Criança de férias? Ah… brincar, brincar
livre …
Triste de quem não conserva nenhum vestígio da infância.
Mário Quintana
Ao brincar, as crianças desenvolvem várias habilidades
importantes. E, com isso, elas aprendem, mas de um modo
natural e tranquilo: empatia; aguardar sua vez; seguir
regras; entender as coisas do ponto de vista dos outros;
resolver conflitos de forma independente; aprender a se
comprometer…
O brincar é, na realidade, tão importante que é um
direito garantido por lei e defendido pela ONU
(Organização das Nações Unidas) desde 1959, na
Declaração Universal dos Direitos da Criança. Isso foi
fortalecido em 1989 com a Convenção dos Direitos da
Criança, da qual o Brasil faz parte. Aqui também temos o
brincar assegurado na Constituição, no Estatuto da
Criança e do Adolescente e no Marco Legal da Primeira
Infância.
Nas férias? Sim, sem dúvida, a criança precisa brincar
muito. Brincar livre. Estar em contato com a natureza,
por sua vez, estimula ainda mais o brincar livre. A
areia, a água, a terra, o jardim, a árvore, as folhas,
tudo isso se torna combustível para a imaginação…
Brincar livre significa não ter intervenção do adulto o
tempo todo. A criança precisa, de modo cotidiano, e
largamente durante as férias, de liberdade para inventar
seus próprios momentos de brincadeira, dentro dos seus
parâmetros e regras ou da falta de tudo isso –
totalmente de acordo com as motivações dela. Por
exemplo, um pedaço de pano pode virar uma capa; um pano
de prato, uma toalha de piquenique; um cobertor velho,
uma cabana no fundo do quintal; uma árvore, o refúgio
seguro e com direito a livrinho ou conto…
E por favor, queridos pais: na infância a tela não é uma
brincadeira e, sim, uma forma passiva de distração…
Depois do brincar? Estimule seu filho a organizar o
local, pois ele deve desde pequeno aprender que faz
parte da casa e, por isso, a organização é uma função de
todos que lá convivem.
Notinha