JOÃO FERNANDES
DA SILVA JÚNIOR
joaofdasilvajunior@gmail.com
Biguaçu, Santa
Catarina
(Brasil)
Uma análise
espírita sobre
o
Espaço-Tempo
(Parte II)
A Teoria das supercordas é um
modelo físico
cujos blocos
fundamentais são
objetos extensos
unidimensionais,
semelhantes a
uma corda,
contrariamente
aos pontos de
dimensão zero
(partículas) que
formavam a base
da Física
tradicional. E
por essa razão,
as teorias
baseadas na
teoria das supercordas
podem evitar os
problemas
associados à
presença de
partículas
pontuais
(entenda-se,
partículas de
dimensão zero)
em uma teoria
física, como uma
densidade
infinita de
energia
associada à
utilização de
pontos
matemáticos.
O estudo da
teoria de
supercordas tem
revelado a
necessidade de
outros objetos
não propriamente
cordas,
incluindo
pontos,
membranas, e
outros objetos
de dimensões
mais altas.
O interesse na
teoria das
supercordas é
dirigido pela
grande esperança
de que ela possa
vir a ser uma
teoria de tudo.
Ela é uma
possível solução
do problema da
gravitação
quântica e,
adicionalmente à
gravitação, ela
poderá
naturalmente
descrever as
interações
similares ao
eletromagnetismo
e outras forças
da Natureza.
A teoria das
supercordas
inclui os
férmions, os
blocos de
construção da
matéria. Não se
sabe ainda se a
teoria das
supercordas é
capaz de
descrever o
Universo como
uma precisa
coleção de
forças e matéria
que nós
observamos, nem
quanta liberdade
para escolha
destes detalhes
a teoria irá nos
permitir.
Muitos trabalhos
na teoria das
supercordas têm
levado a avanços
na matemática,
principalmente
em geometria
algébrica. A
teoria das
supercordas tem
também levado a
novas
descobertas na
teoria da
supersimetria,
que poderá ser
testada
experimentalmente
pelo Grande
Colisor de
Hádrons.
Os novos
princípios
matemáticos
utilizados nesta
teoria permitem
que físicos
afirmem que o
nosso Universo
possui 11
dimensões, 10
espaciais e 1
temporal e isso
explicaria as
características
das forças
fundamentais da
Natureza (de
acordo com a
opinião da
maioria dos
físicos).
O estudo das
chamadas teorias
das supercordas
foi iniciado na
década de 60 e
teve a
participação de
vários físicos
para sua
elaboração.
Essas teorias se
propunham a
unificar toda a
Física e unir a
Teoria da
relatividade e a
Teoria Quântica
numa única
estrutura
matemática,
capaz de
explicar os
fenômenos micro
e macrocósmicos.
Embora não
esteja
totalmente
consolidada, a
teoria mostra
sinais
promissores de
ser, pelo menos,
plausível.
Depois de
dividirem o
átomo em
prótons,
nêutrons e
elétrons,
os cientistas
ainda puderam
dividir os
prótons e
nêutrons em
quarks –
e Murray
Gell-Mann
ganhou o Nobel
de Física em
1969 com isso -
(dos quais
existem seis
categorias
diferentes, das
quais apenas
três existem
atualmente, e
que, combinadas,
formam todos os
tipos de
partículas do
Universo até
hoje previstos).
Tal divisão pode
repetir-se ad
infinitum,
pois, ao chegar
à última
partícula
(aquela que,
supostamente,
seria a
partícula
indivisível),
como saber que
ela não seria,
também,
divisível? O
próprio átomo
e, depois,
prótons e
nêutrons
eram
indivisíveis até
serem divididos
em partículas
menores. O
elétron,
assim como
outros
léptons,
contudo, até o
nível de energia
das experiências
atuais, parece
serem sem
estrutura nos
moldes do modelo
padrão.
O que alguns
físicos viram
como uma
possível solução
para este
problema foi a
criação de uma
teoria, ainda
não conclusiva,
que diz que as
partículas
primordiais são
formadas por
energia (não
necessariamente
um tipo
específico de
energia, como a
elétrica ou
nuclear que,
vibrando em
diferentes tons,
formaria
diferentes
partículas).
De acordo com a
teoria, todas
aquelas
partículas que
considerávamos
como
elementares,
como os
quarks e os
elétrons,
são na realidade
filamentos
unidimensionais
vibrantes, a que
os físicos deram
o nome de
supercordas.
Ao vibrarem as
cordas originam
as partículas
subatômicas
juntamente com
as suas
propriedades.
Para cada
partícula
subatômica do
Universo existe
um padrão de
vibração
particular das
cordas.
A analogia da
teoria consiste
em comparar esta
energia vibrante
com as cordas de
um violão, por
exemplo, as
quais ao serem
pressionadas em
determinado
ponto e feitas
vibrar, produzem
diferentes sons,
dependendo da
posição onde são
pressionadas
pelo dedo. O
mesmo acontece
com qualquer
tipo de corda.
De igual
maneira, as
diferentes
vibrações
energéticas
poderiam
produzir
diferentes
partículas (para
maiores
esclarecimentos
sobre a questão
recomendamos a
leitura de nosso
livro "Espaço,
Tempo e Espírito
– Espiritismo e
Física Quântica").
Depois de
formular a
Teoria Geral da
Relatividade,
Einstein
dedicou
praticamente
suas últimas
três décadas de
vida à tentativa
de unificar,
numa só teoria,
a força
eletromagnética
e a força
gravitacional.
Uma proposta a
que Einstein
se dedicou foi a
idealizada,
independentemente,
pelo físico
alemão
Theodor Kaluza
e o sueco
Oskar Klein.
Nela, além das
três dimensões
usuais de
altura, largura
e comprimento, o
espaço teria uma
dimensão a mais.
Mas,
diferentemente
das três
dimensões em que
vivemos, cujos
tamanhos são
infinitos, a
dimensão extra
da teoria de
Kaluza e
Klein teria
a forma de um
círculo com raio
muito pequeno.
Partículas se
movendo no
sentido horário
do círculo
teriam carga
elétrica
negativa (como o
elétron),
enquanto aquelas
se movimentando
no sentido
anti-horário
seriam positivas
(como o
pósitron).
Partículas
paradas em
relação a essa
quarta dimensão
espacial teriam
carga elétrica
zero (como o
neutrino).
Embora a teoria
de Kaluza
e Klein
unificasse a
força
gravitacional
com a força
eletromagnética,
ela ainda era
inconsistente
com a mecânica
quântica. Essa
inconsistência
só seria
resolvida 50
anos mais tarde,
com o surgimento
de uma nova
teoria na qual o
conceito de
partícula como
um ponto sem
dimensão seria
substituído pelo
de objetos
unidimensionais.
A teoria das
supercordas foi
originalmente
criada pelos
físicos
Yoishiro Nambo,
Leonard
Sussekind e
Holger
Nielsen para
explicar as
peculiaridades
do comportamento
do hádron.
Em experimentos
em aceleradores
de partículas,
os físicos
observaram que o
momento angular
de um hádron
é exatamente
proporcional ao
quadrado de sua
energia. Nenhum
modelo simples
dos hádrons
foi capaz de
explicar este
tipo de relação.
Um dos modelos
rejeitados tenta
explicar os
hádrons como
conjuntos de
partículas
menores mantidas
juntas por
forças similares
à força
elástica.
A fim de
considerar estas
trajetórias, os
físicos
voltaram-se para
um modelo onde
cada hádron era
de fato uma
corda rotatória,
movendo-se de
acordo com a
Teoria da
Relatividade
Especial de
Einstein.
Isto levou ao
desenvolvimento
da teoria
bosônica das
cordas, que
ainda é a
primeira versão
a ser ensinada
para os
estudantes de
Física.
A necessidade
original de uma
teoria viável
para os
hádrons foi
completamente
preenchida pela
cromodinâmica
quântica, a
teoria dos
quarks e
suas interações.
Tem-se a
esperança agora
que a teoria das
supercordas ou
algumas de suas
descendentes
venham
proporcionar uma
compreensão mais
clara acerca dos
quarks em
si.
A teoria
bosônica das
cordas é
formulada em
termos da ação
Nambu-Goto,
uma quantidade
matemática que
pode ser usada
para predizer
como as cordas
se movem através
do espaço e do
tempo.
Pela aplicação
das ideias da
mecânica
quântica às
ações
Nambu-Goto
– um
procedimento
conhecido como
quantização –
pode-se deduzir
que cada corda
pode vibrar em
muitos
diferentes
modos, e que
cada estado
vibracional
representa uma
partícula
diferente.
A massa da
partícula e a
maneira que ela
pode interagir
são determinadas
pela forma de
vibração da
corda, em
essência, pela
"nota" que a
corda produz. A
escala de notas,
cada uma
correspondente a
um diferente
tipo de
partícula, é
denominada o
"espectro" da
teoria.
Em um artigo
publicado na
revista
científica
Astrophysical
Journal,
astrônomos
disseram ter
encontrado um
novo tipo de
coisa
que eles não
conseguiram
entender.
Os cientistas do
projeto
Supernova
Cosmological
Project,
da Universidade
de Berkeley
nos EUA, usaram
o Telescópio
Espacial
Hubble para
monitorar
agrupamentos de
galáxias
procurando por
supernovas.
Em fevereiro de
2006, quando
olhavam em
direção à
Constelação do
Norte, o
Hubble
detectou um
objeto que
começou a
brilhar. Ele
continuou a
brilhar por 100
dias e chegou a
21ª magnitude em
duas cores
próximas do
infravermelho.
Em seguida ele
foi se apagando
em uma escala de
tempo similar,
até que nada
restou para ver.
O objeto brilhou
e apagou em um
fator de ao
menos 120 vezes,
talvez mais.
O objeto
misterioso não
se comportou
como nenhum tipo
de supernova
conhecida. Não é
também uma
galáxia
detectável. Eles
gravaram três
espectros do
objeto e,
segundo
escreveram, os
espectros, além
se serem
inconsistentes
com todos os
tipos conhecidos
de supernovas,
não mostraram
compatibilidade
com qualquer
outro espectro
de uma grande e
importante base
de dados com uma
vasta quantidade
de objetos,
chamada
Sloan Digital
Sky Survey
database.
A sua falta de
movimento com
relação a nós,
chamado de
movimento
paralaxe, indica
que aquele
objeto não pode
estar a menos de
130 anos-luz de
distância.
Entretanto, a
falta de
absorção de
hidrogênio
cósmico no seu
espectro
significa que
aquele objeto
também não pode
estar mais
distante do que
11 bilhões de
anos-luz
de nosso sistema
solar.
Atualmente o
entendimento dos
físicos acerca
da composição do
espaço e do
tempo está
indicando que o
espaço e o tempo
apresentam um
tipo de
estrutura em
escala
microcósmica,
isto é, existe
uma espécie de
mosaico de
"átomos de
espaço-tempo" e
tais átomos
seriam então as
menores unidades
indivisíveis de
distância,
segundo a Teoria
do Loop
Gravitacional
Quântico.
Devemos atentar
que a palavra
Universo deve
ser compreendida
como
representando um
conjunto de
inúmeras
dimensões ou
universos
paralelos,
porque as
recentes
observações
astronômicas
estão indicando
que o Universo é
parte de uma
estrutura muito
maior, chamada
por enquanto de
multiverso.
Albert Einstein
havia
apresentado a
ideia de que o
Universo pode
ser finito, e,
no entanto,
ilimitado pela
quantidade de
dimensões
interligadas ou
universos
paralelos.
Embora exista um
número infinito
de dimensões e
de universos
paralelos
diferentes do
nosso, nos quais
atuam outras
leis da Física,
é evidente que
cada um desses
universos
paralelos
apresenta
condições para o
surgimento da
vida, que é a
finalidade maior
para a
existência de
tais universos e
dimensões.
A Teoria Geral
da Relatividade
não captura a
finíssima
estrutura
quântica do
espaço-tempo,
que limita a
densidade em que
a matéria pode
ser concentrada
e a máxima força
de gravidade, em
razão disso, os
físicos estão
trabalhando na
elaboração da
Teoria Quântica
da Gravidade,
porque uma das
previsões da
Teoria Geral da
Relatividade é a
de que no
início, antes do
Big Bang,
o Universo
apresentou
densidade e
temperatura
infinitas, mas
os valores
infinitos
indicam que a
própria
relatividade
geral sofre um
colapso e, do
fato de a Teoria
Geral da
Relatividade
prever a
existência de
densidade
infinita, indica
que essa teoria
é incompleta. Já
a Teoria do
Loop
Gravitacional
Quântico expõe
que o espaço é
subdividido em
"átomos de
espaço-tempo",
os quais
apresentam
capacidade
finita para
armazenar
matéria e
energia.