Morrer! Para onde iremos?
“Em
que se torna a alma no instante da morte? -
Volta a ser Espírito, quer dizer, retorna ao mundo dos
Espíritos, que deixou momentaneamente.” (Questão
149 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)
Deixar o corpo físico, pelo fenômeno da morte e seguir a
vida em outra dimensão, disso, pela lógica e evidência
da razão, ninguém tem mais dúvida, uma vez que a
imortalidade do Espírito é uma realidade inconteste.
Para onde iremos? Retornaremos ao país de origem, à
Pátria Espiritual, da qual a Terra é uma cópia piorada,
e daremos sequência aos nossos sonhos de paz e anseios
de felicidade, laborando para chegarmos à perfeição a
que todos estamos destinados, pelas sábias e justas leis
de Deus.
Viver uma existência neste mundo, dentre tantas que
tivemos e outras que ainda vamos ter, no contexto das
inúmeras reencarnações de que necessitamos,
caracteriza-se apenas como pequena etapa de ações e
experiências, ao longo da nossa vida total, onde estamos
a procura de aprendizado e enriquecimento espiritual que
possam nos atestar maturidade e sublimação dos nossos
sentimentos.
E, por aqui, durante a presente reencarnação, as coisas
não são nada fáceis, pois que, à semelhança de uma
escola, vamos avançando degrau a degrau na direção da
proposta traçada; ou seja, ser hoje melhor do que ontem
e amanhã superior ao que somos no momento.
Sabedores que somos, dessa insofismável realidade, nos
compete empreender o máximo esforço e dedicação em cada
instante que passamos na Terra, pois que o futuro nos
receberá com o patrimônio das conquistas que fizemos,
sejam elas boas ou más, de acordo com a livre arbítrio
de cada um, pois que cada ação desencadeada sempre gera
uma reação correspondente.
Na Pátria Espiritual, situados na condição evolutiva a
que pertencemos, teremos como nossos aliados os méritos
conquistados ao longo da vida. Lá cada um de nós será
exatamente o que é, o que fizemos de nós, nada mais,
nada menos. Teremos sim, a ajuda e o socorro das leis
divinas, em condições iguais a de todas as criaturas,
sem quaisquer privilégios pessoais. Por isso é
indispensável ter plena consciência do que fazemos ou
deixamos de fazer.
Esqueçamos as informações que nos chegaram até agora, de
que após a morte do corpo, na vida espiritual, em
regiões delimitadas, os bons se instalam no paraíso, os
medianos em áreas purgatoriais e os maus em ambientes
terríveis a serem torturados por labaredas eternas. Não,
isso não, cada criatura viverá com as definições da sua
própria consciência, recolhendo na intimidade, o reflexo
exato de tudo aquilo que empreendeu ao longo das
oportunidades e experiências que teve aqui na Terra.
Não há regiões circunscritas no Universo, para tormentos
ou recompensas saudáveis, mas há estados consciências de
cada um, que nos fazem felizes ou infelizes, refletindo
o caminho que seguimos até aqui.
A recomendação insistente que decorre das lições de
Jesus Cristo é de que evitemos todo o mal e nos
dediquemos, ao máximo, na execução de todo o bem
possível, isso no limite das nossas forças, pois que
seremos responsáveis até pelo mal que nascer do bem que
podíamos ter feito fazer e não fizemos. A advertência é
grave e para consolidarmos uma posição de serenidade,
para os dias do futuro, não nos resta outra direção a
não ser seguir, com determinação e perseverança, a rota
apresentada.
Portanto, para viver com segurança elejamos o bem,
sempre o bem. Procuremos saber se nossas ações, atitudes
e comportamentos estão, de alguma forma, proporcionando
algum bem estar ao nosso próximo, se o que estamos
fazendo, mesmo que seja um pouco, esteja contribuindo
para o sorriso daqueles que nos acompanham. Isso é
sumamente importante, isso é decisivo para a obtenção da
paz que desejamos.
Como não vamos morrer nunca, pois o que morre é somente
o corpo, vivamos com a absoluta convicção da nossa
imortalidade e não como se a vida fosse acabar amanhã.
Busquemos a felicidade que almejamos, mas em momento
algum desencadeemos qualquer ato que possa atrapalhar a
felicidade do nosso próximo.
O bem, sempre o bem, esse
é o caminho...