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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 450 - 31 de Janeiro de 2016

FERNANDO ROSEMBERG PATROCÍNIO
f.rosemberg.p@gmail.com
Uberaba, MG (Brasil)

 

 


Espiritismo em síntese


Vejamos, de modo resumido, algumas propriedades que definem o caráter mesmo do Espiritismo que, sendo simples, paradoxalmente, é bastante complexo, pois que o mesmo detém: 

- Tríplice Aspecto, bem como:

- Dúplice e Multíplice, em sua:

- Unidade Contextual ou Monista. 

Mas não é só, pois inclui, ainda, caracteres outros que envolvem sua Aplicabilidade; sua Singularidade; Racionalidade; Consensualidade; Impessoalidade; Neutralidade, dentre outros.  

Primeiramente, pois, sabe-se que o Espiritismo assume o Tríplice Caráter de ser Ciência, Filosofia e Religião, sendo esta: Religião Pura, em Espírito e Verdade, escoimada, pois, de espúrios humanos. Mas como já dito, outro modo de se encará-lo está em seu Dúplice Caráter, ou seja, com a pesquisa de Kardec (Ciência Espírita), em separado, e a Filosofia-Moral instituída pelo Espiritismo (Doutrina dos Espíritos Superiores), pois que sua Moralidade, como Religião, esta decorre, modo natural, de sua ampla e vasta Filosofia. 

Entretanto, ressalte-se que, doutro modo, mais amplo e bem mais abrangente, conceber-se-ia tais Caracteres: Tríplice, ou Dúplice, com um seu aspecto Multíplice, tendo em vista que Kardec, em sua obra derradeira, chegara a postular que: “O Espiritismo e a Ciência se completam mutuamente”. (Vide: “A Gênese” – AK – 1868 – Ide.)

Ora, se o Espiritismo e a Ciência (oficial) se completam mutuamente, isto quer dizer, noutros termos, que o Espiritismo está na Ciência e a Ciência no Espiritismo; e conquanto se nos pareçam disciplinas específicas, tais, em sua integração, formam uma só e a mesma coisa, constituindo, paradoxalmente, um Caráter Multíplice do Espiritismo que também se nos revela Uno, pelos fatos incontestáveis de que: 

- A Psicologia, quando estuda a psique, ela estuda, fundamentalmente, o Espírito e suas manifestações cognitivas: seu ego, seu superego, que compreendem, em seu todo, manifestações de um subterrâneo psíquico, o denominado subconsciente, repleto de motivos, emoções, instintos, saberes e aquisições muitas do processo palingenésico; 

- A Medicina, quando estuda o Complexo Biológico Humano, suas doenças e demais mazelas, ela também estuda, em seus efeitos (e, sem o querer), o Perispírito e o Espírito, sua constituição, pois que tais elementos são seus mais relevantes componentes que, afinal, se corporificam no Mundo terreno, lhe expressando as necessidades evolutivas ao bojo das sociedades humanas; 

- A Antropologia, quando estuda o Homem e a Humanidade em sua totalidade, ela também estuda o Espírito sem o querer, e estuda, pois, sua evolução, sua jornada palingenésica; 

- A Química, quando pesquisa os elementos, ela também pesquisa modalidades outras da substância, a espiritual, que, numa curva cinética (onda?), se reduz à partícula (matéria?) que, se aglomerando, constitui corpo sólido que, por sua vez, não se paralisa, pois que se transforma ainda nas tramas da evolução radioativa, energética, cujos estudos são ainda primários, mas reveladores de algo mais, e, quem sabe mesmo, da mônada, do princípio espiritual. 

E assim por diante com, praticamente, todas as ciências e todos os saberes do nosso Orbe, pois quando o homem pensa e trabalha em seu plano mental (matemática, por ex.), quem o faz, fundamentalmente, é o Ser principal, é o Espírito e não o cérebro propriamente falando, pois que este não passa de instrumento secundário daquele outro. 

Logo, o Espiritismo, em seu Caráter Multíplice, que também é Uno, entrosa-se com Tudo, com todas as Ciências hoje formalizadas, quer queiram, quer não queiram, pois quem pensa e cria (as ciências) é o Homem que, como já dito, é Espírito, o Ser consciencial. De tal modo que, Espírito e Matéria, e suas infinitas gradações, parecem decorrer de um mesmo elemento primordial (Deus, Substância etc.), constituindo uma concepção unitária do Universo físico e metafísico, material e espiritual. 

Mas um outro aspecto do Espiritismo codificado é o firmado pelo preceito da Concordância Universal. Note-se que foram cotejadas instruções dos Espíritos em cerca de mil centros sérios de trabalhos mediúnicos, dos mais diversos pontos da Terra, e isto, digo, ao tempo da Codificação Espírita. Tal medida, sem dúvida, fora capaz de uniformizar relativamente bem os ensinos básicos doutrinários, conformando-os ao progresso científico de sua época, no Século 19; sua sentença doutrinária assim se expressa: 

“A garantia única, séria, do ensinamento dos Espíritos está na concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente, por intermédio de um grande número de médiuns, estranhos uns aos outros, e em diversos lugares”. (AK) 

Diga-se que tal Concordância, conquanto assistamos a toda sua inaplicabilidade nos tempos atuais, dir-se-ia que, no caso da imensa obra de Francisco Cândido Xavier, admite-se haver nela toda uma Concordância dos homens que acataram ou acatam a sua obra no Mundo terreno, e toda uma Concordância dos Espíritos que a consolidaram, sendo que, no tópico ‘homens’ se faz a seguinte ressalva: são apenas alguns poucos que, por motivos banais, ou, por ignorância, a desaprovaram ou a desaprovam, sendo, pois, de um caráter irrelevante em face de sua ampla e total aprovação. 

Todavia, dentre outras propriedades do Espiritismo, em resumindo-as, poder-se-ia mencionar as seguintes: 

- Como Aplicabilidade, dir-se-ia que o Espiritismo aniquila a superstição, desfaz a ignorância, e se coloca a favor das conquistas científicas voltadas para o bem, para o progresso, para a sublimação do Espírito imortal; e, mais ainda, substitui e unicidade da existência humana pela palingenesia agora vista não mais como simples crença, mas, sim, pelo apoio da pesquisa, da prova evidente e cabal da experimentação científica. O Espiritismo, pois, por tais condições, leva o Homem a aplicar-se e a conduzir-se como um Cristão Redivivo, porém, racionalista, tendo em vista seu progresso intelectivo, espiritual e moral. 

- Como Singularidade, constata-se que o Espiritismo não tem chefias humanas, pastores ou sacerdotes, pois cada qual de seus adeptos tem por guia sua própria Consciência alicerçada por uma fé raciocinada. Noutros termos, nós, os espiritistas, tão só acatamos as propostas doutrinárias e as colocamos à nossa maneira de ser e de viver, consoante, ainda, nosso grau de percepção e de entendimento das mesmas; e, mais ainda, nos propondo reformas corrigindo nossas mazelas espirituais. 

- No aspecto Racionalidade, vemo-lo com um colorido diferente, estabelecendo-se no império da análise, do método, da lógica que exclui crendices e superstições. Ora, todos os nossos estudos da natureza terrena e universal, bem como os relativos ao Espírito, encarnado e desencarnado, devem submeter-se ao império da análise, do exame, para constatar-se sua veracidade; e tudo quanto contrarie o bom senso, a lógica, os dados da experiência já adquirida, deve ser desaprovado.  Como já dito: é melhor repelir dez verdades do que admitir uma só mentira, uma só teoria errônea.   

- Como Impessoalização, um outro aspecto seu, note-se que ninguém é autoridade incontestável do Espiritismo que, afinal, fora elaborado por uma plêiade de Espíritos Superiores, luminares do Saber e do Amor, sendo, pois, uma obra sua, e não há, para o mesmo, um seu criador e um seu chefe do ponto de vista humano. 

- Como Neutralidade vê-se que o Espiritismo não tem nacionalidade e não provém de nenhum culto religioso estabelecido no Mundo. Sua nacionalidade, digamos assim, é universal e provém de um ensino igualmente universal: o Cristianismo Puro, seus ensinos e sua ética válida para todo o sempre, pois que provêm da Inteligência Suprema, do nosso Criador. O Espiritismo, pois, é para todos, e não tão só para certos grupos ou pessoas, em particular. 

- Por ser Doutrina de Essência Evolutiva, o Espiritismo não se engessa no tempo, não se paralisa, e isto se constata nos aprofundamentos doutrinários deste sesquicentenário de sua presença no Mundo terreno. 

- Mais ainda: o Espiritismo participa da Revelação Divina (espiritual) e da Revelação Humana (científica), pois, nos precisos termos de Kardec: 

“Resulta da primeira no sentido de que seu advento foi providencial, e não o resultado da iniciativa e de um desejo premeditado do homem; que os pontos fundamentais da Doutrina são o fato do ensinamento dado pelos Espíritos encarregados por Deus para esclarecerem os homens sobre as coisas que ignoravam, que não poderiam aprender por si mesmos, e que lhes convinha conhecer, hoje que estão amadurecidos para compreendê-las. Resulta da segunda no sentido de que esse ensinamento não é privilégio de nenhum indivíduo, mas é dado a todo mundo pelo mesmo meio; que aqueles que os transmitem e os que os recebem não são Seres passivos, dispensados do trabalho de observação e de pesquisa; que não renunciam ao seu juízo e ao seu livre-arbítrio; que o controle não lhes é proibido, mas, ao contrário, recomendado...”. (Vide: “A Gênese” – AK – 1868 – Ide.) 

No tocante ao referido Mediunismo, como sendo mais uma de suas facetas doutrinárias, e de pesquisa de seus profitentes, penso que aí mesmo residem nossas maiores dificuldades geradas pela ignorância e pela promiscuidade dos médiuns e dos Espíritos que se munem de tal via de comunicação. Infelizmente, em nosso meio, e, exceto pelos grandes missionários do Cristo, o fato é que estamos longe de um mediunismo tão só iluminado e construtivo; mas estamos a caminho de tal, pois as ferramentas de detecção e exclusão das fraudes doutrinárias foram ministradas pelo sábio cientista e codificador Allan Kardec e por toda uma plêiade de Espíritos elevados.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita