Espiritismo
Quanto
maior a ignorância,
maior é o preconceito
Amiga leitora, amigo
leitor, você já ouviu
inúmeras vezes, assim
como eu, e provavelmente
vamos continuar ouvindo,
um folclore
multicolorido sobre o
Espiritismo.
E, reparem, que quanto
maior é a ignorância
sobre o assunto, maior é
o preconceito!
Sem qualquer
conhecimento, as pessoas
se acham no direito de
manifestar sua opinião
sobre assuntos que
desconhecem por
completo. O famoso “achômetro”.
Assim, ouvimos em
conversas entre amigos,
nos meios de
comunicação, nas redes
sociais, num opinar sem
qualquer fundamento,
pessoas sem qualquer
informação sobre uma
área específica dando
“pitaco” sobre isto e
aquilo, mostrando uma
falta de preparo, de
conhecimento, de estudo,
mas se achando no
direito de serem
“formadores de opinião”.
E há os que, acobertados
pelo anonimato,
denigrem, atacam,
falseiam, mas que, se
confrontados
publicamente, usando a
gíria tão conhecida,
“metem o rabo entre as
pernas” e saem correndo,
senão ganindo, se
retratando em mil
desculpas, esquecendo
que o mal já está feito!
Sim, porque a palavra,
boa ou má, sai de nossas
bocas correndo feito
corcel e não conseguimos
fazê-la retroceder. O
que foi dito, está dito!
Quem fala com
desconhecimento e
irrefletidamente não se
apercebe de que está
falando para outros
aquilo que depois mais
tarde será repetido
levianamente também e,
assim, o preconceito vai
escorrendo como a lama
incandescente de um
vulcão tudo destruindo e
virando uma massa
disforme negra.
Assim também acontece
com quem não mede o que
diz!
Assim também acontece
com o que alguns dizem
sobre o Espiritismo.
Ainda hoje com toda a
tecnologia da informação
à nossa disposição, à
distância cômoda de um
simples “teclar”, mesmo
assim ouvimos as maiores
barbaridades sobre o
Espiritismo:
- Que é coisa do
“diabo”;
- Que somos todos
charlatães e
trapaceiros;
- Fazemos “trabalhos”
para prejudicar a, b, c
ou d;
- Mexemos com Espíritos
maus e vingativos;
- Quem entra para o
Espiritismo endoidece
por causa dos Espíritos;
- O espírita usa os
Espíritos para se vingar
e fazer o mal através
deles...
Bem..., que mais? Tem
muito mais, que todos
nós já o sabemos...
E o pior é que, de entre
as pessoas que passam
este tipo de informação,
algumas têm um nível
social bom, com estudos
avançados numa
determinada área, mas se
permitem falar como se
fossem o mais ignorante
dos ignorantes. Assim,
sabendo burilar a
palavra, passando a
ideia de que são doutos,
bombardeiam não só o
Espiritismo, como a
Igreja Católica, os
Pastores das Igrejas
Evangélicas, os
Islâmicos, e por aí
adiante. Tudo é válido
para se “exibirem”...
Quem as escuta até
parece que receberam
essas informações
privilegiadas da cúpula
mais alta: Deus, Jesus e
da Espiritualidade
Superior! E então
declaram enfáticos: os
padres são todos
pedófilos, os pastores
são todos safados e
ladrões, os Islâmicos
são todos terroristas
suicidas com bombas
amarradas no peito, os
Judeus são todos
agiotas, de mau caráter,
que renegaram Jesus...
Assim, há uma
generalização torpe, que
conspurca a todos
aqueles que trilham o
caminho do BEM, aqueles
que dizem NÃO à fofoca,
à mentira, à acusação
inócua, ofendendo,
humilhando o seu
próximo, e achincalhando
aqueles que fazem do
estudo do Espiritismo um
propósito sério e
idôneo, dedicando sua
vida à investigação das
fontes, com critérios
escrupulosos de análise,
e que acabam sendo
estigmatizados por quem
sequer reflete sobre as
consequências de sua
irresponsabilidade e
crueldade, por quem é
ignorante na matéria.
E sabemos que o homem é
preguiçoso por natureza!
Então, entre ocupar suas
horas estudando qualquer
matéria, seja ela qual
for, é mais prático e
fácil repetir as
inverdades que ouviu do
outro, como se fossem
suas verdades... isto é
o que acontece com quem
nunca leu um livro sobre
Espiritismo, mas dá
palpite gratuitamente.
Quem procura um Centro
Espírita, um Templo
Evangélico, um Templo
Budista, a Igreja
Católica, uma Sinagoga,
uma Mesquita, uma Igreja
Ortodoxa Grega e muitas
outras, procura um lugar
de refúgio, de paz, um
lenitivo para suas
dores, um lugar onde se
sinta protegido,
irmanado e onde possa
ser ajudado a se
aprimorar, a se elevar.
Sua Santidade, o Dalai
Lama, ao ser perguntado
“Santidade, qual é a
melhor religião?”, com o
sorriso doce e
iluminado, que lhe é tão
característico, disse
serenamente:
- “A melhor religião
é a que mais te aproxima
de Deus, do Infinito. É
aquela que te faz
melhor”.
Isto nos leva a refletir
que todos nós procuramos
nos aproximar de Deus.
E, através dessa
procura, onde nos
sentirmos melhor, esse
será o melhor lugar para
nós.
E também podemos
concluir que está na
hora, em pleno século
XXI, de nos aceitarmos
uns aos outros com
equanimidade, com amor,
sabendo que somos todos
filhos de Deus e,
portanto, somos todos
irmãos e iguais perante
os olhos de nosso Pai
Maior.
Não importa se somos
negros, brancos,
amarelos;
Não importa se somos
velhos ou jovens;
Não importa se somos
ricos ou pobres;
Não importa se temos
saúde, ou se somos
doentes;
Não importa qual a nossa
filosofia de vida;
Não importa qual a nossa
religião;
De uma forma muito
simplista:
O importante é o que
trazemos no nosso
coração: amor puro! O
que vale é se tratamos
todos de forma igual, se
nos respeitamos e
respeitamos os outros, e
se praticamos a
caridade, porque sabemos
que só através desta
prática seremos salvos.
Procuramos nos corrigir
através de estudo e de
nossa reforma íntima,
acreditando em vida após
a morte e, dentro de
certas condições,
podemos nos comunicar
com aqueles que partiram
para outra dimensão.
Sabemos que eles e nós
voltaremos reencarnados.
O que há de tão errado
nisto para que sejamos
tratados como malditos e
olhados pelo canto do
olho com prevenção como
se fôssemos terroristas
espirituais?
Para terminar, copiamos
o item 5 do Capítulo I -
O Espiritismo -,
inserido n’ O
Evangelho segundo o
Espiritismo, de
Allan Kardec:
O Espiritismo é a nova
ciência que vem revelar
aos homens, por provas
irrecusáveis, a
existência e a natureza
do mundo espiritual, e
suas relações com o
mundo corporal; ele
no-lo mostra, não mais
como uma coisa
sobrenatural, mas, ao
contrário, como uma das
forças vivas e
incessantemente ativas
da Natureza, como a
fonte de uma multidão de
fenômenos
incompreendidos, até
então atirados, por essa
razão, ao domínio do
fantástico e do
maravilhoso. É a essas
relações que o Cristo
faz alusão, em muitas
circunstâncias, e é por
isso que muitas coisas
que ele disse
permaneceram
ininteligíveis ou foram
falsamente
interpretadas. O
Espiritismo é a chave
com a ajuda da qual tudo
se explica com
facilidade.