Páscoa, além do dogma
Judeus e cristãos do
mundo inteiro celebram,
nesta época, a Páscoa.
Com motivos e tradições
diferentes, este é o
tempo da renovação, da
mudança, da
transformação, para
todos.
As efemérides religiosas
sugerem sempre ideias
muito mais generosas e
profundas do que o
acontecimento que
pretendem comemorar.
Pode-se mesmo afirmar
que o simbolismo das
datas é bem mais
significativo do que o
fato em si.
Veja-se, por exemplo, o
tema da Páscoa cristã.
Apesar de as igrejas
sustentarem o dogma de
que Jesus morreu e, ao
terceiro dia,
ressuscitou dos mortos,
num episódio
sobrenatural e
miraculoso, é possível
aceitar-se uma outra
versão, bem mais
racional. Ela é
compartilhada, por
exemplo, por nós,
espíritas: a de que não
ocorreu exatamente uma
ressuscitação do corpo
de Jesus. As aparições
ocorridas após sua morte
a pessoas que o amavam e
a quem ele amava teriam
sido nada mais que
materializações de seu
Espírito luminoso, dando
o testemunho de sua
sobrevivência.
Os dogmas religiosos
podem ser valiosos para
manterem a fé, mas
deixam de ter
importância para quem
busca e encontra seu
sentido mais profundo.
Muito além do dogma, a
Páscoa aponta para o
amplo sentido da vida,
como processo contínuo
de transformação e de
libertação gradual do
Espírito na busca da
plenitude.