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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 449 - 24 de Janeiro de 2016
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 
 

Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 15)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. A que se deve a intercessão benéfica que, apesar de seus fracassos, permitiu a Leôncio ser acolhido no Sanatório Esperança?

Segundo Alberto, o grave comprometimento com o erro não anulou as boas obras que foram por Leôncio praticadas. Ele deixou na Terra um patrimônio literário muito nobre, que vem ensinando e orientando muitas vidas a encontrar o rumo da felicidade mediante o esclarecimento correto e oportuno. Suas defecções são pessoais, e por elas vem respondendo, mas também os labores de engrandecimento moral oferecem-lhe créditos relevantes, que diminuem as consequências funestas da sua invigilância. Nada desaparece na contabilidade da vida, constituindo sempre valor que faz parte das operações evolutivas dos seres. Ao lado disso, os seus afetos, particularmente a genitora, credora de muitos títulos de enobrecimento, e sua esposa, que conseguira manter o amor acima das vicissitudes, e as orações de muitos corações que lhe são afetuosos intercederam em seu favor, facultando-lhe conquista especial da misericórdia de Deus, que nunca se expressa em regime de exceção, por estar aberta a todos os seres do universo. (Tormentos da Obsessão, cap. 8 – Indagações esclarecedoras.)

B. A propalada evolução é um processo?

Sim. Evolução é processo de renovação constante e de crescimento interior, passo a passo, com alegria e tirocínio em torno da realidade. A todos nós, criaturas humanas, estão reservadas oportunidades abençoadas de crescimento e evolução, não importando qual seja o contributo de dor e luta que nos seja imposto. Com Leôncio não seria diferente.  Sempre haverá oportunidade para todos quantos honestamente se empenhem na tarefa de recuperação de si mesmos e de fraternidade em relação ao seu próximo. A moeda de amor que direcionamos a outrem é raio de luz em nosso caminho em sombras, clareando-nos a marcha.(Tormentos da Obsessão, cap. 8 – Indagações esclarecedoras.)

C. Além de ter sido um mártir do Cristianismo na Lyon antiga, Eurípedes Barsanulfo foi também Johann Kaspar Lavater?

Sim. O querido missionário do amor reencarnou efetivamente no ano de 1741, em Zurique, com o nome de Johann Kaspar Lavater, que contribuiu grandemente, no seio do protestantismo, para a divulgação do pensamento cristão desvestido de qualquer dogmatismo ou paixão de seita. (Tormentos da Obsessão, cap. 9 – Tarefas relevantes.)

Texto para leitura 

80. A importância das boas obras – Embora haja retornado à Terra mais de uma vez em  experiências expiatórias, na mais recente aquinhoado com a luminífera mensagem do Consolador, para poder reparar e libertar muitos encarcerados na ignorância religiosa, eis que Leôncio volveu à conduta soberba e perniciosa de ontem, sintonizando com os desafetos que o vêm perseguindo desde aqueles já recuados dias. Ao invés de haver utilizado a incomum oportunidade para desalgemar-se, continuou no ergástulo a que se permitiu espontaneamente. O período de sofrimento nas regiões purificadoras o auxiliará a agir corretamente em futuros cometimentos, visto que o reencontro com a consciência pessoal e a cósmica é inevitável para todas as criaturas. Após ouvir o relato pertinente ao caso de Leôncio, restava a Miranda uma dúvida: - Quais os motivos especiais para que o Leôncio viesse para aquela Clínica e não para outra qualquer, já que essa era específica para médiuns fracassados? Alberto explicou: “O grave comprometimento com o erro não anulou as boas obras que foram praticadas. O irmão Leôncio deixou na Terra um patrimônio literário muito nobre, que vem ensinando e orientando muitas vidas a encontrar o rumo da felicidade mediante o esclarecimento correto e oportuno. As suas defecções são pessoais, e por elas vem respondendo, mas também os labores de engrandecimento moral oferecem-lhe créditos relevantes, que diminuem as consequências funestas da sua invigilância. Nada desaparece na contabilidade da vida, constituindo sempre valor que faz parte das operações evolutivas dos seres. Ao lado disso, os seus afetos, particularmente a genitora, credora de muitos títulos de enobrecimento, e sua esposa, que conseguira manter o amor acima das vicissitudes, as orações de muitos corações que lhe são afetuosos, intercederam em seu favor, facultando-lhe conquista especial da misericórdia de Deus, que nunca se expressa em regime de exceção, por estar aberta a todos os seres do universo”. (Tormentos da Obsessão, cap. 8 – Indagações esclarecedoras.) 

81. Evolução é processo de renovação constante – Naquela clínica, disse Alberto, estagiam médiuns psicofônicos muitos hábeis e portadores de excelentes recursos de ectoplasmia, facultando que sejam realizadas sessões próprias para essa finalidade — cirurgias para a extração de células fotoelétricas implantadas no encéfalo perispiritual, clichês insculpidos na memória psíquica etc. Foi, portanto, no caso de Leôncio, uma providência terapêutica e não uma concessão de privilégio, o que lhe aumentava a responsabilidade e o compromisso para com a Vida. Com relação ao futuro que o aguardava, Alberto disse que para todos nós estão reservadas oportunidades abençoadas de crescimento e evolução, não importando qual seja o contributo de dor e luta que nos seja imposto. Evolução é processo de renovação constante e de crescimento interior, passo a passo, com alegria e tirocínio em torno da realidade. Mas não haviam sido desenhados, até aquele momento, os projetos específicos para o retorno de Leôncio à Terra. (Tormentos da Obsessão, cap. 8 – Indagações esclarecedoras.) 

82. O amor que damos é raio de luz em nossa vida – Quanto à jovem médium que com ele se envolveu, como se encontrava? Ela voltará a manter relacionamento com ele? Alberto informou: “Conheço a moça enganada e tenho-lhe acompanhado o processo de recuperação. Pelo fato de haver sido mal orientada, a sua responsabilidade é menor, mesmo em relação ao fracasso no campo mediúnico, no qual deveria exercer a faculdade atormentada, contribuindo para o bem de muitos Espíritos que, através do seu concurso, receberiam a orientação terapêutica para se libertarem dos sofrimentos em que estorcegam. Destituída como se encontrava de sentimentos pervertidos ou intenções malsãs, foi considerada em nossa Instituição como sendo vítima das circunstâncias e da própria fragilidade moral, recebendo carinhosa ajuda. Atualmente vem trabalhando mediunicamente, colaborando no socorro aos desencarnados portadores de alucinações dolorosas que, nos seus fluidos, encontram campo de refazimento e, mediante a doutrinação que recebem, passam a ter diminuídos os sofrimentos. Sempre há oportunidade para todos quantos honestamente se empenhem na tarefa de recuperação de si mesmos e de fraternidade em relação ao seu próximo. A moeda de amor que direcionamos a outrem é raio de luz em nosso caminho em sombras, clareando-nos a marcha. Certamente, em momento próprio, defrontar-se-ão esses Espíritos amigos e de sentimentos controvertidos, para que programem a sublimação do amor através de algum mecanismo da reencarnação. Por enquanto, é prematura qualquer conjectura em torno de como isso acontecerá, cabendo a cada qual o estabelecimento de metas renovadoras e felizes”. (Tormentos da Obsessão, cap. 8 – Indagações esclarecedoras.) 

83. Eurípedes Barsanulfo, o mártir cristão – De volta ao gabinete do Dr. Inácio, este convidou o autor desta obra a um passeio pelo jardim externo do Pavilhão, a fim de se reabastecerem de energias vitalizadoras extraídas da Natureza. A temperatura amena e o favônio caricioso que bailava no ambiente calmo estimulavam-nos a caminhar entre as aleias bem traçadas com buxos formosos e pelos jardins floridos que trescalavam perfumes variados. Miranda tinha a impressão de se encontrar em uma estância de paz, distante das aflições terrenas, o que era realidade, pois fora essa a intenção do idealizador do Hospital, a fim de que os pacientes se refizessem das turbulências vividas, recompondo-se e reformulando conceituações em torno da vida. Intrigavam-no a argúcia para o bem e a elevação espiritual de Eurípedes Barsanulfo, o abnegado servidor de Jesus, que abraçara o martírio nos primórdios do Cristianismo nas Gálias lugdunenses(1), assinalando o seu sacrifício com a coragem e a fé inamovível no Herói da Cruz. (Tormentos da Obsessão, cap. 9 – Tarefas relevantes.) 

84. Johann Kaspar Lavater – Segundo Dr. Inácio, desde há dois séculos Eurípedes se interessava pela interpretação do homem, pelo aprofundamento na sua psicologia e por uma formulação de proposta iluminativa para a sua perfeita integração no equilíbrio. Depois de inumeráveis existências profícuas, o missionário do amor renascera em Zurique, no ano de 1741, com o nome de Johann Kaspar Lavater, havendo manifestado desde muito jovem acentuado pendor místico, que o levou através dos anos à adoção da religião dominante, na área do protestantismo. Havendo sido ordenado pastor, contribuiu grandemente para a divulgação do pensamento cristão desvestido de qualquer dogmatismo ou paixão de seita. Orador incomum e pensador profundo, com imensa habilidade para desenovelar Jesus dos símbolos neotestamentários em que fora sitiado pelos Concílios e interesses subalternos das religiões do passado, seus sermões atraíam grande público, especialmente porque, àquela época, apoiavam a revolução das ideias novas que se alastrava pela Suíça, recém-chegada da França. Logo depois, porque a Revolução Francesa extrapolasse na difusão das teses materialistas, favorecendo o racionalismo absoluto, colocou-se contra o absurdo da negação de Deus e da imortalidade da alma, permanecendo vinculado às correntes místicas e sentimentais, nas quais melhor identificava Jesus e Seus propósitos de amor para com a Humanidade. Suas reminiscências de outras existências, de sacrifício e dedicação à fé cristã, tornaram-no admirado e respeitado. Exilado para a Basileia, pela sua lealdade ao pensamento cristão original, permaneceu devotado ao apostolado, retornando, mais tarde, quando foi ferido numa das lutas pela tomada da cidade por Massèna, no ano de 1799, de cujas consequências veio a desencarnar em 1801. (Tormentos da Obsessão, cap. 9 – Tarefas relevantes.)  (Continua no próximo número.)

(1)
Lugdunense: sinônimo de lionês, adjetivo relativo à cidade de Lyon, França.

 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita