Divaldo: “Mais
significativo que crer
em Deus é amá-Lo, amando
nosso próximo”
O
orador foi uma das
atrações do
32º
Congresso Espírita do
Estado de Goiás
No período de 6 a 9 de
fevereiro, realizou-se o
32º Congresso Espírita
do Estado de Goiás,
evento promovido pela
federativa espírita
local, que teve como
tema central “Educação
com o Cristo”.
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Divaldo Franco foi um
dos conferencistas que
participaram do evento,
que contou também com a
participação dos
palestrantes Sandra
Borba, Cíntia Vieira
Soares, Rossando Klinjey,
Simão Pedro, Haroldo
Dutra Dias, Otaciro
Rangel, Marlon Reikdal e
José Carlos De Lucca.
No dia 8 de fevereiro,
na chamada segunda
“gorda” de carnaval,
enquanto milhares de
pessoas buscam as
extravagâncias de Momo e
sua corte, em Goiânia
mais de 3.000
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pessoas se
acotovelavam na
entrada do
Centro de
Convenções
buscando a
oportunidade de
assistir a mais
uma palestra de
Divaldo Franco.
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O teatro Rio Vermelho
com seus exatos 2.080
lugares tornou-se
insuficiente para
acomodar a multidão que
desde as 17h aguardava a
liberação de entrada
para a palestra, cujo
início estava agendado
para as 20h. Foi
necessário acomodar os
demais em auditórios
providos de te-
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lões. |
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A chuva forte de verão
proporcionada pela
Natureza já antecipava a
chuva de bênçãos que a
todos iria envolver.
Divaldo Franco iniciou a
exposição abordando a
Revolução Francesa de
1789 que, na esteira de
destronar a monarquia
absolutista, aboliu
igualmente a
Aristocracia e a Igreja
oficial, abraçando o
Materialismo filosófico.
Pierre Gaspard Chaumette
proclamou: A Razão é
o único e verdadeiro
Deus. O Deus
oficial apresentado pela
Igreja era incompatível
com a Natureza.
O tempo, contudo, trouxe
de volta pensadores,
filósofos e cientistas
que admitiam a
existência de Deus, que
voltava, assim, a tocar
a alma da humanidade.
Huberto Rohden, filósofo
e teólogo brasileiro,
denominava Deus como o
Absoluto Anônimo.
Divaldo cita então o Dr.
Morrison e cita as sete
razões pelas quais esse
renomado cientista
americano afirma provar
a existência de Deus.
Divaldo acrescentou,
então, que mais
significativo do que
crer na existência de
Deus é amá-Lo, amando
nosso próximo. Depois,
emocionando a todos os
presentes, aborda “Os
Invisíveis” que não
recebem de nós a devida
atenção e consideração.
Cita Madre Tereza de
Calcutá que retira do
monturo de lixo uma
mulher à beira da morte,
ali abandonada pelo
próprio filho. Madre
Tereza cuida dessa
sofrida mulher que,
observando ser sua
benfeitora uma
religiosa, lhe pergunta:
Quem é teu Deus?
E a caridosa Madre
responde simplesmente:
Você.
Culminando sua
apresentação, Divaldo
narrou um fato
emocionante ocorrido
recentemente. Divaldo
estava em um restaurante
quando, ao passar por um
modesto servidor
afrodescendente, ouviu
Joanna de Ângelis lhe
falar na acústica da
alma: Não vás embora
deste local sem antes
dar um abraço no
profissional que te
serve à mesa.
Divaldo assim o fez,
agradecendo a fineza e
profissionalismo com o
qual fora servido.
Oportunamente o servidor
humilde buscou a
companhia de Divaldo
para agradecer-lhe o
gesto de afeto e
respeito. E confessou
que planejava naquele
mesmo dia cometer
suicídio, pois fora
diagnosticado com câncer
terminal, mas o carinho
recebido daquele
estrangeiro estranho
levou-o a repensar sua
decisão.
Muitas vezes o
ensinamento de Jesus
“Vinde a mim todos vós
que estais
sobrecarregados e
aflitos” pode ser
alcançado com um
simples, cordial,
fraterno e sincero
abraço.
O Homem Integral
Apesar do clichê, o 32º
Congresso Espírita do
Estado de Goiás encerrou
suas atividades com
chave de ouro. E nem
poderia ser de outra
forma. O concorrido
evento contou com a
presença de Divaldo
Pereira Franco que, por
mais de 2 horas,
discorreu sobre o tema
“O Homem Integral”.
Para aqueles que
imaginam que o tema
escolhido para o
encerramento nada tem a
ver com o assunto
principal, vale lembrar
que o conceito de homem
integral refere-se a um
processo que tem por
precípuo objetivo o
aperfeiçoamento
espiritual, a
utilizar-se
continuamente da
educação.
De maneira segura e
lúdica, referindo-se
constantemente a fatos e
exemplos, Divaldo deixou
claro que não devemos
confundir homem integral
com homem perfeito, uma
vez que os postulados
espíritas referem-se ao
aperfeiçoamento moral e
intelectual da criatura
e não à busca da
perfeição.
Iniciando sua narrativa
pela evolução do
psiquismo, que transita
do instinto para a razão
culminando com o amor,
Divaldo observa que
nossa mais ancestral
emoção é o medo.
Posteriormente aflora a
razão e a criatura passa
a ter a percepção da
Divindade e o vislumbre
da continuidade da vida
no plano espiritual. A
cultura grega e os seus
pensadores e filósofos
intuíram esses fatos,
enquanto que os egípcios
a eles chegaram pelo
intercâmbio mediúnico.
Divaldo discorreu,
então, de forma segura
sobre o conhecimento e a
conscientização da
realidade universal,
como sendo os pilares de
arrimo do homem
integral. Abordou a
seguir os níveis de
consciência, conforme
classificação feita por
Pedro Ouspensky:
1. Consciência de sono
SEM sonhos (onde se
demoram cerca de 90% da
humanidade)
2. Consciência de sono
COM sonhos
3. Consciência de Si
mesmo.
4. Consciência Cósmica.
Quanto ao nível 4, ele
lembrou a célebre frase
de Paulo de Tarso: “Já
não sou eu quem vive,
mas Cristo que vive em
mim” (Gálatas 2:20).
Divaldo, magistral e
didaticamente, ilustrou
cada um desses níveis
permitindo-nos a todos
identificar aquele em
que estagiamos e, assim,
estabelecermos um
programa pessoal de
aperfeiçoamento.
Para abordar essa fase
da conferência, Divaldo
Franco citou o
pensamento de Huberto
Rohden, filósofo e
teólogo brasileiro,
acerca da abissal
diferença que existe
entre os termos cristão
e crístico.
O primeiro se refere a
todo aquele que professa
ou adota quaisquer uma
das diversas
denominações religiosas
cristãs, enquanto o
segundo é aplicado
somente àqueles que
vivem e praticam os
ensinamentos e a moral
de Jesus, muitos deles
sem sequer ser cristãos.
Gandhi, sem ser cristão
era, contudo, crístico.
A partir desse foco
Divaldo discorre sobre
os inúmeros fatos da
vida e dos exemplos de
homem integral vividos
por Mohandas Karamchand
Gandhi, o Mahatma, e sua
Satyagraha – um termo
formado pelas palavras:
Satya – Verdade - e
agraha - Firmeza,
constância.
De Gandhi – que afirmou
amar o Cristo, mas temer
os cristãos – Divaldo
salta para Martin Luther
King Junior que,
inspirado por Gandhi em
um encontro entre ambos,
deu início à luta pela
igualdade racial nos
Estados Unidos.
Nesse ponto da
narrativa, Divaldo
emocionou a todos quando
das lutas de Martin
Luther King saltou para
o discurso do presidente
dos Estados Unidos,
Barak Obama, feito no
mesmo local onde teve
início a luta pelos
direitos civis.
Os aplausos demorados e
em pé foram os mais
eloquentes testemunhos
da grandiosidade da
apresentação.
Exposição Divaldo
Franco, O Semeador de
Estrelas
Os organizadores do 32º
Congresso Espírita do
Estado de Goiás
dedicaram um generoso
espaço para homenagear
Divaldo Franco.
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Momento
de
autógrafos
com
Divaldo |
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A Exposição “Divaldo
Franco, o Semeador de
Estrelas” reverencia o
maior médium espírita da
atualidade, os fatos
marcantes de sua
trajetória, assim como o
trabalho social
desenvolvido pela Mansão
do Caminho, que já
atendeu mais de 35 mil
crianças carentes na
periferia de Salvador.
Dentre os vários prêmios
por ele recebidos,
destaca-se o de
Embaixador da Paz, a ele
outorgado pela
Organização das Nações
Unidas |
(ONU). |
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Além de toda a
historiografia de
Divaldo, a exposição
homenageia acertadamente
o querido e saudoso
Nilson de Souza Pereira
(o inesquecível tio
Nilson) e a mentora
Joanna de Ângelis
A exposição foi
originalmente criada
pela Federação Espírita
Brasileira e aberta ao
público, em Brasília,
entre novembro de 2014 e
junho de 2015, ocasião
em que mais de 200.000
pessoas visitaram a
mostra.
Nota do Autor:
As fotos que ilustram
esta reportagem são de
autoria de Sandra
Patrocínio.
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