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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 145 – 14 de Fevereiro de 2010  

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

Memórias do Padre Germano

Amália Domingo Sóler

 (Parte 7)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico Memórias do Padre Germano, que será aqui estudado em 20 partes. A fonte do estudo é a 21ª edição do livro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. O que levou Gustavo ao suicídio?

Foi o desespero aliado à descrença em Deus. Com a cabeça envolta em sangrentas tiras, Gustavo morria aos poucos, visto que a febre que o devorava impedia lhe fosse dado qualquer alimento. De vez em quando, o rapaz tinha momentos lúcidos, quando então abria os olhos e fitava Lina com santa adoração; depois, voltava-se para Germano e dizia com amargura: “Pobre, pobre Lina!... Padre! Padre! Será verdade que não existe Deus?” Assim se passaram três meses, até que, em certa manhã, ocorreu o suicídio. (Memórias do Padre Germano, pp. 130 e 131.)

B. Que ocorreu com Gustavo e Lina depois de sua desencarnação?

Diz Padre Germano que, toda vez que contemplava a sepultura de Lina e Gustavo, sentia um mal-estar inexplicável e os via a ambos, ele frenético, delirante, revoltado contra a sorte e negando Deus em sua loucura; ela, possuída do mesmo delírio, rindo sarcasticamente da morte da sua felicidade. Tanto ele quanto ela, diz Germano, se entregaram ao desespero e, por isso, suas almas atribuladas deveriam procurar-se mutuamente, sem se verem por algum tempo. “Todas as dores -- explica o Padre -- têm sua razão de ser, todas as agonias são justificadas, e quem violentamente quebra os elos da vida terrena desperta nas trevas.” (Obra citada, pp. 132 e 133.)

C. Como Germano tratou Júlio, que fora anteriormente o responsável pelo seu desterro?

Padre Germano se arriscou para salvar Júlio da prisão. Alto dignitário da Igreja, mas caído em desgraça e procurado por toda parte pelas forças do Rei, Júlio buscou proteção junto a Germano. Depois de esconder Júlio em um lugar de difícil acesso, Padre Germano foi levado preso, permanecendo dois meses prisioneiro, como réu de Estado, mas sempre muito considerado e respeitado pelo Rei, alma enferma, espírito perturbado, a quem procurou ajudar com seus conselhos, enquanto esteve na Corte. (Obra citada, pp. 135 a 141.)  

Texto para leitura 

52. Três anos se passaram e Lina, que também  perdera os pais, passou a viver com os pais de Gustavo. Um dia, ela procurou Padre Germano e lhe disse: “Padre! Gustavo me chama e eu o escuto”; e assim dizendo, rogou-lhe fosse com ela para buscá-lo no front da batalha. (PP. 128 e 129)

53. Eles foram e, depois de mil peripécias, conseguiram localizar, num hospital improvisado, o pobre rapaz, completamente desfigurado pelos ferimentos sofridos e pelas vicissitudes advindas dos longos anos de batalha. (PP. 129 e 130)

54. Ao retornarem à aldeia, Miguel lhes disse que o pai de Gustavo falecera, impressionado por uma falsa notícia da morte do filho, não se sabendo, depois disso, o paradeiro da genitora do rapaz. (P. 130)

55. Com a cabeça envolta em sangrentas tiras, nas quais, por ordem médica, ninguém podia tocar, Gustavo morria aos poucos, visto que a febre que o devorava impedia lhe fosse dado qualquer alimento. De vez em quando, o rapaz tinha momentos lúcidos, quando então abria os olhos e fitava Lina com santa adoração; depois, voltava-se para Germano e dizia com amargura: “Pobre, pobre Lina!... Padre! Padre! Será verdade que não existe Deus?” (PP. 130 e 131)

56. Assim se passaram três meses, até que em certa manhã, enquanto Lina colhia no jardim algumas ervas para fazer um chá, Gustavo levantou-se da cama e, no delírio da febre, cravou pequena faca no coração, sem proferir um ai! Lina, sem nada dizer, cerrou-lhe os olhos piedosamente e, quando tentava arrancar a faca, violentamente sacudida, emitiu uma gargalhada estridente... Depois levantou-se, abraçou o Padre e durante quarenta e oito horas não fez outra coisa senão rir, presa de violentas convulsões, até que expirou, reclinando a cabeça no ombro do pároco, como fazia quando criança. (P. 131)

57. Padre Germano conta que, toda vez que contempla a sepultura de Lina e Gustavo, sente um mal-estar inexplicável e os vê a ambos, ele frenético, delirante, revoltado contra a sorte e negando Deus em sua loucura; ela, possuída do mesmo delírio, rindo sarcasticamente da morte da sua felicidade. Tanto ele quanto ela, diz Germano, se entregaram ao desespero e, por isso, suas almas atribuladas devem procurar-se mutuamente, sem se verem por algum tempo. “Todas as dores -- assevera o Padre -- têm sua razão de ser, todas as agonias são justificadas, e quem violentamente quebra os elos da vida terrena desperta nas trevas.” (PP. 132 e 133)

58. No cap. 13, “O Bem é a Semente de Deus”, vemos como o Padre Germano se arriscou para salvar da prisão Júlio, alto dignitário da Igreja, caído em desgraça, procurado por toda parte pelas forças do Rei. Júlio fizera a Germano todo o mal possível. Foi ele quem o desterrou para a aldeia e, temeroso de sua sombra, o intrigou para que Germano fosse preso como conspirador e feiticeiro. (PP. 135 a 137)

59. Após esconder Júlio em um lugar de difícil acesso, sugestivamente denominado Caverna do diabo, Padre Germano foi levado preso, permanecendo dois meses prisioneiro, como réu de Estado, mas sempre muito considerado e respeitado pelo Rei, alma enferma, espírito perturbado, a quem procurou ajudar com seus conselhos, enquanto esteve na Corte. (PP. 139 a 141) (Continua na próxima edição.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita