Texto para leitura
163. A alma não está
localizada num ponto
particular do corpo; ela
forma com o perispírito
um conjunto fluídico,
penetrável,
assimilando-se ao corpo
inteiro, com o qual ela
constitui um ser
complexo, do qual a
morte não é, de alguma
sorte, mais que um
desdobramento. Durante a
vida, a alma age mais
especialmente sobre os
órgãos do pensamento e
do sentimento, mas
irradia exteriormente,
podendo isolar-se do
corpo, transportar-se ao
longe e aí manifestar
sua presença. (Cap. III,
item 108, págs.194 e
195.)
164. O progresso
anterior da alma – antes
de sua união com o corpo
– é simultaneamente
demonstrado pela
observação dos fatos e
pelo ensino dos
Espíritos. (Cap. III,
item 111, pág. 196.)
165. As almas são
criadas simples e
ignorantes, isto é, sem
ciência e sem
conhecimento do bem e do
mal, mas com igual
aptidão para tudo. A
princípio, encontram-se
numa espécie de
infância, sem vontade
própria e sem
consciência perfeita de
sua existência. Pouco a
pouco o livre-arbítrio
se desenvolve. A
desigualdade das almas
em sua origem seria a
negação da justiça de
Deus. (Cap. III, itens
112 e 114, pág. 196.)
166. As almas mais
adiantadas em
inteligência e
moralidade são as que
têm vivido mais e
alcançado maior
progresso. (Cap. III,
item 113, pág. 196.)
167. O ensino dos
Espíritos e o estudo dos
diferentes graus de
adiantamento do homem
provam que o progresso
anterior da alma
efetuou-se em uma série
de existências
corporais, mais ou menos
numerosas. (Cap. III,
item 115, pp. 196 e
197.)
168. No momento de
nascer, o estado
intelectual e moral do
Espírito reencarnante é
o que tinha antes da
união ao corpo; mas, em
razão da perturbação que
acompanha a mudança de
estado, suas idéias se
acham momentaneamente em
estado latente. (Cap.
III, item 117, pág.
197.)
169. As idéias inatas
são o resultado de
conhecimentos adquiridos
em existências
anteriores, que se
conservaram no estado de
intuição, para servirem
de base à aquisição de
outras novas. (Cap. III,
item 118, pág. 198.)
170. O homem de gênio é
a encarnação de um
Espírito adiantado que
muito houvera já
progredido. A educação
pode fornecer a
instrução que falta, mas
não o gênio, quando este
não exista. (Cap. III,
item 119, pág. 198.)
171. A consciência é uma
recordação intuitiva do
progresso feito nas
precedentes existências
e das resoluções tomadas
pelo Espírito antes de
encarnar, resoluções que
ele, muitas vezes,
esquece como homem.
(Cap. III, item 127,
pág. 200.)
172. Deus não criou o
mal. Ele estabeleceu
leis e estas são sempre
boas, porque Ele é
soberanamente bom.
Aquele que as observasse
fielmente seria
perfeitamente feliz,
porém os Espíritos - no
uso de seu
livre-arbítrio - nem
sempre as observam e é
dessa infração que
provém o mal. (Cap. III,
item 129, pág. 201.)
173. A origem do mal na
Terra está na
imperfeição dos
Espíritos que aqui se
encarnam. Quanto à sua
predominância, provém da
inferioridade do
planeta, cujos
habitantes são, na
maioria, Espíritos
inferiores ou que pouco
têm progredido. (Cap.
III, item 131, pág.
201.)
174. Nem sempre uma vida
penosa é uma expiação;
muitas vezes é prova
escolhida pelo Espírito,
que vê nela um meio de
avançar mais
rapidamente, conforme a
coragem com que saiba
suportá-la. (Cap. III,
item 134, pág. 203.)
175. A riqueza é também
uma prova, mas muito
mais perigosa que a
miséria, pelas tentações
que dá e pelos abusos
que enseja. O exemplo
dos que viveram na Terra
demonstra ser ela uma
prova em que a vitória é
mais difícil. (Cap. III,
item 134, pág. 203.)
176. Os estudos
espíritas acerca dos
imbecis e dos idiotas
provam que suas almas
são tão inteligentes
como as dos outros
homens e que essa
enfermidade é uma
expiação infligida a
Espíritos que abusaram
da inteligência e sofrem
cruelmente por se
sentirem presos, em
laços que não podem
quebrar, e pelo desprezo
de que se vêem objeto,
quando talvez tenham
sido tão considerados em
encarnação precedente.
(Cap. III, item 135,
pág. 204.)
177. Durante o sono é só
o corpo que repousa, mas
o Espírito não dorme.
Ele goza de toda a
liberdade e da plenitude
de suas faculdades;
aproveita-se do repouso
do corpo, dos momentos
em que este lhe dispensa
a presença, para agir
separadamente e ir aonde
quer. Durante a
encarnação, o Espírito
fica preso ao corpo por
um cordão fluídico, que
serve para chamá-lo,
quando sua presença se
torna necessária. Só a
morte rompe esse laço.
(Cap. III, item 136,
pág. 204.)
(Continua na próxima
edição.)