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Cartas

Ano 9 - N° 454 - 28 de Fevereiro de 2016

Recebemos nos últimos dias as seguintes mensagens de nossos leitores:

 
 

 
 

De: Anderson Streit (Taquara, RS)
Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016 às 16:34:13
Estou começando os estudos das obras básicas pelo Evangelho segundo O Espiritismo e gostaria de saber qual a ordem correta de leitura das obras básicas.
Obrigado.
Anderson


Resposta do Editor:

Segundo Allan Kardec, o codificador da doutrina espírita, o livro O que é o Espiritismo, de sua autoria, deve ser a leitura inicial. Se a pessoa gostou, lerá então, em seguida, as obras que formam o chamado Pentateuco Kardequiano – O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese, nessa mesma ordem – e, por fim, a Revista Espírita, periódico de circulação mensal publicado por Kardec e enfeixado em 12 volumes relativos aos anos de 1858 a 1869.

 


De: Yoji Hino (Londrina, PR)
Segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 às 08:01:53
Que era a serpente do jardim do Éden – existe algum tipo de jejum?
Yoji

Resposta do Editor:

O texto bíblico que fala da expulsão de Adão e Eva do Éden é analisado por Allan Kardec nos itens 15 a 23 do cap. XII do seu livro A Gênese. Trata-se, em verdade, de uma alegoria que mereceu de Kardec, no tocante à serpente, o seguinte comentário:

“A serpente está longe hoje de ser tida como tipo da astúcia. Ela, pois, entra aqui mais pela sua forma do que pelo seu caráter, como alusão à perfídia dos maus conselhos, que se insinuam como a serpente e da qual, por essa razão, o homem, muitas vezes, não desconfia. Ao demais, se a serpente, por haver enganado a mulher, é que foi condenada a andar de rojo sobre o ventre, dever-se-á deduzir que antes esse animal tinha pernas; mas, neste caso, não era serpente. Por que, então, se há de impor à fé ingênua e crédula das crianças, como verdades, tão evidentes alegorias, com o que, falseando-se-lhes o juízo, se faz que mais tarde venham a considerar a Bíblia um tecido de fábulas absurdas?” (Obra citada, cap. XII, item 17.)

Quanto ao jejum, trata-se de uma prática estranha aos ensinamentos espíritas. O jejum mencionado em certas passagens da Bíblia é interpretado por autores espíritas como jejum das paixões e não a abstinência de alimentação, tal como podemos ver em Isaías, 58:5 e 6: “O jejum que me agrada porventura consiste em o homem mortificar-se por um dia? Curvar a cabeça como um junco, deitar sobre o saco e a cinza? Podeis chamar isso um jejum, um dia agradável ao Senhor? Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? - diz o Senhor Deus: É romper as cadeias injustas, desatar as cordas do jugo, mandar embora livres os oprimidos, e quebrar toda espécie de jugo”.

 


De: Acácia Regina (Santo Amaro das Brotas, SE)
Terça-feira, 16 de fevereiro de 2016 às 01:45:59
Queridos irmãos, encontrei esse belíssimo trabalho de estudo. Estou iniciando na casa espírita onde frequento e participo dos estudos e busco material que possa ser estudado, conteúdo de linguagem simples e de fácil explicação. Infelizmente algumas pessoas não atentaram pra o estudo sistematizado. Peço ajuda, se for possível enviar alguns desses conteúdos. Desde já agradeço.
Muita paz,
Acácia


Resposta do Editor:

Caso interesse à leitora, podemos enviar-lhe, por e-mail, um arquivo no formato Word que contém o texto do ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita que publicamos em nossa revista nas edições números 1 a 147. O texto inicial pode ser visto clicando neste link: http://www.oconsolador.com.br/1/esde.html

 


De: José Paiva (Rio de Janeiro, RJ)
Sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016 às 14:08:29
Um amigo meu solicitou que seu velório fosse realizado em um bar e regado a muita cerveja e samba, o que foi concretizado pelo seu filho.
À luz do Espiritismo, como ficou o espírito desse homem no momento do velório e posteriormente no mundo espiritual?
José Paiva


Resposta do Editor:

Um velório realizado nas condições citadas nenhum benefício poderá trazer ao falecido. Eis um exemplo que não sugerimos a ninguém que o repita.

 


De: Claudia Alejandra Lay de Suzuki (Tochigi ken, Japão)
Domingo, 21 de fevereiro de 2016 às 11:27:17
Hola! Podria recibir la revista por este medio a mi correo o articulo de interes.
Gracias.
Claudia


Resposta do Editor:

Esta revista só circula na internet. Não há como enviá-la. Para lê-la, basta acessar nosso site, sem custo nenhum, sem inscrição nem senhas. Eis o link para acesso: www.oconsolador.com

 


De: A. F. (Amargosa, BA)
Segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 às 11:07:15
Às vezes eu posso sentir a presença de outra pessoa ao meu lado. Fui diagnosticada com cid f20. Mas a voz é tão real que chega a me confundir. Eu só tenho problemas psicológicos e é só isso mesmo. Afinal, existem seres visíveis e invisíveis.
A. F.

 


De: Antonio Nazareno Favarin (São José dos Campos, SP)
Domingo, 21 de fevereiro de 2016 às 14:45:59
Caro Editor. Quero parabenizar o confrade Waldenir Aparecido Cuin pelo excelente artigo: "Influenciar para o Bem". Li-o e achei-o, deveras, muito importante pelo enfoque que dá de estarmos, constantemente, sintonizados com as coisas boas da vida, rejeitando más influências. A nossa mente, como um computador, capta tudo e grava em seu subconsciente; daí as mudanças constantes de nosso comportamento. Acho, sim, que é verdadeiramente importante nutrirmos, sempre, bons pensamentos; sabermos, principalmente pela manhã, censurar noticiários e evitarmos quaisquer intrigas ou discussões a fim de que não nos conduzam a um comportamento negativo durante o dia e repercuta em outras pessoas. Este é o segredo. Assim, com pensamentos elevados, equilibrados e harmonizados, suplantaremos amarguras e teremos, sempre, dias felizes "apesar dos pesares...".
Sua leitura vale, realmente, a uma bela reflexão. Gostei tanto que o compartilhei a 180 internautas como, sempre, o faço.
Um abraço e que Deus continue iluminando essa maravilhosa equipe redacional de "O Consolador".
Antonio Nazareno Favarin

 


Do: Jornal Espírita de Uberaba (Uberaba, MG)
Terça-feira, 16 de fevereiro de 2016 às 21:48
O JORNAL ESPÍRITA DE UBERABA, fundado em outubro de 2006, lançou o seu site em janeiro de 2013.
E agora estamos com um novo e moderno site.
Convidamos você a nos visitar e seguir-nos no site: www.jornalespiritadeuberaba.com.br.
Sigam-nos também no Facebook e Twitter.
Vale a pena visitar, navegar, curtir e seguir.
Saudações fraternas.
Luiz Carlos de Souza

 


De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)
Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016 às 19:12:21
Assunto: Reencarnações compulsórias.
Enquadrando os transgressores de todos os matizes ante a Justiça Divina, ela, por sua vez, ajuizar-se-á na condenação eterna ou terá condescendência para com eles através das reencarnações compulsórias? Sendo um Pai Justo e Misericordioso para com Seus filhos, com certeza optará pelo segundo caso.
Na roda das reencarnações compulsórias aquele que mais tem dívidas, mais próximo estará de se envolver nos liames da matéria mais grosseira. E não adianta choramingar ou desistir da vida. Esses subterfúgios de criançolas de nada valerão diante da Lei de Causa e Efeito. O que se fez – de bom ou mal – terá seu retorno consideravelmente.
Vejamos o que diz a respeito a diretora Zenóbia da Casa espiritual Transitória Fabiano, relatado pelo espírito André Luiz, pelo lápis do médium Chico Xavier: “Alguns séculos de reencarnações terrestres constituem tempo escasso para reeducar inteligências pervertidas no crime”.
Muitos que se dizem cristãos da atualidade são mestres em afirmar que a única solução para todo crime bárbaro ou é a prisão perpétua ou a pena de morte. A primeira poderia, sim, acabar com determinados crimes na sociedade, mas haveria uma chance para que esses infratores pudessem voltar a levar uma vida normal perante a sociedade? Conforme o caos existente nos presídios do país, com certeza essa recuperação não existiria. Conquanto se as autoridades fizessem leis mais rígidas nos padrões de reeducação desses indivíduos, mostrando a eficácia de programas retificadores com certeza haveria oportunidade de esclarecimento e compreensão para com os devedores da comunidade em que vivem e, principalmente, com o próprio Deus que os criara.
Nesse capítulo, André Luiz conta ressaltado o assombro que todos sentiam dentro da Casa Transitória quando entidades perversas tentavam entrar a todo custo em seu interior. Luciana - uma companheira que viera junto com André – pediu à diretora que fizesse fervorosa prece ante a dramática situação, ouvindo dela sua resposta com doçura: “Já fiz meus atos devocionais de hoje... (...), aliás, minha amiga, nossa ansiosa expectativa, em si mesma, vale por súplica ardente”. Essa citação para muitos pode soar como uma má resposta da diretora para com a servidora, mas se formos analisar pelo seu lado legítimo, reconheceremos que não adiantaria ficar a rezar pelos quatro cantos da Casa em total desespero, do que ser firme nas palavras de uma prece abalizada na fé mesmo sendo aquela do tamanho de um grão de mostarda. Com todo meu respeito, ainda tem gente que vale mais da prece pelo seu lado quantitativo do que pelo seu lado qualitativo. Questões de crença? Questões de fé? Será que poderemos responder a essas perguntas sem o levante do julgamento acertado, Leitor Amigo?
Aécio

 


De: Flávio Machado (São Paulo, SP)
Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016 às 18:50
Assunto: Edição 452 - Cartas
Quando a Petit Editora começou a editar livros espíritas, éramos obrigado a submeter os mesmos aos avaliadores das distribuidoras e dos clubes de livros, não havia facilidade em colocar livros espíritas nas livrarias. O livro só era comprado se passasse pelos avaliadores.
Nessa época no movimento espírita tinha um grupo chamado Divulgadores do livro espírita, que se reuniam periodicamente para discutir as obras que estavam sendo editadas e não faltavam aqueles que defendiam com unhas e dentes a pureza doutrinária, dentre eles o saudoso Antonio Castilho.
O grupo era extremamente sério, não aceitava qualquer bobagem editada, que logo a mesma desaparecia do mercado.
Infelizmente esse grupo desapareceu; uma última tentativa foi transformar os Divulgadores em uma Associação unindo os editores, os distribuidores e os divulgadores remanescentes. Mas nada do que esperávamos aconteceu; a Associação foi tomada por pessoas que não tinham interesse na divulgação do autêntico livro espírita, mas sim no potencial de venda do livro espírita. Isso embalado pelo sucesso que o livro Violetas na Janela alcançou, abrindo portas nas grandes livrarias.
Hoje, continuamos com o mesmo critério, com o cuidado em oferecer nossos livros aos nossos leitores, levando a Doutrina de forma correta para aqueles que não conhecem o Espiritismo. Tristemente, atualmente vemos livros que rejeitamos, por não corresponderem aos verdadeiros postulados da Doutrina, sendo editados por outras editoras meses depois, com graves erros doutrinários.
Vamos continuar nosso trabalho, mesmo tendo a fama de sermos "chatos", exigentes demais, pois nossa responsabilidade vai além do negócio de livros, temos um compromisso com a espiritualidade, e temos consciência disso.
Não podemos fazer nada contra a qualidade dos livros ruins que estão sendo editados e as Federativas também não, pois estão preocupadas com outras coisas; só temos que esperar que talvez surgem novos "Divulgadores" e comecem a trabalhar.
Flávio Machado
Editor da Petit Editora

 


De: Giovana Campos (Santos, SP)
Sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016 às 17:57
Boa tarde a todos.
Artigo de autoria do Dr. Gilson Luís Roberto, homeopata e presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil), traz embasamento médico e ético para a manutenção da gravidez em mulheres diagnosticadas com o Zika vírus e provável microcefalia do feto. Este texto, publicado hoje (19/02) no jornal O Globo, retrata a posição dos profissionais de saúde da AME-Brasil em defesa da vida.
Eis o link: http://oglobo.globo.com
Abraços.
Giovana Campos
Departamento de comunicação/ AME-Brasil 


Nota do Editor:

Com a mensagem acima veio o texto do artigo de autoria do presidente da AME-Brasil, a seguir transcrito:

Microcefalia não é pena de morte

Gilson Luís Roberto 

Os que defendem a legalização do aborto encontraram na associação do aumento da microcefalia com o surto de zika uma oportunidade para retomar a discussão da liberação do procedimento no Brasil. Querem transformar o diagnóstico de microcefalia em atestado de morte para todas as crianças das mães que contraíram o vírus e que optarem pela interrupção da gravidez, mesmo com possibilidades de nascerem sem sequelas neurológicas graves.
Com o avanço da medicina fetal e da genética médica, hoje é possível a detecção, ainda no útero, de várias anomalias fetais. Querer considerar apenas as crianças saudáveis com direito à vida é retomar a prática da eugenia feita na Grécia antiga e pelo nazismo, abrindo um precedente para a liberação do aborto em outros casos de microcefalia.
Não se pode falar na opção de abortamento, pois não se trata de patologia letal que inviabilize a vida extrauterina. A discussão do aborto em casos de microcefalia retrata bem o momento pós-moderno em que vivemos.
Para a maioria dos autores, a pós-modernidade é marcada como a época das incertezas, das fragmentações, do narcisismo, da troca de valores, do vazio, do niilismo, da deserção, do imediatismo, da efemeridade, do hedonismo, da substituição da ética pela estética, da apatia, do consumo de sensações e do fim dos grandes discursos.
Na sociedade pós-moderna, predomina a permissividade que justifica que tudo é bom desde que eu me sinta bem. É um relativismo no qual não há nada absoluto, nada totalmente bom ou mau, onde as verdades são oscilantes.
Vive-se numa época de grande competitividade e de pouca solidariedade. Em nome dessa nova ideologia, os indivíduos se permitem agir passando por cima de valores fundamentais.
A coisificação da vida e o predomínio dos interesses pessoais em detrimento do coletivo são bem característicos dessa fase em que vivemos.
Entretanto, aprendemos com a genética que a diversidade é a nossa maior riqueza coletiva. E o feto anômalo, mesmo o portador de grave deficiência, como é o caso da microcefalia, faz parte dessa diversidade. Deve ser, portanto, preservado e respeitado.
Necessário se faz proteger também a gestante, dando-lhe apoio em sua gravidez e proporcionando tratamento ao seu futuro filho.
O aborto provocado é um procedimento traumático, com repercussões gravíssimas para a saúde mental da mulher, que geralmente aparecem tardiamente. Produz um luto incluso, devido à negação da ocorrência de uma morte real, mas esse aspecto é totalmente desconsiderado.
As mulheres sofrem uma perda, e suas necessidades emocionais são relegadas ou escondidas. Esse processo vai gerar profundas marcas e favorecer o surgimento da síndrome pós-aborto.
A evolução de uma sociedade é medida pela sua capacidade de amparar os mais frágeis. A sociedade que apela para o aborto se declara falida em suas bases educacionais, porque dá guarida à violência no que ela tem de pior, que é a pena de morte para inocentes. Compromete, portanto, o seu projeto mais sagrado, que é o da construção da paz.

Gilson Luís Roberto é presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil.

 

 


 

 
AVISO AO LEITOR

O leitor pode enviar sua mensagem diretamente ao editor desta seção, valendo-se deste endereço: aoofilho@oconsolador.com.br

Os destaques da presente edição podem ser vistos no blog Espiritismo Século XXI, no qual foram postados ontem, dia 27/02/2016, às 17 horas.

Eis o link: http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/ 

 

 

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita