Lembrando
Leopoldo Machado
No mês de
setembro deste
ano de 2016 a
família espírita
comemora o 125º
aniversário de
nascimento do
saudoso
Professor
Leopoldo Machado
Barbosa de
Souza, um dos
mais incansáveis
batalhadores da
causa espírita
em nosso país.
Leopoldo nasceu
em 30 de
setembro de 1891
em Cepa Forte,
interior da
Bahia e
desencarnou em
Nova Iguaçu (RJ)
na noite do dia
22 de agosto de
1957. Percorreu
o Brasil, com
diversos
confrades,
pregando a
Doutrina
Espírita e
defendendo-a dos
ataques dos
opositores. Esse
movimento de
alta
significação
espiritual,
denominado
“Caravana da
Fraternidade”,
decorreu do
“Pacto Áureo” da
F.E.B. e teve
como objetivo
aproximar todos
os espíritas do
País.
Escreveu em
diversos jornais
e revistas.
Sempre
incentivou os
jovens. Foi um
dos principais
organizadores do
I Congresso de
Mocidades e
Juventudes
Espíritas do
Brasil, reunidos
no Rio de
Janeiro, então
Capital Federal,
em 1948. Embora
tenha
frequentado por
pouco tempo a
escola primária,
escreveu vários
livros, como por
exemplo, obras
de poesias
(“Saudades” - 2
séries; “Ideias”
e “Iluminação”),
obras de teatro
(“Teatro
Espiritualista”
– 2 séries, e
“Teatro da
Mocidade), obras
de contos (“Para
o Alto”, “Prosa
de Calibam”,
“Para a frente e
para o Alto”),
obras de
polêmica (“Julga
leitor por ti
mesmo”,
“Sensacional
Polêmica” e
“Pigmeus contra
Gigantes”),
obras de relatos
de viagens
(“Caravana da
Fraternidade” e
“Ide e Pregai”),
estudos
doutrinários,
como por exemplo
“Natal dos
Cristãos Novos”,
“Nada lhe é no
Momento Maior”,
“Cruzada de
Espiritismo de
Vivos”,
“Observações e
Sugestões”. Teve
também editado
em Lisboa,
Portugal, o
livro
“Espiritismo e
Cientismo”.
Defendeu teses,
dentre elas,
“Brasil, berço
da Humanidade” e
“Espiritismo:
Obra de
Educação”.
Legou-nos livros
de biografias
como “Graças
sobre Graças”,
acerca de sua
esposa, “Uma
Grande Vida”,
sobre Cairbar
Schutel, aliás,
outro incansável
batalhador,
residente em
Matão (SP),
onde, dentre
outros feitos,
fundou e dirigiu
“O Clarim” e a
“Revista
Internacional de
Espiritismo”,
ambos em
circulação até
hoje.
Leopoldo Machado
legou-nos ainda
o livro “Caxias
– Eminente
Iguaçuano”,
tendo sido esta
a sua última
obra. Com ela
foi admitido e
tomou posse na
Cadeira nº 1 da
Arcádia
Iguaçuana de
Letras na noite
de 15 de
novembro de
1956.
Em 1930, com
apoio da esposa
Marília Barbosa,
instalou em Nova
Iguaçu o Colégio
Leopoldo, nome
dado em
homenagem ao
príncipe belga,
futuro Rei
Leopoldo III,
que visitava o
país. Foi o 1º
Estabelecimento
de Ensino
Secundário
particular
reconhecido pelo
MEC – Ministério
da Educação e
Cultura. Em
1942, Leopoldo
Machado criou o
“Lar de Jesus”
destinado ao
amparo de
meninas
carentes.
Destacou-se
ainda como
presidente do
Centro Espírita
Fé, Esperança e
Caridade, o
centro mais
antigo da
cidade, fundado
em 18 de julho
de 1920, ao lado
do qual instalou
o Albergue
Noturno Allan
Kardec e a
Escola de
Alfabetização
João Batista. Aí
tive o prazer de
conhecê-lo,
adolescente, em
1954.
De parceria com
Oli de Castro,
escreveu a letra
do Hino “Canção
da Alegria
Cristã”, muito
conhecida no
meio espírita do
Brasil.
Leopoldo Machado,
com Alziro Zarur,
figura entre os
fundadores da
LBV – Legião da
Boa Vontade,
surgida em 1º de
janeiro de 1950.
No ano em que
renasceu
Leopoldo Machado
também vieram ao
mundo corpóreo
outros vultos
espíritas do
Brasil, como
Artur Lins de
Vasconcelos
Lopes e Ismael
Gomes Braga.
Lins de
Vasconcelos
criou, com
Henrique de
Andrade, em
1932, o Jornal
“Mundo
Espírita”.
Desencarnou em
São Paulo, em
1952, e foi
sepultado em
Curitiba, cidade
que muito amou.
Ismael Gomes
Braga foi um dos
mais destacados
esperantistas do
Brasil.
Autodidata, era
professor de
línguas antigas
e modernas.
Também atuou
como jornalista,
tendo colaborado
na Imprensa
leiga e em quase
todos os jornais
espíritas da
época, tanto no
Brasil, como em
outros países,
dando inclusive
diversas
entrevistas.
Desencarnou em
18 de janeiro de
1969 na cidade
do Rio de
Janeiro.
Celso Martins
é professor
aposentado,
poeta, escritor
e
palestrante espírita.
É autor de
dezenas de obras
doutrinárias e
algumas
didáticas, além
de membro
emérito da Liga
Brasileira de
Esperanto.