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Entrevista
Ano 1 - N° 35 - 16 de Dezembro de 2007
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)

Waldehir Bezerra de Almeida:

Marcante experiência no
Distrito Federal


Professor e palestrante apresenta perfil de trabalho e de
perseverança, com motivações exemplares

 

Waldehir Bezerra de Almeida (foto) nasceu em Recife (PE) e reside em Guará-II no Distrito Federal. Formado em História Geral e do Brasil, participa de diversas atividades no Grupo Espírita Casa do Caminho e na Federação Espírita Brasileira. O contato com o Espiritismo ocorreu na adolescência, participando inicialmente de reuniões domésticas e, posteriormente, dedicando-se ao estudo das obras básicas que o levaram a assumir responsabilidades dentro do movimento espírita.

Para falar sobre seu primeiro livro, recentemente publicado, concedeu entrevista exclusiva à nossa revista, na qual aborda também outros assuntos que interessarão certamente aos nossos leitores.

– Você acaba de lançar seu primeiro livro. Qual o título e qual a motivação principal que o levou à escolha do tema?

Waldehir: O título é Criança - Uma abordagem espírita. Atuando no Atendimento Fraterno na Casa espírita, muitos pais recorrem a nós falando de suas dificuldades com a educação dos filhos e no relacionamento com eles. Outros nos procuram angustiados solicitando explicações para as doenças congênitas dos seus rebentos, frustrando-lhes o sonho de constituírem uma família com filhos saudáveis e inteligentes. Presencio, ao mesmo tempo, pais, mesmo espíritas, cuidando dos filhos como se suas almas fossem "novinhas em folha", sem a carga das experiências de vidas pregressas, necessitando de serem reeducadas e/ou incentivadas à consecução dos seus objetivos espirituais. Esta a motivação principal da obra que lançamos pela tradicional Casa Editora O Clarim.

– Cite sua experiência na instituição a que se dedica em Brasília?

Waldehir:
A minha atuação no Grupo Espírita Casa do Caminho vem abarrotando o cofre da minhalma com tesouros inalienáveis. Gosto muito de fazer amigos e a casa espírita é um celeiro deles. Tenho aprendido muito com aqueles que me ajudam a vencer as minhas próprias imperfeições. Venho atuando há muitos anos no campo da mediunidade, orientando médiuns e servindo nas reuniões de desobsessão, granjeando, também, amigos do outro lado da vida, é o que espero..

– Seus artigos publicados na imprensa espírita caracterizam-se pela clareza doutrinária e pela objetividade. Como eles são arquitetados?

Waldehir:
Uma pergunta que alguém me faça, um fato que presencio, a leitura de uma frase e um "estalo" que me dá (aí acredito na influência espiritual) são as principais fontes dos meus trabalhos. A intenção de relembrar e de contextualizar os ensinamentos do Codificador é, também, motivo que me leva a escrever artigos.

– E como palestrante em Brasília, qual fato marcante gostaria de destacar?

Waldehir:
Nenhum em especial. Minhas palestras são muito simples. Por força da formação (professor), são como aulas de Espiritismo.

– O que realmente está faltando ao movimento espírita na atualidade? E que sugestão você daria para efetivar a proposta?

Waldehir:
O Brasil é um país com uma diversidade muito grande de cultura e de instrução. Isto faz com que o nosso movimento espírita se pareça com um mosaico. O movimento espírita é a projeção da nossa maneira de entender e sentir a Doutrina Consoladora. As federativas e as Casas adesas fazem o que podem e como podem. Se pensarmos em unificação, é oportuno lembrar o Venerável Bezerra de Menezes, que diz ser ela urgente mas não apressada, isto porque é fundamental se respeitar a individualidade. A sugestão é que não se poupem esforços para se alcançar a unidade de princípios doutrinários.

– O que podemos fazer igualmente para estimular a difusão dos autores clássicos da literatura espírita junto aos novatos que se aproximam do Espiritismo, uma vez que esses autores estão esquecidos ou são totalmente desconhecidos, como ocorre, por exemplo, com a notável Yvonne Pereira?

Waldehir:
Creio que "começar pelo começo" é o caminho certo, mas os instrutores do ESDE deverão estar preparados para ler, interpretar e divulgar os clássicos. É uma perda muito grande saber que a grande maioria dos espíritas não conhecem os clássicos da senhora Yvonne Pereira, tais como “Recordações da Mediunidade”, “Devassando o Invisível” e “Memórias de um Suicida”, para me restringir apenas na sua citação.

– Na capital federal, especificamente, que experiência você destaca na difusão do Espiritismo?

Waldehir:
A Federação Espírita do Distrito Federal (FEDF) vem contribuindo significativamente para que o Espiritismo seja conhecido em todos os seus recantos, coordenando as Semanas Espíritas em cidades ou regiões, realizando encontros de trabalhadores e da juventude espírita do Distrito Federal. Os eventos com as presenças de oradores como Divaldo P. Franco, Raul Teixeira, Richard Simonetti e outros têm dado um impulso valioso à difusão do Espiritismo no DF.

– Você tem outros projetos de livros para o futuro?

Waldehir:
Não tenho nenhum projeto em mente de escrever outro livro, pelo menos por enquanto.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita