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Elucidações de Emmanuel

Ano 7 - N° 330 - 22 de Setembro de 2013

 
 

 

Prova e julgamento


Decerto que o Senhor nos terá advertido contra os riscos do julgamento, observando-nos a inclinação espontânea para projetar-nos em assuntos alheios.

Habitualmente, perante os nossos irmãos em experiências difíceis, estamos induzidos a imaginar neles o que sentimos e pensamos acerca de nós próprios.

Encontramos determinada criatura acusada desse ou daquele delito; para logo, frequentemente, passamos a mentalizar como teria sido a falta praticada, fantasiando minudências infelizes a fim de agravá-la, quando muitas vezes a pessoa indiciada tudo promoveu de modo a poupar a suposta vítima, resistindo-lhe às provocações até as últimas consequências.

Surpreendemos irmãos considerados em desvalia moral; e de imediato, ao registrar-lhes o abatimento, ideamos quadros reprováveis de conduta sobre as telas de inquietude em que terão entrado, emprestando-lhes ao comportamento o comportamento talvez menos digno que teríamos adotado na problemática de ordem espiritual em que se acharam envoltos, quando, na maioria das ocasiões, são almas violadas por circunstâncias cruéis, à feição de aves desprevenidas, sob o laço do caçador. 

Abstenhamo-nos de julgar os irmãos supostamente caídos.

O Senhor suscitou a formação de juízes na organização social do mundo para que esses magistrados estudem os processos em que nos tornemos passíveis de corrigenda ou segregação, conforme o grau de periculosidade que venhamos a apresentar na convivência uns com os outros.

Por outro lado, os princípios de causa e efeito dispõem da sua própria penalogia ante a Divina Justiça.

Cada qual de nós traz em si e consigo os resultados das próprias ações.

Ninguém foge às leis que asseguram a harmonia do Universo.

Diante dos companheiros que consideres transviados, auxilia-os quanto possas. E onde não consigas estender braços de apoio, silencia e ora por eles.

Todos somos alunos na grande escola da vida.

Consideremos que toda escola afere o valor dos ensinos professados em tempo justo de exame.

Os irmãos apontados à apreciação dos júris públicos são companheiros em prova.

Hoje será o dia deles, entretanto, é possível que amanhã o nosso também venha a chegar.


Do cap. 12 do livro Na Era do Espírito, obra de autoria de Chico Xavier, J. Herculano Pires e Espíritos diversos.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita