Usar e abusar
Alguém já disse que Deus criou os homens,
oferecendo-lhes as ferramentas com que possam construir,
por si mesmos, os caminhos da própria evolução.
Esses recursos são aqueles de que todos dispomos, quando
na Terra, a fim de realizar o nosso aperfeiçoamento
individual e empreender a conquista de nossa própria
felicidade.
Usar e não abusar de semelhantes concessões são as
alavancas simbólicas que se nos fazem necessárias ao
equilíbrio.
Recorramos aos ensinamentos vivos da Natureza.
O homem dispõe do arado para o amanho do solo, não para
investir contra a existência dos outros. Conta com o
auxílio da tesoura, a fim de cortar, construtivamente,
não para ferir a quem quer que seja.
Ocorre o mesmo quanto ao corpo físico que nos serve no
mundo por temporária moradia.
A criatura usufrui das energias mentais de modo a criar
o bem, não para planear o mal.
Possui o mecanismo da voz com o objetivo de falar
educando e construindo, não para suscitar a perturbação
e o sofrimento nas sendas alheias.
Detém o prodígio dos olhos para ver e discernir, não a
fim de vasculhar os detritos e amargores que,
porventura, se mostrem na estrada de alguém.
Carrega o estômago por auxiliar da própria sustentação,
não para recheá-la com alimentos desnecessários,
estabelecendo desequilíbrios no campo orgânico.
Todas as possibilidades da existência são concedidas ou
emprestadas por Deus à pessoa humana, habilitando-a a
promover a solução de suas próprias necessidades, mas
não armando-a para lesar os interesses e os sentimentos
de pessoa nenhuma.
Em síntese, o Criador estabelece os meios de elevação,
em auxílio a todos na aprendizagem da escola terrestre.
Por isso mesmo, usar as concessões do Senhor, ou abusar
delas, significa problema pertinente a cada um.
Escolhas são opções.
Decerto, por esse motivo, resumindo as leis do Universo
que nos governam em toda parte, asseveram as informações
de procedência divina que, nos caminhos da vida, “a cada
um de nós será dado, conforme as nossas próprias obras”.
Do livro Confia e segue, mensagem
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
|