O que nos é dado
de graça...
Jesus advertiu
com severidade
os escribas e
fariseus,
a quem
chamou de
hipócritas
Se compararmos
ao que somos
hoje,
forçosamente
admitiremos que
os discípulos de
Jesus, em que
pese a
espiritualidade
que possuíam,
tinham medos e
fraquezas
semelhantes aos
que tem o homem
atual.
É fácil
chegarmos a esta
conclusão ao
analisarmos
alguns fatos
relatados no
Evangelho, os
quais mostram
que a presença
constante do
Mestre junto aos
discípulos era
para eles um
fator de
segurança.
São vários os
momentos em que
Jesus aconselha,
orienta e traça
diretrizes aos
discípulos,
principalmente
em momentos
próximos à sua
partida para o
Mundo
Espiritual.
Esses conselhos
e orientações de
Jesus
estenderam-se à
Humanidade, em
todos os tempos.
“Passarão o Céu
e a Terra, mas
minhas palavras
não passarão”,
ele assim nos
disse.
Os discípulos de
Jesus foram:
Simão Bar Jonas,
denominado Pedro
(desencarnado no
ano 67, aos 87
anos); André
(irmão de
Pedro); Tiago, o
Maior (filho de
Zebedeu e
Salomé), irmão
de João
Evangelista;
João viveu até o
ano 70; Tiago, o
Menor; Felipe,
de Betsaida;
Mateus (ou Levi,
o cobrador de
impostos); Tomé
(de Toleimada);
Bartolomeu
(também chamado
Natanael); Judas
Tadeu; Judas (de
Kerioth); Simão
(o zelote). Após
a morte de
Jesus, Matias
substituiu
Judas, por
sorteio.
Todos tinham
entre 20 e 30
anos. Simão e
Judas possuíam
instrução e
cultura
semelhante à dos
rabinos; Mateus
conhecia
contabilidade.
Um ponto que
unia todos era o
idealismo, a fé,
a sinceridade e
a fidelidade a
Jesus.
A missão dos 12
-
Dentre os
conselhos que
Jesus deu aos
seus discípulos
e
consequentemente
ao homem da
Terra,
destacamos este:
“Curai os
enfermos, limpai
os leprosos,
ressuscitai os
mortos, expulsai
os demônios; de
graça
recebestes, de
graça dai”.
(Mateus, 10-8.
“Os doze e sua
missão”.)
Jesus nos
advertiu de que
não devemos
cobrar pelos
nossos dons
espirituais,
recebidos de
graça. Os dons
são concedidos
por Deus, que
nada nos cobra
por eles.
Portanto, Deus
não nos vende os
seus benefícios.
Ele nos concede
esses
benefícios.
“Deus é a
perfeição
absoluta, não
pode delegar a
criaturas
imperfeitas o
direito de
estabelecer
preços para a
sua justiça” –
O Evangelho
segundo o
Espiritismo
(Edições FEESP),
capítulo XXVI
(Dar de graça o
que de graça
receber).
A mediunidade,
um dom divino,
não pode ser
usada com fins
comerciais. Pois
assim, ela se
torna uma
profissão. E o
médium seria,
com isso,
simples
assalariado de
Deus.
A esse respeito,
o capítulo
citado diz: “Que
aquele, pois,
que não tem do
que viver,
procure outros
recursos que não
os da
mediunidade; e
que não lhe
consagre, se
necessário,
senão o tempo de
que
materialmente
possa dispor. Os
Espíritos
levarão em conta
o seu
devotamento e os
seus
sacrifícios,
enquanto que se
afastarão dos
que pretendem
fazer da
mediunidade um
meio de subir na
vida”.
Prece, um ato de
amor –
Jesus advertiu
os escribas e
fariseus: “Ai de
vós, escribas e
fariseus,
hipócritas! Pois
que devorais as
casas das
viúvas, sob
pretexto de
longas orações,
por isso
sofrereis mais
rigoroso juízo”
(Mateus, 23-14).
Para melhor
entendermos por
que o Mestre fez
essa
advertência,
vejamos quem
foram os
escribas e os
fariseus.
Escribas era o
nome dado, a
princípio,
àqueles que
tinham a tarefa
de escrever as
leis e
explicá-las.
Depois, o nome
foi aplicado aos
doutores da lei,
que ensinavam a
lei de Moisés e
a explicavam ao
povo.
Os escribas
comungavam dos
mesmos
princípios dos
fariseus, nome
derivado do
hebraico parash
- divisão. Essa
seita tinha como
chefe Hilel, um
doutor judeu
nascido na
Babilônia,
fundador de uma
escola que
ensinava que a
fé só era dada
pelas
Escrituras.
A origem da
seita seria de
180 a 200 a. C..
Os fariseus
foram
perseguidos em
diversas épocas,
principalmente
sob o domínio de
Hircânio, sumo
sacerdote e rei
dos judeus;
foram também
perseguidos sob
o domínio dos
reis da Síria,
Aristóbolo e
Alexandre; este
último lhes
restituiu a
honra e os bens;
então os
fariseus
recuperaram o
poder e o
conservaram até
a ruína de
Jerusalém, no
ano 70 da era
cristã.
Os fariseus
acreditavam na
imortalidade da
alma, exerciam
papel ativo nas
controvérsias
religiosas,
cultivavam
dogmas, cultos,
cerimônias. Eram
hipócritas e
falsos e usavam
a religião como
meio de promoção
pessoal.
Mantinham-se o
mais longe
possível dos
outros homens.
Não comiam, por
exemplo, com um
não fariseu, um
alimento do qual
não tivesse sido
pago o dízimo (a
décima parte
oferecida a
Deus). Exerciam
influência sobre
o povo e eram
vistos como
santos.
Jesus os
repreendeu e
chamou-lhes a
atenção no
sentido de que a
prece é um ato
de amor e de
caridade, um
impulso do
coração e que
não pode ser
cobrada; e que a
prece não pode
se transformar
em uma fórmula,
cobrada de
acordo com o
tamanho.
Diz O
Evangelho
segundo o
Espiritismo,
capítulo citado:
“As preces pagas
têm ainda outro
inconveniente: é
que aquele que
as compra se
julga, no mais
das vezes,
dispensado de
orar por si
mesmo, pois se
considera livre
dessa obrigação,
desde que deu o
seu dinheiro.
Sabemos que os
Espíritos são
tocados pelo
fervor do
pensamento dos
que se
interessam por
eles. Mas qual
pode ser o
fervor daquele
que paga a um
terceiro para
orar por ele? E
qual o fervor
desse terceiro,
quando delega o
mandato a outro,
e este a outro,
e assim por
diante? Não é
isso reduzir a
eficácia da
prece ao valor
da moeda
corrente?”