MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Missionários da Luz
André Luiz
(Parte 11)
Continuamos nesta edição
o estudo da obra
Missionários da Luz,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela editora
da Federação Espírita
Brasileira, a qual
integra a série
iniciada com o livro
Nosso Lar.
Questões preliminares
A. Existe intercessão
dos protetores no
processo reencarnatório?
R.: Sim. Em todas as
colônias espirituais de
expressão elevada as
tarefas do planejamento
da reencarnação são
desempenhadas com
infinito carinho e são
muitos os trabalhadores
espirituais que velam,
na Crosta, pela execução
dos trabalhos
reencarnacionistas.
(Missionários da Luz,
cap. 12, págs. 163 e
164.)
B. Que significa o
vocábulo completista?
R.: Completista é o
título que designa os
Espíritos que aproveitam
todas as oportunidades
construtivas que o corpo
terrestre lhes oferece.
Esses casos, embora
raros, existem. O
completista, na
qualidade de trabalhador
leal e produtivo, pode
escolher, à vontade, o
corpo futuro, quando lhe
apraz o regresso à
Crosta em missões de
amor e iluminação, ou
recebe veículo
enobrecido para o
prosseguimento de suas
tarefas, a caminho de
círculos mais elevados
de trabalho. (Obra
citada, cap. 12, págs.
167 a 171.)
C. Quem era Anacleta e
que ensinamento podemos
extrair de sua história?
R.: Anacleta, uma das
trabalhadoras mais
corajosas da colônia,
preparava-se para voltar
à reencarnação em tarefa
de abnegação por quatro
entidades que, há mais
de quarenta anos, se
debatiam nas zonas
inferiores. Segundo ela
mesma, cumpriria, assim
agindo, apenas um dever,
porque as mães que não
completaram a obra de
amor, que o Pai lhes
confia junto dos filhos,
devem ser bastante
fortes para recomeçarem
os serviços imperfeitos.
Esse era o seu caso,
visto que, por
imprevidência sua noutro
tempo, seus quatro
filhos caíram
desastradamente. Sua
noção de carinho não se
compadecia com a
realidade e, assim,
embora devotada ao lar,
viciou o afeto de mãe
com excessos de meiguice
desarrazoada. E, como
conseqüência indireta,
quatro almas não
encontraram recursos
para a jornada de
redenção e caíram muito
cedo em desregramentos
de natureza física e
moral, a pretexto de
atenderem a obrigações
sociais. Tão degradantes
foram esses
desregramentos, que
perderam muito cedo o
templo do corpo,
entrando em regiões
baixas, em tristes
condições. Anacleta
compreendeu, no mundo
espiritual, o problema e
dispôs-se a trabalhar
afanosamente para
conseguir, não só a
reencarnação de si
própria, como também a
dos filhos, que deveriam
segui-la nas provas
purificadoras da Crosta.
Dois dos rapazes
regressariam à carne na
condição de paralíticos,
um na qualidade de débil
mental e, para
auxiliá-la na viuvez
precoce, teria
tão-somente a filha, que
seria igualmente
portadora de prementes
necessidades de
retificação. (Obra
citada, cap. 12, págs.
172 a 175.)
D. É arriscado ter um
corpo belo e sedutor?
R.: Em certas situações,
sim, como mostra o caso
de uma jovem que pediu
ao instrutor Manassés
que interferisse no
processo de sua
reencarnação, porque
precisava fugir de
qualquer possibilidade
de queda, que seria
favorecida pela beleza
física. Manassés a
apoiou, lembrando que a
sedução carnal
constitui, realmente,
imenso perigo, não só
para aqueles que emitem
a sua influenciação,
como para quantos a
recebem. No caso em
foco, a jovem preferia a
fealdade corpórea, para
que isso contribuísse
com a redenção de seu
Espírito. (Obra
citada, cap. 12, págs.
175 e 176.)
Texto para leitura
71. Finalidade do
serviço intercessório
- Alexandre explicou que
em todas as colônias
espirituais de expressão
elevada as tarefas do
planejamento da
reencarnação são
desempenhadas com
infinito carinho. André
lembrou-se, então, do
caso de seu pai, que
reencarnou procedendo
diretamente das zonas
inferiores. Teria sido
ele auxiliado? Alexandre
deu a propósito o
seguinte ensinamento: "Se
era ele criatura de
razão esclarecida ,
embora não iluminada,
permanecia após a morte
em estado de queda e não
deve ter voltado à
bendita oportunidade da
escola física sem o
trabalho intercessório e
forte ajuda de corações
bem-amados de nosso
plano. Nesse caso, terá
recebido a cooperação de
benfeitores situados em
posições mais altas..."
Dito isso, continuou: "Se
ele foi, porém, criatura
em esforço puramente
evolutivo, circunstância
essa na qual não teria
regressado em condições
amargurosas, contou ele
naturalmente com o
abençoado concurso dos
trabalhadores
espirituais que velam,
na Crosta, pela execução
dos trabalhos
reencarnacionistas, em
processos naturais".
Estavam assim, de modo
claro, estabelecidas as
diferenças. (Cap. 12,
págs. 163 e 164)
72. A
missão divina do sexo
- O modelo masculino,
estruturado em
substância luminosa,
constituía, no parecer
de André Luiz, a mais
primorosa obra anatômica
até então sob sua
análise. As minúcias
fisiológicas eram
impressionantes, mas sua
maior surpresa aconteceu
quando fixou os eflúvios
brilhantes que emanavam
dos centros genitais,
assemelhando-se, em
conjunto, a minúsculo
santuário cheio de luz.
A explicação de
Alexandre não tardou: "Na
Crosta – disse ele –
ainda existe muita
ignorância acerca da
missão divina do sexo.
Para nós, porém, que
desejamos valorizar as
experiências, a
paternidade e a
maternidade terrestres
são sagradas. A
faculdade criadora é
também divindade do
homem. O útero maternal
significa, para nós
outros, a porta bendita
para a redenção..."
E ele acrescentou
dizendo que não haveria
reencarnação sem o
concurso das forças
criadoras associadas, do
homem e da mulher. (Cap.
12, págs. 164 a 167)
73. Um
reencarnante hesitante
- Num dos pavilhões de
desenho, Manassés,
companheiro de André
Luiz, foi procurado por
uma entidade simpática
que pedia informações.
Era Silvério, um colega
que, após quinze anos de
trabalho nas atividades
de auxílio, regressaria
à esfera carnal para a
liquidação de
determinadas contas. Ele
parecia, contudo,
hesitante, indeciso,
receoso. Temia contrair
novos débitos ao invés
de pagar velhos
compromissos. Achava
penoso vencer na
experiência carnal, em
vista do esquecimento
que sobrevém à
encarnação... Manassés
considerou que seria
muito mais difícil
triunfar se guardássemos
a lembrança de nossos
erros e pediu-lhe
abençoasse o olvido
temporário que o Senhor
nos concede em caráter
provisório. Silvério
indagou se seu modelo
estava pronto. André
ficou sabendo, então,
que ele havia aceitado
uma sugestão dos amigos
espirituais no sentido
de possuir, na carne, um
defeito na perna.
Silvério agora pensava
também que, para
defender-se contra
certas tentações de sua
natureza inferior, a
perna doente o
auxiliaria muito,
constituindo-lhe um
antídoto à vaidade e uma
sentinela contra a
devastação do
amor-próprio excessivo.
Depois, quis saber qual
o tempo que teria na
Crosta. Manassés
informou que seriam 70
anos, no mínimo, e
asseverou: "Pondere a
graça recebida,
Silvério, e, depois de
tomar-lhe a posse no
plano físico, não volte
aqui antes dos setenta.
Trate de aproveitar a
oportunidade. Todos os
seus amigos esperam que
você volte, mais tarde,
à nossa colônia, na
gloriosa condição de um
completista". (Cap.
12, págs. 167 a 169)
74. O que é um
"completista" -
Manassés, atendendo à
curiosidade de André
Luiz, explicou que
"completista" é o título
que designa os raros
irmãos que aproveitam
todas as oportunidades
construtivas que o corpo
terrestre lhes oferece.
Esses casos, embora
raros, existem. Passam,
freqüentemente, para o
plano espiritual,
pessoas anônimas, sem
fichas de propaganda
terrestre, mas com
imenso lastro de
espiritualidade
superior. O
"completista", na
qualidade de trabalhador
leal e produtivo, pode
escolher, à vontade, o
corpo futuro, quando lhe
apraz o regresso à
Crosta em missões de
amor e iluminação, ou
recebe veículo
enobrecido para o
prosseguimento de suas
tarefas, a caminho de
círculos mais elevados
de trabalho. André
perguntou a Manassés se
ele sabia de algum
"completista" que
tivesse recentemente
regressado à Crosta.
Certamente ele teria
escolhido um organismo
irrepreensível...
Manassés respondeu que
conhecia, sim, mas
nenhum dos que ele vira
partir, apesar de seus
méritos, escolheu formas
irrepreensíveis quanto
às linhas exteriores.
Pediram, sim,
providências em favor da
existência sadia,
preocupando-se com a
resistência, equilíbrio,
durabilidade e fortaleza
do instrumento físico,
mas solicitaram medidas
tendentes a lhes
atenuarem o magnetismo
pessoal, em caráter
provisório,
evitando-se-lhes
apresentação física
muito primorosa,
ocultando desse modo a
beleza de suas almas
para a eficiente
garantia de suas
tarefas, premunindo-se
contra as vibrações da
inveja, do despeito, da
antipatia gratuita e das
disputas
injustificáveis. É por
isso que os
trabalhadores
conscientes, na maioria
das vezes, organizam
seus corpos em moldes
exteriores menos
graciosos, fugindo, por
antecipação, ao influxo
das paixões devastadoras
das almas em
desequilíbrio. Os
"completistas" –
acrescentou Manassés –
abandonam toda
experiência que os possa
distrair no caminho da
realização da Vontade
Divina. (Cap. 12, págs.
169 a 171)
75. O caso
Anacleta - Uma
irmã de porte muito
respeitável aproximou-se
saudando Manassés
afetuosamente. Era
Anacleta, uma de nossas
trabalhadoras mais
corajosas – explicou
Manassés. Ela sorriu,
algo contrafeita com a
observação do
companheiro, que
prosseguiu: "Imagine
que voltará à Esfera do
Globo, em breves dias,
em tarefa de profunda
abnegação por quatro
entidades que, há mais
de quarenta anos, se
debatem em regiões
abismais das zonas
inferiores".
Anacleta replicou
dizendo não ver nisso
nenhuma abnegação, mas
apenas um dever, porque
as mães que não
completaram a obra de
amor, que o Pai lhes
confia junto dos filhos,
devem ser bastante
fortes para recomeçarem
os serviços imperfeitos.
Esse era o seu caso.
André lembrou-se de sua
mãe, que voltou à Terra
tangida pela mesma
dedicação. A senhora
ficou comovida e seus
olhos se encheram de
lágrimas discretas.
Manassés então lhe
indagou se ela havia
recebido todos os
projetos. Ela disse que
sim e que estava
satisfeita. Quando saiu,
Manassés resumiu a sua
história, informando que
por imprevidência dela,
noutro tempo, seus
quatro filhos caíram
desastradamente. Sua
noção de carinho não se
compadecia com a
realidade e, assim,
embora devotada ao lar,
viciou o afeto de mãe
com excessos de meiguice
desarrazoada. E, como
conseqüência indireta,
quatro almas não
encontraram recursos
para a jornada de
redenção. Três rapazes e
uma jovem, cuja
preparação intelectual
exigira os mais árduos
sacrifícios, caíram
muito cedo em
desregramentos de
natureza física e moral,
a pretexto de atenderem
a obrigações sociais. E
tão degradantes foram
esses desregramentos,
que perderam muito cedo
o templo do corpo,
entrando em regiões
baixas, em tristes
condições. Anacleta
compreendeu, no mundo
espiritual, o problema e
dispôs-se a trabalhar
afanosamente para
conseguir, não só a
reencarnação de si
própria, como também a
dos filhos, que deverão
segui-la nas provas
purificadoras da Crosta.
Mais de trinta anos
trabalhou para isso e a
experiência terrestre
ser-lhe-á bem dura,
porque dois dos rapazes
regressarão na condição
de paralíticos, um na
qualidade de débil
mental e, para
auxiliá-la na viuvez
precoce, terá tão
somente a filha, que,
por si mesma, será
também portadora de
prementes necessidades
de retificação. (Cap.
12, págs. 172 a 175)
76. A
jovem que não quer ser
bonita
- Uma outra irmã
procurou por Manassés
desejando modificações
no seu plano
reencarnatório. Ela fora
advertida por
benfeitores da colônia
no sentido de não se
apresentar na Crosta
dentro de linhas
impecáveis em termos
físicos; por isso ela
pedia que a tiróide e as
paratiróides não
estivessem tão
perfeitamente
delineadas. A jovem não
teria uma tarefa fácil
no mundo e precisava
fugir de qualquer
possibilidade de queda,
e a perfeita harmonia
física lhe perturbaria,
com certeza, as
atividades. Manassés a
apoiou com entusiasmo,
dizendo que a sedução
carnal é, realmente,
imenso perigo, não só
para aqueles que emitem
a sua influenciação,
como também para quantos
a recebem. Ela, no caso,
preferia a fealdade
corpórea, para que isso
contribuísse com a
redenção de seu
Espírito. (Cap. 12,
págs. 175 e 176)
(Continua no próximo
número.)
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