ARNALDO DIVO RODRIGUES
DE CAMARGO
editoraeme@editoraeme.com.br
Capivari, SP (Brasil)
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Aborto
não, nunca!
Demócrito é um pensador
da Grécia Antiga,
nascido em 460 a.C. em
Abdera, e morto em 370
a.C., portanto com 90
anos (muito antes de
Cristo). Ele escreveu
diversos livros, mas sua
fama decorre
principalmente de ter
sido ele o primeiro
expoente da teoria
atômica, afirmando que
tudo o que existe é
composto por elementos
indivisíveis chamados
átomos.
Ele disse: “Se você
sofreu alguma injustiça,
console-se: a verdadeira
infelicidade é
cometê-la”.
Comovemo-nos com as
calamidades e as
tragédias que ocorrem no
mundo, as guerras, os
atentados terroristas,
os assassinatos de
pessoas e crianças, as
misérias e as angústias
dos países pobres e mais
as catástrofes dos
terremotos e tsunamis.
Porém, o aborto é das
mais infames atitudes
que as pessoas podem ter
para com um ser
indefeso. Ensinou o
mentor espiritual de
Chico Xavier – Emmanuel,
que no Brasil foi o
padre Manuel da Nóbrega
–: “Todavia, um crime
existe mais doloroso,
pela volúpia de
crueldade com que é
praticado, no silêncio
do santuário doméstico
ou no regaço da
natureza... Crime
estarrecedor, porque a
vítima não tem voz para
suplicar piedade e nem
braços robustos com que
se confie aos movimentos
da reação”.
Ele se referia ao aborto
delituoso, uma
verdadeira infelicidade
para a criança, mas
sobretudo para os pais.
Jesus nos confirmou que
somos Espíritos, que
precedemos a esta
existência atual, em que
transitamos por meio de
um corpo físico.
Observemos em João,
4:24: “Deus é Espírito,
e é necessário que os
seus adoradores o adorem
em espírito e em
verdade”, e, no mesmo
João, em 10:34
(repetindo Isaías,
41:23): “Eu disse que
vós sois deuses”. Quer
dizer que somos
Espíritos, que o
Espírito é o ser
verdadeiro, e também o
modelador de cada novo
corpo físico que se
forma. Em qualquer fase
da gravidez que se
pratique o aborto,
estará sendo tirada a
oportunidade de um
Espírito que precisa da
experiência do corpo na
Terra para alcançar as
benesses do Céu.
Com o Nazareno
descobre-se que somos um
ser imortal.
Aprendemos que existem
alguns caminhos melhores
que outros, e que todos
nós temos que fazer
escolhas e estabelecer
metas, além de sair da
mentalidade de rebanho.
Somos seres divinos,
filhos do Altíssimo.
As pesquisas de opinião
pública confirmam que
aumenta a rejeição ao
aborto no Brasil: 71%
afirmam que a legislação
sobre o tema deve ficar
como está, e apenas 7%
apoiam a
descriminalização,
registra o Datafolha. Já
73,5% da população são
contra legalizar o
aborto, de acordo com a
CNT/Sensus. Para Vox
Populi, 82% são contra o
aborto, e, de acordo com
o estudo encomendado
pelo portal IG, 82% dos
entrevistados são contra
descriminalizar o
aborto.
Aqui trago um depoimento
da atriz Tônia Carrero
sobre a opressão que a
adolescente ou mulher
jovem sofre, do marido,
da família ou da
sociedade: “Nunca quis
abortar, mas naquela
época a mulher pertencia
ao marido e o meu marido
não queria saber de
filhos. Quando me pediu
para fazer o terceiro ou
quarto aborto, aí eu
disse: ‘Chega, não faço
mais!’ Eu estava com 19
anos”.
Outra atriz mundialmente
conhecida, Nicole Kidman,
que lidera a campanha da
ONU de combate à
violência contra a
mulher, afirma: “Uma a
cada três mulheres
enfrentará, de alguma
forma, violência ao
longo de sua vida”.
Claro, não somente em
relação ao aborto – são
várias as causas das
agressões. Daí, também,
nosso dever de buscar
compreendê-las, e a
esses gestos de
desespero, porém, a
responsabilidade delas
(e a de todos nós), para
com uma nova vida,
subsiste.
Para finalizar, trago
aqui o poeta e escritor
gaúcho Mário Quintana,
num texto, para mim,
sublime: “O aborto não
é, como dizem,
simplesmente um
assassinato. É um
roubo... Nem pode haver
roubo maior. Porque, ao
malogrado nascituro,
rouba-se-lhe este mundo,
o céu, as estrelas, o
universo, tudo. O aborto
é o roubo infinito”.
Arnaldo Divo Rodrigues
de Camargo é editor da
Editora EME e diretor da
clínica Comunidade
Psicossomática Nova
Consciência.
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