De: Marco Tulio C. Faria (Belo Horizonte, MG)
Sexta-feira, 13 de setembro de 2013 às 12:33:45
Os coordenadores de estudos de uma casa espírita afirmaram peremptoriamente que "ocorre a fusão do perispírito com o espírito quando o ser atinge o grau de pureza dos mundos celestiais". Essa assertiva traz implicações bastante profundas sobre a compreensão dos elementos gerais da criação do Universo, de acordo com O Livro dos Espíritos. Na questão 27 desse livro, os Espíritos afirmam que "Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo que existe, a trindade universal". Mais à frente, na questão 30, os Espíritos asseveram que existe um único elemento primitivo que dá origem a todas as formas materiais existentes. Pode-se afirmar, a partir da interpretação das questões formuladas, que existem um princípio espiritual e um princípio material, distintos, para toda a obra da criação. Portanto, se a tese da "fusão do perispírito com o espírito" for procedente, o conceito da trindade universal perderá fundamento, pois o elemento espiritual e o elemento material podem se tornar únicos. Ou seja, a princípio, haveria apenas um elemento geral que dá origem a coisas, com diferentes formas de organização. Por conseguinte, ter-se-ia uma díade universal, que seria Deus e o elemento geral. A questão 186 parece dar mais margem a diferentes interpretações, pois os Espíritos descrevem a presença do perispírito, mesmo em forma tão etérea, em Espíritos puros. Por definição, os Espíritos puros "são despojados de todas as impurezas da matéria". Pela lógica da evolução espiritual, a matéria é apenas meio de o Espírito progredir, tornando-se desnecessária quando se atinge grau elevado de perfeição. Em suma, gostaria de saber em quais obras espíritas existe embasamento para a supracitada fusão? Caso essa fusão seja tese imprecisa, seria correto dizer que o Espírito puro não possui qualquer vestígio do corpo perispiritual?
Marco Tulio
Resposta do Editor:
A ideia de que se dá a fusão do perispírito com o Espírito quando este atinge o grau de pureza dos mundos celestiais, exposta na carta acima, é totalmente esdrúxula e sem fundamento na obra de Kardec, Delanne e Denis. A natureza do perispírito nada tem que ver com a natureza dos Espíritos, como é claramente posto na questão 94 d´O Livro dos Espíritos:
94. De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial? “Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.”
a) Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm ao nosso meio, tomam um perispírito mais grosseiro? “É necessário que se revistam da vossa matéria, já o dissemos.”
Léon Denis, em seu livro No Invisível (O Espiritismo experimental: III – O Espírito e a sua forma) diz-nos que em todo homem vive um Espírito, e por Espírito entende-se a alma revestida de seu envoltório fluídico, do qual é inseparável. Da essência da alma apenas sabemos uma coisa: que, sendo indivisível, é imperecível. A alma se revela por seus pensamentos e também por seus atos; para que possa, porém, agir e nos impressionar os sentidos físicos, preciso lhe é um intermediário semimaterial, sem o qual nos pareceria incompreensível a sua ação. Esse intermediário é o perispírito, nome dado ao invólucro fluídico, imponderável, invisível. Em sua intervenção é que se pode encontrar a chave explicativa dos fenômenos espíritas.
No mesmo sentido, Allan Kardec afirma que a alma é um ser simples e o Espírito, um ser duplo, ou seja, formado por alma e perispírito. Essa informação consta de artigo por ele publicado na Revista Espírita de 1864, pp. 138 e 139.
O pensamento de que os Espíritos Puros não possuem perispírito é um equívoco que algumas pessoas repetem por ignorarem o que diz a questão 186 d´O Livro dos Espíritos, abaixo reproduzida:
186. Haverá mundos onde o Espírito, deixando de revestir corpos materiais, só tenha por envoltório o perispírito? “Há e mesmo esse envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Esse o estado dos Espíritos puros.”
Corroborando a informação acima, Kardec diz-nos em O Livro dos Médiuns, item 55, que o Espírito, em qualquer grau em que se encontre, está sempre revestido de um invólucro ou perispírito, cuja natureza se eteriza à medida que ele se purifica e se eleva na hierarquia. O perispírito faz, então, parte integrante do Espírito, como o corpo faz parte integrante do homem; mas o perispírito sozinho não é o Espírito, como o corpo sozinho não é o homem, porque o perispírito não pensa. Ele está para o Espírito como o corpo está para o homem; é o agente ou o instrumento de sua ação. |
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De: Domingos Antero da Silva (Limeira, SP)
Sexta-feira, 13 de setembro de 2013 às 09:06:41
Nós somos espíritos, que têm um corpo e um perispírito. O perispírito é matéria que vai ficando rarefeita à medida da evolução do espírito. Nas obras de Kardec podemos ler que "passando de um mundo a outro, os Espíritos trocam de envoltório como trocamos de roupa ao passarmos do inverno para o verão...".
A minha dúvida é:
1 - O Espírito que alcança o mais elevado nível de evolução tem perispírito?
2 - Se trocamos de perispírito de um mundo para outro, o que ocorre com o perispírito que deixamos no outro mundo? Se fosse uma roupa, ou a vestiríamos novamente ou ela acabaria com o tempo. O perispírito é mortal ou imortal?
3 - Se o perispírito pode ser trocado, onde ficam os registros das vidas passadas? A AMORC (Rosa Cruz) afirma que tudo fica num plano maior chamado por Ela de Registro Akásico.
Domingos
Resposta do Editor:
Como foi dito na resposta à carta anterior, acima publicada, o Espírito possui um corpo espiritual ou perispírito em qualquer grau em que se encontre. No tocante às demais perguntas, dada a sua complexidade, o assunto será tratado oportunamente na seção O Espiritismo responde desta revista, quando então o leitor será devidamente cientificado. |
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De: M. D. (Berlim, Alemanha)
Segunda-feira, 16 de setembro de 2013 às 09:35:38
Gostaria de ajudar meu filho a voltar a estudar. Hoje mora com uma jovem e gosta de fumar e beber. Ele tem 23 anos, mas penso que ainda não cresceu e tenho medo de perder tempo. Me ajudem! Confio em Jesus e no Pai maior.
M. D.
Resposta do Editor:
O diálogo e a oração são os meios para que casos como o relatado pelo leitor possam ser resolvidos. Os benfeitores espirituais sempre ajudam os que pedem socorro, mas é necessário que nós, os encarnados, façamos a parte que nos cabe. A frequência a uma casa espírita e os recursos da fluidoterapia poderão também ajudar no caso a que nos referimos, desde que o jovem aceite tal ajuda.
Eis os endereços da União Espírita Alemã, caso o leitor manifeste o desejo de contactá-la:
site:
www.spiritismus-dsv.de
e-mail: uniao.espirita.alema-d.s.vereinigung@web.de |
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De: Izidro Simões (Boa Vista, Roraima)
Domingo, 15 de setembro de 2013 às 15:31:44
Assunto: Especial 329 - Direitos Linguísticos - Parte 1
Quanto pesem todas as boa intenções de manter o esperanto como língua de todos na Terra, permanece o fato de que essa língua já existe e é o inglês. Já foi o latim, o grego, o francês. Se por toda parte fala-se inglês, mesmo que macarrônico - até os dirigentes guerrilheiros árabes, inimigos ferrenhos dos Estados Unidos, falam inglês nas entrevistas, qual a razão, a lógica, o motivo imprescindível para se aprender esperanto, em substituição ao inglês? Até hoje, desde que foi criado, o esperanto é falado por um insignificante punhado de pessoas, considerado a população global, e o inglês está por toda parte e serve perfeitamente para as finalidades de comunicação entre todas as gentes. Não é isso que se preconiza para o esperanto? Já existe o inglês que abrange uma multidão incomensurável de pessoas. Além disso, não esqueçamos de que no mundo espiritual, após um certo nível, todo mundo fala entre si pelo pensamento, INDEPENDENTEMENTE de que idioma tinha antes, e TODOS SE ENTENDEM. Então, separando a ideia fraterna da comunicação global sem fronteiras, que era problema nos tempos de Zamenhof, por que aprender esperanto, que não usaremos nem no mundo espiritual, e sim a comunicação mental?
Izidro |
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De: Roseli de Lima Souza (Siqueira Campos, PR)
Terça-feira, 17 de setembro de 2013 às 19:45:05
Como poderia receber uma carta de meu falecido esposo desencarnado em 2006?
Roseli
Resposta do Editor:
A todas as pessoas que se manifestam com o mesmo objetivo da leitora acima, temos indicado o site Carta Consoladora mantido pelos médiuns psicógrafos Rogério H. Leite e Marli Mansini, que vêm realizando, segundo informações de pessoas ligadas a nós, um trabalho importante nessa área. Eis o link -http://cartaconsoladora.blogspot.com.br/p/depoimentos.html |
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De: Airton Azevedo (Caxias do Sul, RS)
Domingo, 15 de setembro de 2013 às 21:14:11
Venho pedir ajuda novamente. Há poucos meses, perdi um querido amigo de infância que esteve em coma durante mais de um mês. Saiu do hospital e não durou um mês. Após o desencarne, nasceu seu neto. Fizeram o exame do pezinho, que foi fotografado. Pasmem, na parte interna do pé existe uma imagem de um rosto de pessoa que parece com o rosto do avô desencarnado. Entraram em contato comigo e pediram para eu confirmar que era a fisionomia do avô. Lógico, me esquivei de confirmar, mas dei a possibilidade de poder acontecer. Peço, meu amigo, que me ajude a esclarecer o caso para a família...
Um abraço.
Airton
Resposta do Editor:
Relatos sobre sinais ou marcas de nascença, decorrentes do processo reencarnatório, podem ser encontrados em alguns autores, mas nos faltam meios e informações precisas que nos permitam esclarecer o fato descrito na carta acima. |
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De: Izidro Simões (Boa Vista, Roraima)
Domingo, 15 de setembro de 2013 às 15:38:51
Assunto: Um minuto com Chico Xavier – edição 329
Ai, ai, ai, como tem "espírita" que não estuda. Nos casos hoje citados sobre Chico Xavier, a cura de uma pessoa com tumor recebeu a taxativa declaração de que foi "milagre". Não estudou nada da doutrina, está claríssimo.
Izidro |
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De: José Xavier (Brumadinho, MG)
Domingo, 15 de setembro de 2013 às 17:41:47
Assunto: Especial 329 - Direitos Linguísticos - Parte 1
Parabéns pela luta contra a banalidade cultural. Parabéns pela qualidade, excelência e o alto nível da matéria.
Fraternalmente,
José Xavier |
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De: Reinaldo Cantanhêde Lima (Rosário, MA)
Quarta-feira, 11 de setembro de 2013 às 16:35:13
Assunto: Especial 328 - Jesus na sessão espírita do Tabor
Boa tarde, prezado sr. Paulo da Silva Neto Sobrinho, parabenizo-o pelo belíssimo texto, uma história interessante que me chamou a atenção e merecedora de crédito. Imagine até quando estas questões irão perdurar?
Abraços fraternos.
Reinaldo |
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De: M.P. (Ribeirão das Neves, MG)
Sábado, 14 de setembro de 2013 às 23:02:13
Olá, às vezes eu consigo ler o pensamento das pessoas, já fiz teste e ficaram surpresos com o que relatei. Preciso de ajuda: como posso usar este dom para ajudar a humanidade?
M.P.
Resposta do Editor:
Sugerimos ao leitor que busque contato com um Centro Espírita de sua cidade, onde com certeza obterá a orientação que procura, bem como a oportunidade de exercitar a faculdade de que é dotado. |
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De: Izidro Simões (Boa Vista, Roraima)
Domingo, 15 de setembro de 2013 às 15:20:05
Assunto: Especial 328 – Jesus na sessão espírita do Tabor
Apenas um reparo: sessão espírita no Monte Tabor é uma extensão, uma elasticidade ampla na palavra sessão espírita. Como sabem os participantes, sessão caracteriza-se por reunião de médiuns, num local separado no Centro, com a finalidade específica de comunicação com os espíritos, pelos mais diferentes motivos, geralmente para esclarecimentos de obsessores e aqueles que se creem ainda "vivos" por aqui. Sem dúvida que houve ato mediúnico no Tabor mas não uma sessão espírita. Assim fosse, qualquer manifestação em qualquer lugar, inclusive na rua, seria sessão, e aquelas famosas, muito conhecidas manifestações em Hydesville, nos Estados Unidos? Reunião mediúnica ou sessão tem aplicação claramente restrita ao ato fechado num local, previamente preparado para isso.
Izidro |
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De: Flávio do Amaral Castelhano (Magé, RJ)
Quinta-feira, 12 de setembro de 2013 às 11:05:34
Um grito a favor da vida.
Em uma palestra a que assisti recentemente, o orador iniciou suas considerações da seguinte forma: "Eu gostaria de gritar! Gritar para que todos pudessem ouvir o que tenho pra falar!".
Fiquei meditando na extensão de suas colocações iniciais e no que ele realmente pretendia transmitir. Conforme foram se desenrolando seus argumentos, muito bem embasados com dados estatísticos atuais a respeito do aborto, acredito que entendi o motivo de sua vontade de gritar.
Como pode alguém, diante de tantos argumentos lógicos a favor da Vida, teimar em querer aprovar leis para assassinar crianças indefesas ainda no ventre materno?! Como podem ter a coragem de, usando o argumento de que muitas mulheres morrem em clínicas clandestinas, querer aprovar o aborto, sob a alegação de que tal iniciativa reduziria o número de mortes?!
Não seria melhor esclarecer às futuras mães que, uma vez grávidas, elas carregam dentro de si uma vida e que esta precisa ser preservada a todo custo?
Entendemos que a mãe é dona de seu corpo. Entretanto, ela não é dona do corpo que carrega dentro de si. A maternidade é um sagrado dever, momento áureo da feminilidade, que precisa ser desempenhada como um verdadeiro sacerdócio. As mães são cocriadoras. Assumiram perante Deus a missão de conduzir dentro de si a semente sublime da vida. Têm a tarefa de cuidar para que ela cresça em um ambiente acolhedor, recebendo o adubo dos pensamentos harmônicos e dos sentimentos saudáveis com chuvas generosas de carinho. Assim, ela floresce e se desenvolve, trazendo a vontade de frutificar e construindo uma cultura de paz.
Nunca existirão argumentos poderosos o bastante para justificar o extermínio da semente sublime da vida! No passado - quando não tínhamos a ciência desenvolvida o suficiente -, poderíamos até admitir tal atitude, em nome da ignorância. Hoje, porém, com a ciência a nos demonstrar a manifestação da vida desde os momentos iniciais da concepção, não há como permitirmos tal ato sem termos a nossa consciência como juiz implacável a nos condenar, convidando-nos ao reajuste.
É hora de darmos um basta nisso!
Quem seriam os futuros cidadãos que aniquilamos no ventre materno?
Já pensaram se Albert Einstein, Pasteur, Santos Dumont, Sócrates, Gandhi, Chico Xavier, Fabiano de Cristo, Paulo de Tarso e o próprio Jesus Cristo fossem abortados por suas mães?!
Já pensou se você que me lê tivesse sido abortado?
Ao exterminar a semente sublime da vida não estaríamos afrontando Deus?!
Ninguém afronta as leis divinas sem gerar consequências negativas para si próprio.
Se permitirmos que o aborto seja aceito pelas leis humanas, inevitavelmente estaremos assumindo pesados débitos perante a contabilidade divina. No futuro, seremos convidados pelas leis do reajuste a saldarmos as dívidas contraídas.
No campo individual, se algum dia cometemos tal equívoco, o melhor a fazer é assumirmos uma atitude ativa perante os débitos adquiridos, buscando o reajuste de nossa consciência no trabalho incansável e incessante do bem.
"Misericórdia quero, e não sacrifício" (Matheus, 12:7) e "O amor cobre a multidão de pecados" (I Pedro, 4:8) são palavras que precisam ecoar em nossas consciências.
O único caso em que o aborto pode ser admitido é se a vida da mãe estiver em risco, conforme está muito bem expresso na questão 359 de "O Livro dos Espíritos".
Assim mesmo, com o auxílio da ciência e da tecnologia, precisam ser esgotadas todas as possibilidades, sempre em prol da vida.
O grito daquele orador naquela noite memorável me fez recordar a lição 29 do livro "Boa Nova" (do espírito Humberto de Campos pela psicografia de Chico Xavier) quando Jesus, em conversa com os quinhentos da Galileia, diz: "Vossa voz será a do deserto, provocando, muitas vezes, o escárnio e a negação da parte dos que dominam na carne perecível".
Façamos coro ao movimento em favor da vida, não permitindo que as indústrias e interesses milionários que estão por trás da legalização deste infanticídio calem a "voz do deserto". Enquanto houver ar em nossos pulmões, gritemos a favor da vida!
Flávio
Resposta do Editor:
O leitor tem inteira razão e seu pensamento já foi exposto e defendido nesta revista em inúmeras ocasiões, como, por exemplo, no Especial Respeitemos a vida. Aborto, não!, publicado na edição 20 desta revista. Eis o link que remete ao texto citado: http://www.oconsolador.com.br/20/especial.html |
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