WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Sair ao encontro
do necessitado
“O homem de bem,
que compreende a
caridade segundo
Jesus, vai ao
encontro do
desgraçado sem
esperar que ele
lhe estenda as
mãos.” (Questão
888-a, de “O
Livro dos
Espíritos”, de
Allan Kardec.)
Na vida sempre
estaremos numa
posição
intermediária,
isto é, sendo
guiados pelos
superiores, que
nos apontam
caminhos de
segurança e
tendo a
obrigação de
ajudar os
inferiores, que
necessitam da
nossa
cooperação.
Observando os
exemplos dos que
seguem à
dianteira e
servindo de
exemplo aos que
caminham à
retaguarda,
vamos
construindo a
nossa evolução,
na direção da
paz e da
felicidade que
tanto ansiamos e
que ainda não
logramos
encontrar.
As mãos
estendidas
daqueles que
seguem pela vida
em condições de
dor e sofrimento
caracterizam-se
como campo vasto
de trabalho a
ser enfrentado,
pois que, onde
existem
angústias e
aflições, surge
a imperiosa
necessidade do
socorro urgente.
Inúmeras
criaturas
existem vivendo
dramas e
tragédias
íntimas, no
silêncio, sem
coragem para
expor seus
quadros
tormentosos. A
estes é que
devemos procurar
para
apresentar-lhes,
de muito boa
vontade, a nossa
sensibilidade e
compreensão, em
forma de
socorro, que
possa
aliviar-lhes os
padecimentos,
mesmo que seja
um pouco.
Muitas famílias
vivem sem o
mínimo
necessário para
uma vida digna;
o celeiro vazio,
o fogão apagado,
a doença
presente, o
agasalho
escasso. O
verdadeiro homem
de bem, que
compreende
Jesus, não
espera pelo
grito de
socorro,
antecipa
providências em
favor delas.
Uma gama enorme
de crianças e
adolescentes
segue pelas
estradas da
indiferença e do
descaso,
colhendo por
esses caminhos a
pior
exemplificação
moral possível.
Ampará-los com
urgência é
tarefa inadiável
daqueles que
entenderam o
valor da
fraternidade.
Idosos
solitários,
despojados do
afeto familiar,
muitas vezes
apresentam
quadros de
penúria a
enegrecer nosso
meio social.
Criar mecanismos
capazes de
diminuir-lhes os
padecimentos e
de fazer surgir
momentos de
esperanças é,
incontestavelmente,
obrigação de
quem já tem
plena
consciência do
“amai-vos uns
aos outros”, que
o Mestre
sabiamente nos
informou.
Jovens sem rumo
e sem
perspectivas de
vida trafegam
pelas vielas
sombrias das
viciações
tóxicas, vivendo
um presente
nefasto e
destruidor.
Despertá-los e
motivá-los para
uma vida digna e
promissora deve
ser a proposta
daqueles que
sabem que a mais
meritória das
virtudes é
aquela de
ajudar, de forma
totalmente
desinteressada,
quem passa pelos
dias sem
carregar uma
meta a alcançar.
Vivendo em um
mundo onde o
mal,
reconhecidamente,
ainda é maior
que o bem, não
podemos esperar
que os
necessitados de
toda ordem
gritem por
socorro.
Devemos, sempre
que possível,
antecipar as
nossas ações
solidárias e
fraternas,
procurando com
criatividade
utilizar todos
os talentos que
possuímos para
plantar a
felicidade nos
corações
alheios.
Para tanto,
podemos utilizar
a inteligência,
o tempo, o
discernimento, a
boa vontade, a
iniciativa, os
recursos
materiais,
financeiros e
muitos mais,
pois que o
verdadeiro homem
caridoso é
aquele que sabe
identificar onde
se encontra os
infortúnios
ocultos e
movimenta todas
as
possibilidades
possíveis,
visando
extirpá-los.
Jesus,
obviamente, não
espera que
solucionemos
todos os
problemas da
Terra, mas, por
certo, aguarda o
nosso interesse
pela construção
de um mundo
melhor, mais
fraterno,
solidário e
humano. Não
acredita, por
enquanto, em
nossa santidade,
mas deposita fé
nos esforços que
podemos
empreender para
a consolidação
da paz no
coração das
criaturas.
Dentro das
possibilidades
possíveis,
façamos a nossa
parte...