).
Entre os hindus, Kâli e
a “Mãe-Deus”, no aspecto
feminino de Brahma ou de
Vichnou. Para os
gauleses, temos Koridwen.
E, no Egito, temos Ísis
(com uma criança nos
braços).
Daí foi um passo para se
dar também à Mãe de
Jesus o título de “Mãe
de Deus” (“Teotokos”).
Mas lembremo-nos de que
Jesus só chamava Deus de
Pai, nunca de Mãe!
O objetivo desse título
polêmico, “Mãe de Deus”,
era para dar força à
ideia de que Jesus não é
só Filho de Deus, mas
também outro Deus
Todo-Poderoso, tal qual
o Pai. E uma parte dos
teólogos concluiu que
Maria foi concebida sem
pecado original. Por
isso, forçosamente, se
teria que concluir que a
fecundação dela não foi
feita por seus pais, são
Joaquim e santa Ana. Mas
como se aceitar isso, se
a própria fecundação de
Jesus pelo Espírito
Santo já é complicada
questão de fé?
Maria, por ser Mãe de
Jesus, é sem dúvida
nenhuma, um Espírito
imaculado. E a doutrina
da Imaculada Conceição
já era ensinada pela
Igreja, desde o Concílio
Ecumênico de Éfeso
(431), mas só foi
proclamada como dogma,
que respeito, pelo Papa
Pio IX, em 8 de dezembro
de 1854.
Mas não foi sem razão
que muitos teólogos
cristãos foram
contrários a essa
doutrina de Maria
concebida sem pecado
original, entre eles,
santo Agostinho, são
Tomás de Aquino e são
Bernardo.
É que esses renomados
teólogos perceberam que
a teologia cristã seria
abalada com essa confusa
doutrina da Imaculada
Conceição, que
respeitamos, mas que,
realmente, recebeu a
influência da mitologia!