Amar-nos e instruir-nos
Espíritas, amai-vos, eis
o primeiro mandamento; e
instruí-vos,
eis o segundo! –
Espírito de Verdade.
Uma pesquisa científica
americana mostrou que
pessoas que gastam seu
dinheiro com
experiências
gratificantes como
vivências de viagens,
leituras de livros,
visitas a museus, ou
seja, coisas abstratas,
acabam sendo, na sua
maioria, mais felizes do
que as que gastam o
dinheiro com objetos e
coisas materiais.
Fiquei aqui pensando:
como as palavras de
Jesus continuam sendo
tão atuais.
Mesmo no episódio acima
podemos lembrar quando
Ele diz “não acumuleis
tesouros na Terra”, mas
no céu, ou seja, dentro
de si, com atuações e
objetivos na sua própria
evolução. Situações
abstratas acabam nos
atingindo muitas vezes
mais do que as
materiais.
O Amor é o ponto alto
dos seus ensinamentos,
todos nós sambemos
disso, mas não o amor na
sua expressão vulgar, e
sim na forma profunda de
ver e viver a vida.
Todos os nossos atos
sendo vividos em amor
pleno
–
no exercício do perdão,
da paciência, do ouvir e
falar, do trabalho
constante
–
são expressões do amor.
Esse Amor vai pouco a
pouco provocando
mudanças em nós, o que
chamamos de evolução. A
mudança do planeta, da
sociedade, a evolução
tecnológica, tudo mais,
sem o sentido do amor,
torna-se frio e sem
valor. Por isso podemos
afirmar que Jesus é e
continua sendo o Farol
do Mundo.
Num momento da História
do nosso planeta aparece
o Espiritismo propondo
algo mais na mensagem de
Jesus. No capítulo VI,
item 5, de O Evangelho
segundo o Espiritismo, o
Espírito de Verdade
ensina que nos devemos
amar e instruir.
Portanto, não foi
Kardec, mas sim o
Espírito de Verdade
que nos pediu amor e
conhecimento.
Não poderíamos esperar
menos dessa plêiade de
Espíritos que compõe o
Espírito de Verdade,
pois estamos falando de
Sócrates, Platão, Santo
Agostinho, Fénelon,
entre outros grandes
vultos de nossa
História, que tinham
sabedoria, vivendo o
amor e procurando se
instruir sempre.
Disse Jesus:
“Conhecereis a Verdade e
ela vos libertará”.
O processo de instrução
começa no dia a dia,
passando pelas
experiências
educacionais, livros,
palestras, cursos, ou
seja, tudo que está à
nossa volta, filtrando e
assimilando o que é bom
e que nos faz melhores.
A vida é muito curta
para perder tempo com as
futilidades; precisamos
nos educar e usar nosso
tempo com as coisas que
venham a somar na nossa
evolução, tais como
amar, trabalhar e
aprender.
Alguém uma vez disse que
a evolução é feita por
duas asas, a primeira e
mais importante, sem a
menor dúvida, é a asa da
moralidade, baseando-se
no Amor maior
–
essa, a mais difícil de
conquistar, já que é o
motivo maior de nossas
existências para vencer
os sentimentos
negativos, sair do
círculo vicioso e ir
para o círculo virtuoso
de nossas vidas. A
segunda é o conhecimento
de si e do meio em que
vivemos. Esse exige de
nós vontade,
persistência, muito suor
para aprender. O
importante é que o
conhecimento sem o Amor
se torna algo frio e
NÃO é isto o que o
Espírito de Verdade está
nos ensinando no texto
do Evangelho.
Toda a doutrina espírita
foi concebida com o uso
da mediunidade. Isso é
fato, não há como
duvidar. Assim, podemos
ver que essa faculdade
humana, para ser bem
praticada, precisa ser
conhecida, estudada,
para não cairmos no
problema do misticismo,
charlatanismo, entre
outras coisas, passando
a entender as mensagens
com toda a sua
profundidade.
Conta-nos Yvonne A.
Pereira, no livro
Devassando o Invisível:
O Espírito Dr.
Bezerra de Menezes em
1915, na cidade de São
João Del Rei, em Minas
Gerais, através do
médium Silvestre Lobato,
anunciou o advento do
Rádio e da televisão,
asseverando que esse
último invento (ou
descoberta) facultaria
ao homem, mais tarde,
captar panoramas e
detalhes da própria vida
no mundo invisível,
antecipando, assim, que
a Ciência, mais do que a
própria religião,
levaria Espíritos muito
positivos a admitir o
mundo dos Espíritos,
encaminhando-os para
Deus.
O pobre médium foi, na
época, acoimado de
invigilante, convidado a
orar e se tratar, e o
Espirito comunicante
“doutrinado” como
mistificador. No
entanto, parte do que
foi dito já estamos
presenciando no dia a
dia. Não será difícil
que a segunda parte
venha a ocorrer assim
que o homem se tornar
merecedor dessa graça de
entrever o além-túmulo
por intermédio de um
aparelho de TV, como
afirma Yvonne Pereira em
seu doce livro
“Devassando o
Invisível”, na página
162, da 15ª edição.
Importante que todos nós
entendamos que a
proposta do Espírito de
Verdade não é a
instrução na sua forma
tradicional,
competitiva, comercial,
e de orgulhoso saber,
mas sim a sede de
conhecimento alicerçado
ao trabalho, renovação
íntima tão necessária
hoje e agora.
Amar e estudar sempre,
evoluir com as duas asas
que Deus nos oferece.
Vamos meditar na
profundidade das
palavras do Espírito de
Verdade para entender
melhor o que Jesus nos
propõe quando diz
“Conhecereis a verdade e
ela vos libertará”, como
também nos ensina:
“Conhece-te a ti mesmo”.
Um antigo dizia: Eu
queria ser Deus para
mudar o mundo, queria
ser Deus para acabar com
o sofrimento, com a dor
e tudo mais que nos
parece errado e muitas
vezes ilógico e, quem
sabe, injusto. Mas então
ele sentou, meditou e
pensou, para então
concluir: meu Deus, se
eu tiver o Seu Amor,
deixaria tudo do jeito
que está. A Lei de
Causa e Efeito fazendo
cumprir as Leis maiores
da vida.
Vamos, como nos alerta
Jesus, “buscar o Reino
de Deus nos nossos
corações, pois o
restante nos será dado
por acréscimo”.