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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 450 - 31 de Janeiro de 2016
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 
 

Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 16)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. Lavater foi também adepto da doutrina da Fisiognomonia?

Sim. De origem muito antiga, essa doutrina, esquecida por um largo período, ressurgiu na Renascença, despertando o interesse de inúmeros pesquisadores, especialmente do célebre Tomás de Campanella, que muito a divulgou, baseando-se no trabalho de Porta, intitulado Da Fisiognomonia Humana. Novamente esquecida, foi restaurada por Lavater, e passou a merecer alguma consideração a partir daí, no século 19, ligando-se à nascente Frenologia, sendo, sem qualquer dúvida, ambas as doutrinas precursoras da atual Biotipologia.  (Tormentos da Obsessão, cap. 9 – Tarefas relevantes.)

B. Podemos afirmar que é lento o processo de evolução do ser humano?

Sim. O processo de evolução é lento. Segundo Dr. Inácio, o motivo dessa lentidão se deve ao fato de que nós, que nele estamos envolvidos, optamos pelo imediatismo e somos envolvidos pelas ilusões que afastam aparentemente as responsabilidades e as lutas, intoxicando-nos os centros do discernimento e entorpecendo-nos a razão. (Tormentos da Obsessão, cap. 9 – Tarefas relevantes.)

C. O que é necessário para que o espírita não fracasse?

Para que o candidato à edificação de si mesmo alcance o objetivo a que se propõe, torna-se imprescindível todo o empenho e sacrifício pessoal, com renúncia a todas as tendências perturbadoras, a fim de realizar a transformação moral imprescindível à felicidade. Somente o conhecimento espírita não basta para oferecer resistência a pessoa alguma ante as inclinações para o mal e para a desordem interior. Após consegui-lo, faz-se imprescindível vivenciá-lo, passo a passo, momento a momento, mantendo vigilância e coerência na conduta, a fim de não se comprometer negativamente e desviar-se do caminho da retidão. (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)

Texto para leitura 

85. Lavater e a doutrina da Fisiognomonia – Aludindo aos estudos feitos por Lavater, Dr. Inácio explicou: “A Fisiognomonia é uma velha arte, ou ciência para alguns estudiosos, de se conhecer as qualidades inatas e os valores morais dos indivíduos através do exame e da cuidadosa interpretação da fisionomia de cada um. Trata-se, sem dúvida, de crença antiga, através da qual a fisionomia é reflexo do ser humano em si mesmo. Fosse hoje, e poderíamos aduzir que isso teria alguma razão graças ao perispírito, que se encarrega de modelar no corpo os valores ético-morais da criatura, muitas vezes desvelando o seu mundo interior pelos reflexos que a face exterioriza. Muitos sábios gregos cuidaram de estudá-la, dentre os quais Galeno, Plínio, Cassiodoro, além de diversos escritores do passado que fizeram o mesmo. Esquecida, por um largo período, ressurgiu na Renascença, despertando o interesse de inúmeros pesquisadores, especialmente do célebre Tomás de Campanella, que muito a divulgou, baseando-se no trabalho de Porta, intitulado Da Fisiognomonia Humana. Novamente esquecida, foi restaurada por Lavater, e passou a merecer alguma consideração a partir daí, no século 19, ligando-se à nascente Frenologia, sendo, sem qualquer dúvida, ambas as doutrinas precursoras da atual Biotipologia”. Segundo Dr. Inácio, é provável que César Lombroso tenha se utilizado de alguns dos seus postulados para estabelecer as bases da sua tese na Antropologia Criminal, através de estudos antropométricos cuidadosos, procurando demonstrar que os criminosos pertencem a um tipo biológico especial da humanidade, biótipo representativo de um grupo próprio descendente do gênero humano. O grande investigador italiano também pensava que as características mentais decorreriam da hereditariedade, sendo, portanto, de origem fisiológica, expressando a representação de um ser degenerado e primário muito diferente do indivíduo humano normal, que o expressava nos traços físicos, mentais e nervosos. (Tormentos da Obsessão, cap. 9 – Tarefas relevantes.) 

86. O que faltou a Lombroso – Segundo Dr. Inácio, faltou a Lombroso um conhecimento profundo da reencarnação como das leis de causa e efeito, para entender que todo Espírito é o autor do seu destino, insculpindo em cada experiência carnal as conquistas e prejuízos que decorrem da sua conduta. Desse modo, o atavismo que o leva a uma aparente queda na escala inferior da evolução decorre apenas do distúrbio que o Espírito se impõe para aprender a valorizar a vida, mediante expiações engrandecedoras e provações regenerativas. No caso dos criminosos natos, que tanto o preocupavam, identificamos, sim, em cada um deles, o Espírito primário, em processo de ajustamento às leis da ordem e da disciplina, desarmonizado no grupo social. Identificados, devem merecer tratamento especializado, a fim de evitar que derrapem nos crimes hediondos ou sejam vítimas da própria impulsividade. A reencarnação é, portanto, a chave para equacionar o enigma que o notável antropólogo criminalista não conseguiu, detendo-se apenas nos efeitos, na constituição do crânio e noutras características mentais e nervosas. Dito isso, Dr. Inácio voltou a falar de Eurípedes, dando curso desse modo à sua narração: “Sempre interessado no progresso do ser humano e na sua transformação moral, a fim de conquistar a felicidade, Eurípedes tem trabalhado, desde recuados tempos, para conseguir esse desiderato. Enquanto viveu na organização física e amou, ajudando a edificar vidas, na sua querida Sacramento, na recente reencarnação, onde deixou pegadas luminosas, que prosseguem apontando os rumos do Mestre, não mediu sacrifícios para se transformar no lídimo discípulo fiel de Jesus em todas as circunstâncias. Regressando à pátria espiritual e constatando a falência de muitas existências que se deveriam ter entregado ao ministério do Bem, mas retornavam na condição de Espíritos desvairados, hebetados, tristes, fracassados e arrebanhados para regiões de muita sombra e dor, nas quais se homiziam os adversários da Luz, empenhou-se em erguer este santuário para a saúde mental, que é também albergue para repouso e refazimento dos descuidados filhos do Calvário, que se esqueceram do Mestre, deixando-O abandonado...” (Tormentos da Obsessão, cap. 9 – Tarefas relevantes.) 

87. É lento o processo de evolução – Denotando emoção na voz e compaixão pelos combalidos que foram arrebatados pela loucura a que se entregaram espontaneamente, Dr. Inácio prosseguiu: “O processo de evolução é lento, porque aqueles que nele estamos envolvidos optamos pelo imediato, que são as ilusões que afastam aparentemente as responsabilidades e as lutas, intoxicando-nos os centros do discernimento e entorpecendo-nos a razão. Luz, porém, em toda parte, o amor de Nosso Pai convidando à renovação e ao trabalho, à conquista de si mesmo como passo inicial para a aquisição da alegria, da paz e da felicidade de viver. Dia virá, e já se anuncia, em que o Evangelho de Jesus tocará os corações com mais profundidade, e o ser humano se levantará dos vales por onde deambula, galgando a montanha da libertação, a fim de contemplar e fruir os horizontes infinitos e plenificadores. Até que chegue esse momento, que todos nós, aqueles que amamos e já despertamos para as responsabilidades que nos dizem respeito, nos demos as mãos e, unidos, sirvamos sem reclamação, ampliando o campo das realizações enobrecedoras”. (Tormentos da Obsessão, cap. 9 – Tarefas relevantes.) 

88. O que é necessário para que o espírita não fracasse – Hospedado em agradável apartamento situado no Pavilhão por onde caminhou pela manhã, atendendo à gentileza do seu diretor que lho ofereceu para o período reservado ao seu estágio, Manoel P. de Miranda refletia sobre tudo o que até ali havia visto, lembrando que não são poucas as pessoas que acreditam que o fato de alguém esposar as lições que defluem das páginas luminosas da Codificação e das Obras que lhe são subsidiárias, de imediato o torna um ser renovado e imbatível. Isso deveria ocorrer, sem dúvida, no entanto, em razão das heranças ancestrais negativas e das múltiplas vinculações com o vício, cujos resíduos permanecem por longo período impregnando o perispírito, nem sempre o candidato à edificação de si mesmo consegue o objetivo a que se propõe. Para que isso aconteça, torna-se imprescindível todo o empenho e sacrifício pessoal, renunciando às fortes tendências perturbadoras, a fim de realizar a transformação moral imprescindível à felicidade. O expositor, o escritor, o médium espírita, melhor do que qualquer outro adepto da Doutrina do Consolador, são portadores de altas responsabilidades, devendo insculpir na conduta os conteúdos que oferecem aos demais. Com destaque, porém, o medianeiro esclarecido, por sentir e manter contato direto com o mundo extrafísico, tornando-se instrumento das comunicações dos imortais, está consciente do significado dos valores morais que deve cultivar, a fim de não se deixar dominar pelas fantasias e fanfarronices do gozo exorbitante, do egoísmo, do orgulho e da presunção que o tentam constantemente, mas não dispõem de recursos mais valiosos e profundos para o convencerem. Sucede, no entanto, que o conhecimento apenas não basta para oferecer resistência a pessoa alguma ante as inclinações para o mal e para a desordem interior. Após consegui-lo, faz-se imprescindível vivenciá-lo, passo a passo, momento a momento, mantendo vigilância e coerência na conduta, a fim de não se comprometer negativamente, desviando-se do caminho da retidão. (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.) (Continua no próximo número.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita