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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 454 - 28 de Fevereiro de 2016

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 


Pontos de vista


Nas tarefas do território do aprendizado na materialidade, seres humanos são seres humanos, em lição difícil de harmonização de convivências e diferenças. Trata-se, portanto, de lastimável erro de percepção julgar do valor de quaisquer dessas tarefas em função das aparências.

Uns tendem a considerar coisa fácil e invejável a trajetória da fama percorrida por muitos artistas de renome, enquanto vários outros questionam a razão pela qual, em contrapartida, há tanta gente envolvida com trabalhos reputados “obscuros”, sem sal, sem atrativos – os tais trabalhos que ninguém gosta ou gostaria de fazer.

Na seara mediúnica não acontece diferente. Existem pessoas inclinadas a olhar o médium em serviço de duas óticas, em extremos de contraditório – ou como louco, ou como um ser privilegiado por benesses celestiais, na contramão de todos os demais seres humanos “comuns”.

Não se faz necessário, todavia, grande brilhantismo para compreender o engano lamentável contido em quaisquer destas perspectivas precipitadas, parciais, da realidade maior das coisas, como seria o julgamento do todo de uma moradia por alguém que só acessasse a visão dos fundos, ou de uma parede lateral do conjunto da construção, ignorando as peculiaridades de todos os demais ângulos momentaneamente despercebidos.

Nem o trabalhador que executa a “tarefa obscura” precisa ser um infeliz, frustrado com as peculiaridades do que realiza, nem o artista alvo de fama repentina, ou mesmo construída, se ver forçosamente feliz e realizado.

A tarefa obscura, muitas vezes, é uma bênção. A fama e popularidade: prova aspérrima, difícil!

O empregado comum de uma indústria ou firma de serviços domésticos pode, sim, se sentir feliz e agradecido à vida por possuir o seu trabalho, fonte do seu sustento, e que, de resto, frequentemente se compatibiliza com seus pendores prestimosos; por contar com o amor de alguns familiares, com saúde e disposição cotidiana. E o artista, frequentemente, sente-se sufocado, justo pela asfixia que possa lhe ocasionar o tolhimento da sua privacidade, sem poder, em muitas ocasiões, fazer o que mais gostava antes de sua notoriedade – andar livre por praias ou ruas, e fazer compras sem ser assediado por ninguém! Por mais que esteja realizando na vida o trabalho para o qual veio mais vocacionado ao mundo.

E nem o médium é louco, ou tampouco privilegiado por benesses celestiais. Conquanto já conte com a abençoada compreensão mais ampla das realidades importantes da trajetória do Espírito, significa, esta compreensão, responsabilidade a mais a ser honrada, pois como já nos asseverava o Mestre, “muito será pedido àqueles que muito receberam”. Mediunidade, portanto, longe se acha de representar superioridade, em qualquer sentido – mas compromisso sério, e frequentemente enraizado em dívidas graves de vidas passadas, a serem quitadas com benefícios prestados justo aos prejudicados do pretérito, que usufruirão do bom exercício de sua sensibilidade em favor do próximo.

O médium, desta forma, não é louco, é alguém dotado de uma sensibilidade trabalhada, muitas vezes em vidas anteriores, ou em períodos pré-reencarnatórios, para servir ao mundo; para o serviço voluntário de esclarecimento aos reencarnados sobre a verdade de que a Vida é muito mais do que vemos no cotidiano corpóreo. É o ser portador de um tal encargo que muito exige de abnegação; e que, na maioria esmagadora das vezes, implica em ser alvejado pela incompreensão maciça de um grande número de pessoas, não apenas sem preparo para compreender a existência de forma mais abrangente, mas também mergulhadas com constância no erro crasso de não saber respeitar a diversidade infinita dos olhares e dos caminhos humanos.

Na saga estelar do diretor de cinema americano, George Lucas, Star Wars, o personagem sábio, o mestre Jedi Obi-Wan, dizia ao seu aluno:

“– Luke, muitas das verdades às quais nos apegamos dependem muito do nosso ponto de vista..."

Verdade definitiva, para qualquer lugar e qualquer época.

Libertemo-nos, portanto, da tendência ao julgamento precipitado em relação a pessoas e situações, porque, em grande número de vezes, se trata apenas de limitação particular da compreensão para com a essência das trajetórias dos nossos semelhantes em exercício sagrado da ferramenta de crescimento no campo do livre-arbítrio.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita