Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Família


O rebelde sem causa


Renato chegou da escola. Estava cansado. A aula tinha sido “tão chata”! Quis ver um desenho na TV, mas o pai assistia ao jornal. De mau humor, procurou alguns biscoitos: não havia mais nenhum. “Aposto que a Aninha comeu todos, como sempre!” - pensou o garoto. Foi para o quarto. A mãe lhe sugeriu que arrumasse aquela bagunça toda e...

- Chega! Pensou o garoto. Estava revoltado. Não aguentava mais aquilo tudo: fazer os temas, arrumar o quarto, ajudar o pai, cuidar da irmã, fazer compras para a mãe, dar água para o cão... Era demais! Ele queria descansar, que lhe deixassem
em paz! Afinal, ele não pediu pra nascer.

- É isso mesmo! - refletiu. Não pedi para nascer, me colocaram no mundo sem pedir minha opinião! Então, não tenho obrigação de fazer o que eles me pedem!

E foi decidido comunicar as ideias ao pai.

Nem chegou a abrir a boca porque viu, no noticiário da TV, algumas crianças... Eram mais novas que ele e usavam martelos, quebravam pedras, sentadas na terra. Trabalhavam para ajudar os pais pobres. Quase não acreditou: em uma semana de trabalho, elas ganhavam o mesmo que ele gastava no lanche do dia! E, depois do trabalho, as crianças ainda caminhavam muito até chegarem à escola para aprenderem a ler, escrever e, talvez, quando crescerem, conseguir um emprego melhor.

Então, resolveu ir até a casa de Clara, sua melhor amiga. Renato lhe contou tudo: as ideias bobas que tivera, o que vira na TV.

- Ideias bobas mesmo! - concordou Clara.

E a menina explicou ao amigo que nós pedimos sim, e muito, para nascer; que nós mesmos ajudamos a escolher a família em que reencarnamos. Quando estávamos no mundo espiritual, pedimos para ter o pai, a mãe, os irmãos, a família que temos! E que nós já os conhecemos certamente em outras existências que tivemos (com outros nomes, outros corpos...). Por isso os queremos conosco: para eles nos ajudarem a crescer; mas também para nós os ajudarmos! “Nossa família é o melhor lugar para aprendermos as coisas importantes da vida!”

Renato escutava atento o que Clara dizia. Ficaram os dois a conversar, durante muito tempo, sobre aquelas crianças que sofriam tanto e tão cedo.

Concluíram que devemos ser gratos à nossa família. E passaram a discutir planos sobre o que poderiam fazer para auxiliar as crianças mais necessitadas.

 

De Letícia Muller, do site Passatempo espírita.

 


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