A Bíblia nunca foi, não
é e jamais será a
“Palavra de Deus”, como
dizem.
“Mas é claro que ela foi
escrita pelos homens”,
dirão alguns, dando um
risinho irônico.
E continuarão: “Todavia
as Escrituras Sagradas
tiveram uma Inspiração
Divina”.
Nada disso. Afirmo-lhes
que o referido livro foi
totalmente grafado por
mãos humanas, sem
nenhuma interferência
mediúnica do Criador
Supremo.
Este preceito pueril, ou
seja, de a Bíblia ser a
Palavra de Deus, foi
criado pela Igreja
Católica Apostólica
Romana, e chega a ser um
acinte à inteligência
humana, rebaixa o ser
humano aquém dos animais
irracionais que nada
pensam.
Para alguns líderes
religiosos, nós somos
pouco melhores do que as
pedras, pois, afinal,
damos dinheiro a eles;
não é verdade?
Vejamos bem: “de duas,
uma”: se Deus é perfeito
(e para nós Ele o é),
Sua Palavra também há de
ser perfeita. Caso
contrário, ou seja, se
ela não é perfeita, fica
provado que a “Bíblia
não é a Palavra de Deus,
mas sim dos Homens”.
No princípio da citada
obra literária,
encontramos:
GÊNESIS, capítulo 1: 1
No princípio criou Deus
os céus e a terra. 2 A
terra era sem forma e
vazia; e havia trevas
sobre a face do abismo,
mas o Espírito de Deus
pairava sobre a face das
águas. 3 Disse Deus:
haja luz. E houve luz. 4
Viu Deus que a luz era
boa; e fez separação
entre a luz e as trevas.
5 E Deus chamou à luz
dia, e às trevas noite.
E foi a tarde e a manhã,
o dia primeiro.
O Sol foi criado no 4º
dia, depois de serem
criados
o dia e a noite
Percebemos que: no
versículo 3, Deus ordena
que haja a luz.
Concluímos então, que
ela, a luz, não veio com
Ele e nem faz parte
Dele, como alguns dizem.
Notamos, no versículo 4,
que Deus achou a luz
boa, e até fez separação
entre a luz e as trevas.
Com esse ato Divino
reparamos que essa luz,
que está no princípio do
Gênesis, não é
espiritual.
Tanto isso é verdade que
Deus passou a chamar a
luz de dia e as trevas
de noite. E então, foi
feito o dia primeiro.
Passa o dia segundo...
Passa o dia terceiro...
No quarto dia, porém...
Bem, vejamos o que nos
diz a própria Bíblia; é
melhor:
GÊNESIS, capítulo 1: 14
E disse Deus: haja
luminares no firmamento
do céu, para fazerem
separação entre o dia e
a noite; sejam eles para
sinais e para estações,
e para dias e anos; 15 e
sirvam de luminares no
firmamento do céu, para
alumiar a terra. E assim
foi. 16 Deus, pois, fez
os dois grandes
luminares: o luminar
maior para governar o
dia, e o luminar menor
para governar a noite;
fez também as estrelas.
17 E Deus os pôs no
firmamento do céu para
alumiar a terra, 18 para
governar o dia e a
noite, e para fazer
separação entre a luz e
as trevas. E viu Deus
que isso era bom. 19 E
foi a tarde e a manhã, o
dia quarto.
Segundo a Bíblia, Adão
foi o 1º habitante da
Terra. Será?
Bem, sabemos que o
luminar maior é o Sol e
o luminar menor é a Lua.
Sabemos também que a luz
nos é dada pelo Sol.
Outra coisa: aprendemos
na escola que desde os
primórdios dos tempos
existe o Sublime bailado
astral, entre o Orbe
Terrestre e a Estrela
Solar, representado
pelos movimentos de
ROTAÇÃO que cria os dias
e as noites, e o de
TRANSLAÇÃO, responsável
pelo surgimento das
quatro estações do ano,
inverno, outono, verão e
primavera, existentes
desde as parcas eras da
humanidade. Daí a
perguntar-nos: 1: Que
luz é aquela que Deus
criou no primeiro dia?
2: que parâmetros Deus
usou para calcular as
horas, e delimitar o 1º,
2º e 3º dias se Ele
ainda não tinha criado o
Sol?
Em Êxodo 24,9-10, é-nos
dito que Arão, Nadabe,
Abiu e setenta anciãos
viram a Deus. O mesmo
livro fala-nos que
nenhum homem pode vê-lo
e viver (Êxodo 33,20). O
apóstolo João afirma que
ninguém jamais viu a
Deus (João 1,18).
Segundo uns, Adão foi o
1º habitante da Terra.
Entretanto, seu filho
Caim, quando expulso do
paraíso, edificou uma
cidade (Gênesis 4,17).
Ora, para fazer isso ele
precisaria de muitas
pessoas; mas só existia
então a família de Adão.
Quanto aos israelitas no
Egito, não sabemos se
foram expulsos (Êxodo
12,39), se lhes foi
permitido sair (Êxodo
13,17) ou se fugiram
(Êxodo 14,5).
Também desconhecemos o
verdadeiro sogro de
Moisés: se Jetro (Êxodo
18,1) ou Hobabe (Juízes
4,11).
Igualmente ignoramos se
somos punidos por nossos
erros na 3ª e 4ª
gerações (Êxodo 20,5),
se cada um pagará por
sua falta (Deuteronômio
24,16) ou se o justo
receberá a justiça que
merece e o injusto
pagará por sua injustiça
(Ezequiel 18,20).
A ideia de penas eternas
contradiz o Antigo e o
Novo Testamento
Ficamos em dúvida se
Deus (2 Samuel 24,1) ou
Satanás (1 Crônicas
21,1) ordenou a Davi que
fizesse o censo de
Israel.
Notamos que a Bíblia, ao
citar o inferno e suas
penas eternas, entra em
contradição consigo
mesma, no momento em que
nos mostra o seguinte:
"Misericordioso e
piedoso é o Senhor;
longânimo e grande em
benignidade. Não
reprovará perpetuamente,
nem para sempre reterá a
sua ira. Não nos tratou
segundo os nossos
pecados, nem nos
recompensou segundo as
nossas iniquidades."
(Salmos 103, 8)
De acordo com esse
trecho bíblico, fica
evidenciado que a Bíblia
não pode ser considerada
como sendo a "Palavra
Divina", pois uma
punição para todo o
sempre ao homem
contradiz tanto o Antigo
quanto o Novo
Testamento. Além disso,
contraria também o
magistral ensinamento do
Cristo que nos
recomendou que
perdoássemos setenta
vezes sete vezes (Mateus
18,21-22), ou seja,
indefinidamente. Como
acreditamos que o
Altíssimo tem a
perfeição como um de
seus principais
atributos, não admitimos
que uma obra sua seja
contraditória. Se
devemos perdoar, por que
Ele não nos perdoaria?
Na 2ª Revelação, não
poderíamos nos furtar de
comentar sobre o
acontecido na “Tumba do
Mestre”.
Os líderes religiosos
deveriam falar o que
houve com o corpo do
Divino Rabi no túmulo de
José de Arimateia, não,
porém, encobrir o
ocorrido dizendo que
deveríamos nos apegar à
glória do Cristo
vencendo a morte,
dando-nos a impressão de
que os demais
acontecimentos são
irrelevantes para o
nosso crescimento
espiritual.
Maria Madalena foi a
única a entrar onde o
corpo
de Jesus estava?
Na verdade, eles sabem
que na Bíblia há um
grande desencontro de
informações a respeito
desse assunto e,
propositadamente,
escondem-no de nós.
Até hoje não sabemos o
que se passou lá.
Vejamos isso logo
abaixo.
Que mulheres foram ao
túmulo de Cristo? Mateus
diz que foi Maria
Madalena e outra Maria.
Marcos já afirma que
apenas Maria Madalena,
Maria mãe de Tiago e
Salomé estavam no local.
Lucas não especifica
mulher alguma. Em
contrapartida, João
diz-nos que Maria
Madalena foi a única a
entrar no lugar onde o
corpo de Jesus se
achava.
Também não temos certeza
de quem retirou a pedra
do sepulcro. Mateus
fala-nos que foi um
anjo. Enquanto Marcos,
Lucas e João relatam-nos
que ela já havia sido
removida.
No Sacrário Divino há
uma controvérsia no
sentido de quem estaria
dentro dele. Mateus
diz-nos que um anjo com
vestes brancas como a
neve encontrava-se lá.
Mas Marcos dá-nos a
informação de que era um
jovem vestido de branco.
No entanto, Lucas
assevera-nos que dois
homens com roupas
brilhantes é que estavam
naquele local. Ao passo
que João declara que
foram dois anjos com
roupas brancas. Afinal
de contas, ficamos sem
saber quem
verdadeiramente estava
ali: se um ou dois
anjos, um ou dois
homens?
Esses fatos são literais
e podem ser vistos na
Bíblia em: Mateus
28:1-3; Marcos 16:1-5;
Lucas 24:1-4 e João
20:1,11 e 12.
A maioria dos dirigentes
religiosos não atenta
para o que dizem, ou
seja, se a Bíblia foi
inspirada por Deus, nela
não pode haver
incoerências,
contradições,
divergências ou
conflitos.
Se Nosso Pai Maior é
perfeito, sua palavra
também
teria de ser
Ora, se temos a mesma
fonte, ou seja, se única
é sua origem, o máximo
que podemos admitir é
que cada um dos autores
usasse suas palavras,
mas o conteúdo deveria
ser igual.
Raciocinemos: se o Nosso
Pai Maior é perfeito,
sua palavra também teria
de ser. Portanto, se o
conteúdo da narrativa
bíblica apresenta
contradições como as
vistas, tranquilamente
deduzimos que nas
Escrituras os textos são
de lavra humana.
Só por ter ela coisas
edificantes, não nos é
lícito atribuir-lhe uma
divindade
mentirosa. Afinal,
outros livros apresentam
elevadas lições e nem
por isso são
considerados deíficos.
Respeito e admiro a
Bíblia por demais,
entretanto não posso
admitir que inverdades
sejam divulgadas, ainda
mais quando servem para
que o poder religioso
melhor controle e tire
proveito das massas.
Enquanto tivermos
pessoas poderosas
dominando a opinião da
população, fazendo com
que o povo creia nas
Escrituras como fonte
infalível e divina, que
ninguém se engane: em
vez de Deus, o
financeiro será sua meta
principal.
Tendo tudo isso em
vista, pergunto-lhes: o
que vale mais para esses
sacerdotes? A verdade ou
o dinheiro?
Somos pela
transparência; mas
alguns, não.
Deixo-lhes, por fim, um
conhecido preceito
cristão, para que
reflitamos:
“Ninguém pode servir a
dois senhores; porque ou
há de odiar a um e amar
o outro, ou há de
dedicar-se a um e
desprezar o outro. Não
podeis servir a Deus e
às riquezas.” (Mateus
6:24)