Especial

por Vladimir Tomczyk

O papa da
3ª Guerra Mundial
 

 

Durante a sua participação no Popecast, podcast produzido pela mídia do Vaticano com o pontífice e repercutido pela Folha de São Paulo, divulgado em 13/3/2023, dia do seu aniversário de 10 anos como líder da Igreja Católica, Jorge Bergoglio - o papa Francisco - fez declarações a respeito da Guerra da Ucrânia e afirmou que não esperava ser papa nos tempos da Terceira Guerra Mundial, conflito que fez o fantasma de um terceiro confronto mundial sair do armário. Segundo o papa, é preciso ver todo o drama que se desenrola por trás dessa guerra, que talvez tenha sido, de alguma forma, provocada ou não evitada; além do interesse em testar e vender armas. “Sofro em ver a morte de jovens homens, sejam eles russos ou ucranianos. É difícil.”

De acordo com o médium, escritor e palestrante espírita Divaldo Franco em seu livro Transição Planetária, autoria espiritual de Manoel Philomeno de Miranda, estamos no limiar da grande transição em que o nosso planeta passará da condição de mundo de Provas e Expiações para mundo de Regeneração. As alterações que se observam são de natureza moral, convidando o ser humano à mudança de comportamento para melhor, alterando os hábitos viciosos a fim de que se instalem os paradigmas da justiça, do dever, da ordem e do amor. Errando e corrigindo-se, realizando tentativas de progresso e caindo para logo levantar-se, esse é o modelo de desenvolvimento que a todos propele na direção de sua felicidade plena. Herdeiro de conflitos em que estorcega nas fases iniciais, deve enfrentar os condicionamentos enfermiços, trabalhando pela aquisição de novas experiências que lhe constituam diretrizes de segurança para o avanço. Em face das situações críticas pelo carreiro carnal, produz complicações afetivas porque distante de emoções sublimes do amor, agindo mais por instintos, especialmente aqueles que dizem respeito à preservação da vida, à reprodução, à violência para a defesa sistemática da existência corporal, agride quando deveria dialogar, acusa no  momento em que lhe seria lícito silenciar a ofensa ou agressão dando lugar a embates infelizes geradores de ressentimentos, ódio, desforço; características desse filho inconsequente do Ego dominador. Colocado pela força do determinismo na conjuntura do livre-arbítrio - nem sempre lógico -, somente ao impacto do sofrimento desperta para compreender quão indispensável lhe é a aquisição da paz e a conquista do bem-estar. No atual período, as dores atingem patamares quase insuportáveis e a loucura que toma conta dos arraiais terrestres tem caráter pandêmico ao lado dos transtornos depressivos, da drogadição, do sexo desvairado, das fugas psicológicas, dos crimes estarrecedores, do desrespeito às leis e à Ética, da desconsideração pelos Direitos Humanos e à Natureza como um todo, facultando a interferência Divina, a fim de que se opere a grande transformação de que todos nós temos necessidade urgente.

Fenômenos sísmicos aterradores sacodem o Orbe terrestre, pandemias:- Covid, doenças autoimunes, incêndios, pestes, fomes, misérias, aquecimento global, simultaneamente armas ditas inteligentes ceifam centenas de milhares de vidas a serviço da guerra ou de revoluções intermináveis ensejando as tragédias coletivas, terrorismo internacional: Estado Islâmico, Boko Haram, Al-Qaeda, deslizamentos na Região Serrana do RJ, rompimento de barragens MG, inundações no RS, seca na Amazônia, tsunami: Oceano Indico, Haiti, Sri Lanka, Sumatra, Tailândia, Bangladesh, no Pacífico: Chile, terremoto: Japão, China, Paquistão, Turquia, Índia, Nepal, Java, vulcão: Islândia, tornados: Mianmar, África, seca no mar de Aral/Uzbequistão, etc.; todas essas recentes tragédias estão contempladas  em O Livro dos Espíritos, no capítulo dedicado à Lei de Destruição, onde se constata que o Mestre de Lyon já nos dava conta sobre ser necessário que tudo se destrua a fim de poder renovar-se, aprimorar-se, regenerar-se (LE 728). A destruição, portanto, é necessária para a regeneração dos seres, somente produzida para a transformação molecular da matéria, nunca atingindo o Espírito que é imortal. Neste sentido, a Natureza os cerca de meios de preservação e conservação, para que a destruição não ocorra antes do tempo necessário. Toda a destruição antecipada entrava o desenvolvimento do Princípio Inteligente, por isso Deus deu a cada ser a necessidade de viver e reproduzir-se (LE 729). Desse modo, as grandes calamidades de uma ou de outra procedência têm por finalidade convidar a criatura humana à reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade. As dores que defluem desses fenômenos considerados flagelos destruidores, objetivam fazer a Humanidade progredir mais depressa (LE 737). A predominância da natureza animal sobre a espiritual e a saciedade de suas paixões, levam o homem à guerra. À medida que o homem progride, a guerra se torna menos frequente, e quando necessária ele sabe adicionar-lhe Humanidade (LE 742). Ao tornar a guerra necessária, a Providência objetiva fazer os povos evoluírem mais rapidamente, por meio da liberdade e progresso (LE 744). Eis, portanto, o que vem ocorrendo nos dias atuais.

Em A Gênese (A Geração Nova) Allan Kardec nos traz à lume que, para o atingimento da felicidade na Terra é preciso que somente Espíritos bons a povoem, encarnados e desencarnados e que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam, sendo que aqueles que praticam o mal pelo mal e ainda não foram tocados pelo sentimento do bem, não são dignos de permanecerem no planeta transformado e serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam novamente novas perturbações e confusões, constituindo-se de obstáculo ao progresso. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinar em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade. A época atual é de transição, confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares. Opera-se presentemente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, visto que elas apresentarão a eclosão de novos germens em um novo mundo de Regeneração.

De acordo com Divaldo, em sua entrevista ao Canal FEP, no Paraná, seria improvável haver uma guerra mundial em razão do potencial termonuclear envolvido, o que impediria o mundo mergulhar em uma escalada atômica, pois o vencedor cairia sobre o vencido, tamanho o atual poder de destruição concentrado nos Estados Unidos, Rússia, China, Oriente Médio, Coreia do Norte, Índia, União Europeia etc. Não haverá o fim do planeta material, mas sim o fim do planeta moral que permanecer recalcitrante. Os espíritos mentores do planeta Terra têm se reunido para evitar uma nova guerra mundial, todos os recursos tem sido estabelecidos sob as bênçãos de Jesus Cristo. Os agravamentos ocorrem por imposição do ser humano. Tem sido usadas todas as alternativas pela Espiritualidade para sensibilizar o agressor em sua sanha nefasta de belicosa destruição. Não havia previsão dessa guerra no processo de transição atual, porquanto a pandemia da Covid seria o grande sinal de alarme pelo respeito à vida. No entanto, o monstro da guerra despertou das regiões infernais e veio atemorizar-nos, podendo se constituir de instrumento para impulsionar a transição para o mundo de Regeneração, processo este que se iniciou lentamente há menos de 2 séculos com a chegada do Espiritismo e avança por meio de tragédias, cataclismos, pandemias e agora guerras.

Em Marcos 13:1-23, Jesus nos alerta que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada, e quando ouvirdes rumores de guerras e a existência de guerras não vos perturbeis porque assim vai acontecer, mas não será o fim. Se levantará nação contra nação e reino contra reino, haverá terremotos em diversos lugares, fomes e tribulações. Estas coisas são o princípio das dores.

Concluindo sem esquecermos a importância espiritual das palavras do papa Francisco: “Sofro em ver a morte de jovens homens, sejam eles russos ou ucranianos”, Divaldo nos assevera com embasamento na Doutrina Espírita que é importante buscar a tranquilidade que o Evangelho de Jesus nos pode dar, de forma que possamos refletir Jesus nos outros e mimetizá-los. O amor é a alma de Deus, e neste momento de transição, de tanta dor e amargura devemos tornar-nos melhores, desenvolvermos a compaixão, piedade, caridade e quedar-nos às Bem-Aventuranças. Os maus partirão para o exílio, os bons já estão reencarnando. Na esfera de atuação espiritual existem educandários para a formação intelecto-moral, hospitais e sanatórios modelares, laboratórios de planejamento e projetos relevantes, universidades avançadas, bibliotecas vivas com imagens virtuais em computação especial, comunicações telepáticas superiores, que inspirarão futuras construções terrestres. A vida é um hino de magnitude imensurável.

 

Bibliografia:

FRANCO, Divaldo Pereira. Transição Planetária, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda (Salvador-Bahia), Livraria Espírita Alvorada Editora, 2ª Edição, 2010.

FRANCO, Divaldo, entrevista à Federação Espírita do Paraná, @CanalFEP YouTube – clique aqui: LINK-1

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Matheus Rodrigues de Camargo, Editora EME, Capivari - São Paulo, 22ª reimpressão, fevereiro/2018.

KARDEC, Allan. A Gênese. Capítulo XVIII, A Geração Nova. Editora FEB, RJ.

FOLHA DE SÃO PAULO, 13/3/2023 – clique aqui: LINK-2

VATICAN NEWS, podcast, 13/3/2023 – clique aqui: LINK-3.

 

*Artigo participante do Concurso A Doutrina Explica 2023, promovido pelo Jornal Brasília Espírita, em parceria com a revista O Consolador e a Web Rádio Estação da Luz.

    

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita