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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 145 - 14 de Fevereiro de 2010

JANE MARTINS VILELA
limb@sercomtel.com.br
Cambé, Paraná (Brasil)


Observando os animais
 

Um dia desses, no mês de maio, saindo de uma casa humilde onde vive uma pessoa que assistimos, vimos uma cena que gostaríamos de ter fotografado se tivéssemos ali uma máquina. Uma cena cativante: um cachorro, desses vira-latas, mas bem simpático e peludo, cor marrom, e quatro gatos em que se via a ascendência siamesa, cinzentos, olhos azuis, iguais aos siameses, mas com o peito branco peludo em forma triangular e mais gordinhos que o siamês propriamente dito. 

A cena era a seguinte: o cachorro estava deitado, abraçado a um gato, como quando abraçamos alguém amado. Os dois estavam acordados, quietinhos, e os outros três gatos acomodados um ao lado do outro, fazendo de travesseiro o corpo do cachorro e olhando sobre ele.  

A cena nos encantou e a todos os que ali estavam. A dona da casa disse que era sempre assim a amizade entre os cinco animais. O nosso pensamento então voou longe, imaginando o princípio de inteligência, o Espírito criado por Deus. 

Vemos o ser humano hoje agindo muitas vezes movido pela ignorância, com tanta violência, demonstrando imaturidade, muitas vezes até barbárie, sem a compreensão do amor, e aí encontramos esses animaizinhos, que muitos dizem serem inimigos naturais, convivendo em harmonia, pacificamente, com laços claros de amizade. 

O homem deveria observar melhor a natureza e mesmo aprender com os animais. Se estes sabem viver em paz, o ser humano, dois mil anos após Jesus, deveria fazer mais esforços para a conquista do amor e da paz. 

Um mandamento eu vos deixo: Que vos ameis uns aos outros, disse Jesus. Animaizinhos criados juntos num mesmo lar estão tendo afeto e Espíritos que vieram para uma mesma família e que, por suas atitudes, denotam inimizade advinda de vidas anteriores, necessitam despertar, visto que às vezes conseguem abraçar um gato ou um cachorro e não abraçam o irmão, ou o pai, ou a mãe, havendo casos em que até crimes cometem no seio de sua família. É a imaturidade. 

Um dia, graças às múltiplas encarnações e às experiências adquiridas, eles haverão de amar, e amar tão profundamente a ponto de se sacrificarem, se necessário, em nome do amor. Até que isso aconteça, paciência é o que devemos ter, muita paciência e exemplos a dar. Que aprendamos com Jesus e observemos a natureza, os animais. Eles também evoluem. Quando o homem perceber bem isso, acabará naturalmente se tornando vegetariano! 

Por enquanto, como dizem os Espíritos, a carne nutre a carne, mas o que realmente importa mais é nos alimentarmos dos ensinos de Jesus e bebermos da água que Ele nos oferece, vivendo o amor a cada dia e amando cada vez mais.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita