Allan Kardec é o
filósofo que melhor
definiu alma e espírito
Kardec é o filósofo que
nos dá a melhor
definição de alma e
espírito.
A alma, essência
imaterial da vida
humana, é em hebraico “nefesh”,
em grego “psykhé”, em
aramaico “naphsha”
(vida, si mesmo e Cristo
Interno) e, em latim,
“anima” (vida, alento,
ar).
Mas “psykhé”, na
filosofia grega,
significa também
borboleta, que simboliza
a alma que, de lagarta
passa a crisálida no
casulo donde sai como
borboleta, semelhante,
pois, à alma em suas
vindas à vida terrena.
“Ruach” em hebraico,
“pneuma” em grego e
“spiritus” em latim
significam espírito,
vento, ar, alento,
fôlego, sopro divino,
respiração.
Observe-se que alma e
espírito são geralmente
sinônimos que dão origem
etimológica ou não a
outras palavras
relacionadas com eles.
Exemplos: de “anima” vem
animismo; e de “pneuma”
derivam-se pneu (com
ar), pneumatologista
(médico especialista de
pulmões) e os fenômenos
pneumáticos (com
Espíritos) ou
mediúnicos.
E vamos à Bíblia: “O
Senhor Deus modelou o
homem com o pó apanhado
do solo. Ele insuflou
nas suas narinas o
hálito da vida, e o
homem se tornou um ser
vivo” (Gênesis 2: 7);
“Sai-lhes o espírito e
eles tornam ao pó...”
(Salmo 146: 4);
“Lembra-te de que minha
vida é um sopro...” (Jó
7: 7); “Se ocultas o teu
rosto, eles se
perturbam; se lhes
cortas a respiração
(alma) morrem, e voltam
ao seu pó. Envias o teu
Espírito, eles são
criados, e assim renovas
a face da terra” (Salmo
104: 29 e 30); “E
estendendo-se três vezes
sobre o menino, clamou
ao Senhor, e disse: Ó
Senhor meu Deus, rogo-te
que faças a alma deste
menino tornar a entrar
nele. O Senhor atendeu à
voz de Elias; e a alma
do menino tornou a
entrar nele, e reviveu”
(1 Reis 17: 21 e 22); e
“Amarás o Senhor teu
Deus de todo o teu
coração, de toda a tua
alma, e de todo o teu
entendimento” (Mateus
22: 37).
Há passagens bíblicas em
que espírito e alma têm
sentidos diferentes um
do outro: “O mesmo Deus
da paz vos santifique em
tudo; e o vosso
espírito, alma e corpo
sejam conservados
íntegros e
irrepreensíveis na vida
de nosso Senhor Jesus
Cristo”. (1
Tessalonicenses 5: 23).
Mas cremos que são Paulo
usou a palavra alma
neste texto citado como
sinônima de vida, pois
esse é um dos
significados de “anima”
em latim.
Vimos que nas passagens
bíblicas, de um modo
geral, temos espírito e
alma com o mesmo
sentido. E atentemos
para o fato de que as
palavras mudam de
sentido com o decorrer
dos tempos. E essas
alterações linguísticas
eram muito mais
frequentes no passado,
quando as palavras
existiam praticamente
apenas oralmente, pois
era raro alguém saber
ler e escrever. Ademais,
ainda não existiam
rádio, TV, jornal e
revista, veículos de
comunicação, esses que
muito contribuem para
conservar as
características e o
sentido de uma língua.
Isso pode ter algo a ver
com o fato de ora os
autores bíblicos usarem
espírito, ora, alma.
Reiteramos que na
Bíblia, geralmente,
espírito e alma são
frequentemente
sinônimos. Mas vimos
também que pode não ser
sempre assim.
E parece-nos que Kardec
é quem nos fornece a
melhor explicação para
essas duas palavras.
Segundo ele, alma é o
espírito encarnado, e
espírito é a alma
desencarnada. Para
Kardec, pois, os dois
vocábulos têm o mesmo
significado, com
diferenças apenas de
momento e local, ou
seja, de tempo e espaço!