Seguidores da
Teologia Paulina
e Luterana
pregam a
salvação pela
graça. Mas Jesus
ensina que a
cada um será
dado de acordo
com suas obras.
(São Mateus 16,
27.) Em certo
sentido, está
certa a teologia
da graça, pois a
nossa própria
existência é uma
graça de Deus.
Mas ela é dada a
todos nós, pois
Deus não faz
acepção de
pessoas. (Atos
10, 34.) O
próprio Paulo
até ensinou que,
onde abundou o
pecado,
superabundou a
graça. (Romanos
5, 20.) Ninguém,
pois, perde a
salvação por
falta da graça.
Mas cabe a nós
fazermos também
a nossa parte.
A lei de causa e
efeito é
científica: “A
cada ação
corresponde uma
reação de igual
potência e
reversibilidade”.
E, moralmente,
ela não é só
bíblica, mas
universal.
“Colhemos o que
plantamos.”
Chamam-na também
de carma. E ela
nunca termina,
pois cada ação
dá origem a
outra,
automaticamente.
E é por ela que
acontece a nossa
evolução
espiritual
sempiterna. São
Paulo diz: “Se a
nossa esperança
em Cristo se
limita apenas a
esta vida, nós
somos os homens
mais infelizes”.
(1Coríntios 15,
19.) De fato, em
espíritos, nós
somos imortais,
colhendo no
futuro os frutos
da boa semeadura
que tivermos
feito.
Fala-se muito na
misericórdia
infinita de Deus
para conosco, o
que tem muito a
ver também com a
imortalidade do
Espírito e o
carma.
Realmente, se a
misericórdia de
Deus é infinita,
ela jamais
termina,
beneficiando,
pois, o Espírito
que, por ser
também imortal,
jamais termina,
esteja ele
encarnado ou
desencarnado.
Aliás, se a
misericórdia
divina é
infinita para
nós, isso
significa também
que ela será
sempre
necessária, pois
poderemos
continuar
errando em
outras vidas,
aqui na Terra ou
em outros
mundos. “A casa
do Pai tem
várias moradas”.
Deus atua
através dos seus
espíritos
(Hebreus 2, 2; e
1, 14). Os
Espíritos do
bem, que agem em
nome de Deus são
chamados na
Bíblia de anjos.
Mas os maus ou
atrasados (ainda
impuros) são
também de Deus,
e podem atuar,
igualmente, em
nome de Deus, no
bem. “Um
Espírito maligno
da parte de Deus
atormentava
Saul”. (1 Samuel
16, 23.)
“O Livro dos
Espíritos”, de
Kardec, na
questão 459, nos
ensina também
que os Espíritos
não só nos
influenciam os
pensamentos, mas
até controlam a
nossa vida. E
São Paulo
adverte-nos de
que a nossa luta
não é contra o
sangue e a
carne, mas
contra as
potestades do
mal. Aliás, até
Jesus foi
tentado por um
Espírito. Mas
“Deus sabe tirar
do mal o bem”.
Exemplificando:
Se alguém ou um
Espírito de
alguém me fizer
um mal, esse mal
pode ser a
colheita minha
de um mal
semelhante ao da
semeadura que
fiz. A pessoa ou
Espírito, que
está me
ofendendo, pode
estar, pois,
queimando meu
carma, fazendo,
portanto, um bem
a mim. E, em
parte, é por
isso, também,
que Jesus
ensinou que
devemos perdoar
sempre, não só
sete vezes, mas
setenta vezes
sete, e que
devemos amar até
os nossos
inimigos.
Deus é
onisciente,
sabendo, pois, o
passado, o
presente e o
futuro, e nos
criou com amor.
Se o nosso
livre-arbítrio
pudesse, pois,
ser causa de uma
condenação
irremediável
para nós, Deus
jamais no-lo
teria dado.
E a expressão de
que a
misericórdia de
Deus é infinita
só pode ser
mesmo verdadeira
se ela for
sempiterna, não
podendo, pois,
jamais, terminar
com a morte do
corpo, além de
que, também, nós
fomos criados
por Deus para
sermos, um dia,
realmente
felizes para
sempre!