Um amigo pergunta-nos se
nossa crença na existência
de Deus é um ato racional ou
meramente uma manifestação
de fé.
A doutrina espírita
apresenta-nos argumentos
importantes e consistentes
no tocante à crença na
existência de Deus, que
constitui, por sinal, o
primeiro dos chamados
princípios fundamentais do
Espiritismo.
Ninguém certamente ignora
que constitui princípio
elementar que é pelos
efeitos que se pode ajuizar
de uma causa, ainda que essa
causa se nos afigure oculta.
Se, no momento de um voo,
uma ave é atingida por uma
bala de revólver, deduz-se
sem dificuldade que um hábil
atirador a alvejou, ainda
que esse atirador não seja
visto por ninguém.
Nem sempre é, portanto,
necessário que vejamos uma
coisa para sabermos que ela
existe. Em um grande número
de situações, é observando
os efeitos que se chega ao
conhecimento das causas.
Um segundo princípio,
igualmente elementar, e que,
de tão verdadeiro, passou a
axioma, é o de que todo
efeito inteligente decorre
de uma causa inteligente. Se
perguntassem o nome do
construtor de determinada
máquina engenhosa, que é que
diríamos se alguém dissesse:
“Não há construtor nenhum; a
máquina se fez a si mesma”?
Em toda a parte reconhecemos
a presença do homem por suas
obras. A existência dos
homens antediluvianos não se
prova unicamente por meio
dos fósseis humanos que
foram encontrados. Prova-a
também, e com muita certeza,
a presença, nos terrenos
daquela época, de objetos
feitos por aqueles
indivíduos. Uma pedra
talhada, um fragmento de
vaso, um instrumento
qualquer, um tijolo bastam
para lhes atestar a
presença. E mais: pela
grosseria ou perfeição do
trabalho, reconhece-se o
grau de inteligência ou de
adiantamento dos que o
executaram.
Assim, se estivermos numa
região habitada
exclusivamente por selvagens
e ali descobrirmos uma
estátua de linhas perfeitas,
todos concordarão em que,
sendo os selvagens incapazes
de tê-la feito, tal obra foi
feita por alguém de
inteligência superior à
deles.
No tocante ao Criador, basta
que olhemos em torno de nós,
tanto para baixo como para
cima, e veremos a
providência, a sabedoria, a
harmonia que presidem a
essas obras, não existindo
nenhuma que não ultrapasse
os limites da mais
portentosa inteligência
humana.
Há números bem conhecidos
que dão uma ideia da
grandeza e da perfeição das
obras que alguém fez – e
certamente não fomos nós,
seres humanos.
O movimento de rotação da
Terra é o movimento que
nosso planeta faz ao girar
em torno de seu próprio
eixo, no sentido contrário
ao dos ponteiros de relógio.
A rotação completa da Terra
(360º) dura exatamente 23
horas 56 minutos 4 segundos
e 9 centésimos, numa
velocidade de rotação que é,
na linha do equador, de
1.674 km/h.
A Terra cumpre também, como
todos sabem, um outro
movimento – o de translação
em torno do Sol, numa
velocidade orbital de
106.798 km/h.
Um revólver 38 lança balas a
650 km/h. Comparemos essa
velocidade com os dois
movimentos mais conhecidos
do nosso planeta, e teremos
uma noção exata do poder
criador, que está
infinitamente acima da
capacidade dos homens,
sendo, pois, produto de uma
inteligência superior à
Humanidade, a menos que se
acredite que existem efeitos
sem causa.
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