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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 35 - 16 de Dezembro de 2007

F. ALTAMIR DA CUNHA 
altamir.cunha@bol.com.br
Natal, Rio Grande do Norte (Brasil)
 

Mente e saúde

Disse Emmanuel que são muitos os que se dirigem à casa espírita em busca de curas, como prêmio de que se acham merecedores, sem o menor esforço. Não trazem propósito de renovação interior ou de aprimoramento de conhecimentos; nestas condições não compreendem a importância de antes restituir a si mesmos a harmonia espiritual.

O homem é um conjunto Espírito-matéria e as enfermidades são reflexos (efeitos) de causas que residem no mundo mental. Toda desarmonia interior provocará vibrações idênticas a se refletir no composto celular; e todo processo de cura se realiza de dentro para fora.

Jesus, o médico das almas, a cada cura realizada exortava à indispensável renovação interior – “Não tornes a pecar”, como forma de tornar permanente a cura recebida.

A proposta da Doutrina Espírita é da iluminação de consciências, despertando cada criatura para a verdadeira cura a que se realiza quando o beneficiado se ajusta à lei divina, que tem por base o amor.

A cura, sem a mudança de atitude daquele que se cura, poderá ser interpretada como uma trégua apenas, já que não foi realizada a mudança no mundo das causas.

Em razão da conduta mental, as células são estimuladas ou bombardeadas pelos fluxos dos interesses que lhe apraz, promovendo a saúde ou dando gênese aos desequilíbrios que decorrem da inarmonia, quando essas unidades em estado de mitose degeneram, oferecendo campo às bactérias patológicas que se instalam vencendo os fatores imunológicos, desativados ou enfraquecidos pelas ondas contínuas de mau humor, pessimismo, revolta, ódio, ciúme, lubricidade e viciações de qualquer natureza que se transformam em poderosos agentes da perturbação e do sofrimento (Manoel Philomeno/Divaldo Pereira, in Painéis da Obsessão).

Além das enfermidades de ordem material, encontram-se as de etiologia complexa, cujas raízes estão plantadas no Espírito, inacessível, portanto, à ciência materialista e, por isso, interpretadas como enfermidades fantasmas.

A mente em desarmonia emite ondas, que, por sintonia, atrairá outras mentes doentias, iniciando um intercâmbio que pode resultar, desde uma obsessão simples, às chamadas subjugações responsáveis por inúmeros quadros de loucura.

De acordo com os benfeitores espirituais, nossas emoções, pensamentos e atos são elementos dinâmicos de indução. Daí a necessidade de renovação através de estudo, meditação e ação no bem. Este procedimento gera uma psicosfera harmoniosa indispensável para uma boa saúde física e espiritual. Esta verdade confirma o perfeito mecanismo da lei de justiça, que rege o universo e torna inaceitável a crença de que a vida proporciona castigos ou prêmios imerecidos.  Portanto, os que procuram no Espiritismo uma forma de transferir responsabilidades para os mentores espirituais, sem o menor esforço de sua parte, aprenderão que querer a cura real sem nada mudar no mundo mental, é pura ilusão. Quem quer saúde não deve envenenar a mente.

“A cada um, segundo as suas obras!” − disse Jesus. Como as nossas obras são a materialização dos nossos pensamentos, sem sombra de dúvida podemos afirmar: nós somos o que pensamos.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita