WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 196 - 13 de Fevereiro de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 35)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que se passa com os Espíritos que dormitam após a morte, como se fossem múmias espirituais?

Segundo Aulus, tais Espíritos sofrem, nesse repouso, angustiosos pesadelos, dos quais despertam quase sempre em plena alienação, que pode persistir por muito tempo, cultivando apaixonadamente as impressões em que julgam encontrar a própria felicidade. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 25, pp. 235 e 236.)

B. Em que consiste o fenômeno da psicometria?

Segundo a terminologia usada na Psicologia experimental, psicometria significa registro, apreciação da ativi­dade intelectual, entretanto, nos trabalhos mediúnicos, essa pa­lavra designa a faculdade de ler impressões e recordações ao contacto de ob­jetos comuns. Foi o que se deu com André Luiz que, em determinado museu, tocou um curioso relógio, que estava aureo­lado por luminosa faixa branquicenta. Feito isso, apareceu aos seus olhos mentais linda reu­nião familiar, em que venerando casal se entretinha a pales­trar com quatro jovens em pleno viço primaveril. André pôde examinar o recinto agradável e digno e os detalhes do mobiliário, que imprimia sobriedade e nobreza ao conjunto, enfeitado por jarrões de flores e telas valiosas. (Obra citada, cap. 26, pp. 241 e 242.)

C. Como explicar o fenômeno?

Conforme a explicação dada por Aulus, aquele relógio pertencera a respeitável família do século passado e conservava as formas-pensamentos do casal que o adquiriu e que, de quando em quando, visitava o museu para a alegria de recordar. Tratava-se, pois, de um objeto animado pelas remi­niscências de seus antigos possuidores, reminiscências que se reavivavam no tempo, através dos laços espirituais que ainda sustentavam em torno do círculo afetivo que deixaram. Hilário observou: "Isso quer dizer que vemos imagens aqui impressas por eles, por intermédio das vi­brações..." Aulus confirmou, acrescentando: "O relógio está envolvido pelas correntes mentais dos irmãos que ainda se apegam a ele, assim como o fio de cobre na condução da energia está sensibilizado pela corrente elétrica. Auscultando-o, na fase em que se encontra, relacionamo-nos, de imediato, com as recordações dos amigos que o estimam". (Obra citada, cap. 26, pp. 243 e 244.)

Texto para leitura

109. Espíritos que dormitam - Em seguida, Aulus examinou a questão da imobilização da alma: "Em nossa imagem, podemos defini-la com a pro­priedade possível. É que o tempo, para nós, é sempre aquilo que dele fizermos. Para melhor compreensão do assunto, lembremo-nos de que as horas são invariáveis no relógio, mas não são sempre as mesmas em nossa mente. Quando felizes, não tomamos conhecimento dos minutos. Sa­tisfazendo aos nossos ideais ou interesses mais íntimos, os dias voam céleres, ao passo que, em companhia do sofrimento e da apreensão, te­mos a ideia de que o tempo está inexoravelmente parado. E quando não nos esforçamos por superar a câmara lenta da angústia, a ideia afli­tiva ou obcecante nos corrói a vida mental, levando-nos à fixação. Chegados a essa fase, o tempo como que se cristaliza dentro de nós, porque passamos a gravitar, em Espírito, em torno do ponto nevrálgico de nosso desajuste". Aulus explicou então que qualquer grande pertur­bação interior, seja paixão ou desânimo, crueldade ou vingança, ciúme ou desespero, pode imobilizar-nos por tempo indefinível em suas malhas de sombra, quando nos rebelamos contra o imperativo da marcha inces­sante com o Sumo Bem. O relógio assinala o mesmo horário para todos, entretanto o tempo é leve para os que triunfam e pesado para os que perdem. "Quando nos não desvencilhamos dos pensamentos de flagelação e derrota, através do trabalho constante pela nossa renovação e pro­gresso – acentuou o instrutor –, transformamo-nos em fantasmas de aflição e desalento, mutilados em nossas melhores esperanças ou enca­furnados em nossas chagas íntimas. E quando a morte nos surpreende nessas con­dições, acentuando-se-nos então a experiência subjetiva, se a alma não se dispõe ao esforço heroico da suprema renúncia, com faci­lidade ema­ranha-se nos problemas da fixação, atravessando anos e anos, e por ve­zes séculos na repetição de reminiscências desagradáveis, das quais se nutre e vive. Não se interessando por outro assunto a não ser o da própria dor, da própria ociosidade ou do próprio ódio, a criatura de­sencarnada, ensimesmando-se, é semelhante ao animal no sono letár­gico da hibernação. Isola-se do mundo externo, vibrando tão-somente ao re­dor do desequilíbrio oculto em que se compraz. Nada mais ouve, nada mais vê e nada mais sente, além da esfera desvairada de si mesma." An­dré lembrou-se, nesse ponto, das consciências que dormitam, após a morte, quais múmias espirituais, e Aulus informou que tais Espíritos sofrem, nesse repouso, angustiosos pesadelos, dos quais despertam quase sempre em plena alienação, que pode persistir por muito tempo, cultivando apaixonadamente as impressões em que julgam encontrar a própria felicidade. (Cap. 25, págs. 235 e 236)

110. Perturbações da mente - Aludindo às entidades desorientadas, o instrutor disse que mui­tas delas por fim se entediam do mal e procuram a regeneração por si mesmas, ao passo que outras, graças à assistência que recebem, acordam para as novas responsabilidades que lhes competem no próprio reajuste. Há, contudo, Espíritos recalcitrantes e inconfor­mados que são docemente constrangidos ao retorno à batalha, para que se desvencilhem da pros­tração a que se recolheram. "A experiência no corpo de carne, em posi­ção difícil, é semelhante a um choque de longa duração, em que a alma é convidada a restabelecer-se", disse o Assis­tente. "Para isso, toma­mos o concurso de afeições do interessado que o asilam no templo fami­liar." Nesses casos, a reencarnação será compul­sória? A essa pergunta, Aulus respondeu: "Que fazemos na Terra quando surge um louco em nossa casa? não passamos a assumir a responsabili­dade pelo tratamento? Aguardaremos qualquer resolução do alienado men­tal, no que tange às medidas indispensáveis à restauração do seu equi­líbrio? É certo que nos cabe o dever de honrar a consciência livre, capaz de decidir por si mesma nos variados problemas da luta evolu­tiva, entretanto, à frente do irmão irresponsável e enfermo, a nossa colaboração significa amizade fiel, ainda que essa colaboração ex­presse doloroso processo de reequilíbrio em seu favor". André lembrou as entidades que padecem deplorável amnésia e só se lembram, quando se comunicam, dos assuntos em que se lhes encravam as preocupações. Quando encaminhadas à reencarnação, tais criaturas tornam à realidade, de súbito? "Nem sempre", respondeu Aulus. "Na maioria das vezes, o so­erguimento é vagaroso. Podemos comprovar isso no estudo das crianças retardadas, que exprimem dolorosos enigmas para o mundo... Somente o extremado amor dos pais e dos familiares consegue infundir calor e vi­talidade a esses entezinhos que, não raro, se demoram por muitos anos na matéria densa, como apêndices torturados da sociedade terrestre, curtindo sofrimentos que parecem injustificáveis e estranhos e que constituem para eles a medicação viável." O instrutor disse que pode­mos comprovar essa verdade nos chamados esquizofrênicos e nos paranoi­cos que perderam o senso das proporções, situando-se em falso conceito de si mesmos. "Quase todas as perturbações congeniais da mente, na criatura reencarnada, dizem respeito a fixações que lhe antecederam a volta ao mundo", asseverou o Assistente. (Cap. 25, págs. 236 a 239)

111. Psicometria - Aulus convidou André e Hilário para entrarem num mu­seu terrestre. "Numa instituição como esta – disse-lhes o instrutor –, é possível realizar interessantíssimos estudos. Decerto, já ouvi­ram referências à psicometria. Em boa expressão sinonímica, como o é usada na Psicologia experimental, significa registro, apreciação da ativi­dade intelectual, entretanto, nos trabalhos mediúnicos, esta pa­lavra designa a faculdade de ler impressões e recordações ao contacto de ob­jetos comuns." No interior do museu, André reparou que mui­tos Es­píritos iam e vinham, de mistura com as pessoas que anotavam utilida­des de outro tempo, com crescente admiração. Aulus comentou que muitos companheiros de mente fixa no pretérito frequentam tais casas pelo simples prazer de rememorar... Algumas preciosidades – observou André – estavam revestidas de fluidos opacos, que formavam uma massa acin­zentada ou pardacenta, na qual transpareciam pontos luminosos. O ins­trutor esclareceu: "Todos os objetos que você vê emoldurados por subs­tâncias fluídicas acham-se fortemente lembrados ou visitados por aque­les que os possuíram". Era o que se dava com curioso relógio próximo, aureo­lado por luminosa faixa branquicenta. Aulus pediu a André que o tocasse e, quase instantaneamente, apareceu aos seus olhos mentais linda reu­nião familiar, em que venerando casal se entretinha a pales­trar com quatro jovens em pleno viço primaveril. André pôde examinar o recinto agradável e digno e os detalhes do mobiliário, que imprimia sobriedade e nobreza ao conjunto, enfeitado por jarrões de flores e telas valiosas. (Cap. 26, págs. 241 e 242)

112. Vestígios do nosso pensamento - Notando a surpresa de André, o Assis­tente informou: "Percebo a imagem sem o toque direto. O relógio per­tenceu a respeitável família do século passado. Conserva as formas-pensamentos do casal que o adquiriu e que, de quando em quando, visita o museu para a alegria de recordar. É um objeto animado pelas remi­niscências de seus antigos possuidores, reminiscências que se reavivam no tempo, através dos laços espirituais que ainda sustentam em torno do círculo afetivo que deixaram". Hilário considerou: "Isso quer dizer que vemos imagens aqui impressas por eles, por intermédio das vi­brações..." Aulus confirmou, acrescentando: "O relógio está envolvido pelas correntes mentais dos irmãos que ainda se apegam a ele, assim como o fio de cobre na condução da energia está sensibilizado pela cor­rente elétrica. Auscultando-o, na fase em que se encontra, relacio­namo-nos, de imediato, com as recordações dos amigos que o estimam". O instrutor explicou que, se estivéssemos interessados em conhecer aque­les companheiros, o relógio seria um mediador para a realização desse desejo. "Tudo o que se nos irradia do pensamento serve para facilitar essa ligação." É que o pensamento espalha nossas próprias emanações em toda parte a que se projeta, deixando vestígios espirituais onde arremessamos os raios de nossa mente, assim como o animal deixa em seu rastro o odor que lhe é característico, tornando-se, por esse motivo, facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão. Libertos do corpo denso, nossos sentidos se aguçam e podemos, por isso, atender sem dificuldade a esses fenômenos, dentro da esfera em que se nos li­mitam as possibilidades evolutivas, o que significa dizer que não dis­pomos de recursos para alcançar o pensamento daqueles que se fizeram superiores a nós. Transcendendo-nos o modo de expressão e de ser, o pensamento deles vibra em outra frequência. "Naturalmente – asseverou o instrutor –, podem acompanhar-nos e auxiliar-nos, porque é da Lei que o superior venha ao inferior quando queira, contudo, por nossa vez, não nos é facultado segui-los." Assim se dá entre nós e as tribos primitivas ou retardadas da Terra, a quem podemos auxiliar, sem que elas possam fazer o mesmo conosco. (Cap. 26, págs. 243 e 244) (Continua no próximo número.)
 



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita