Situe o estado
do Pará, em
termos
geográficos,
demográficos e
econômicos para
o leitor.
O Pará está
situado no
centro da Região
Norte e tem como
limites o
Suriname e o
Amapá a norte; o
oceano Atlântico
a nordeste; o
Maranhão a
leste; Tocantins
a sudeste; Mato
Grosso a sul;
Amazonas a
oeste; Roraima e
a Guiana a
noroeste. Pará é
o segundo maior
estado
brasileiro em
área. Embora
continue a ser
grande produtor
de castanha, o
Pará tem como
principais
atividades
econômicas a
exploração de
madeira, a
pecuária e a
mineração. É o
segundo maior
produtor de
minério de ferro
do país, atrás
apenas de Minas
Gerais, e possui
em suas terras
grandes reservas
de cobre e de
bauxita,
utilizada na
fabricação do
alumínio.
Quantos
municípios há no
Estado? E qual a
população da
capital?
O Pará possui
144 municípios.
Sua capital,
Belém, é
conhecida como
“Metrópole da
Amazônia”. Sua
região
metropolitana
possui cerca de
2 milhões de
habitantes,
sendo a maior
população
metropolitana da
Região Norte. Só
em Belém habitam
1.280.614
pessoas.
Quando foi
fundada a União
Espírita
Paraense? Quem
foi o pioneiro e
como começou o
movimento
espírita no
Estado?
Em dezembro de
1905 chegou a
Belém,
procedente do
Rio de Janeiro,
o oficial da
Marinha
Francisco de
Paula Menezes.
Acercando-se dos
espíritas
locais,
notadamente de
Francisco
Solerno Moreira,
oficial do
Exército, com
quem estabeleceu
rápida e
profunda
amizade, Paula
Menezes ajudou-o
a fundar o
Centro Espírita
Atalaia e logo,
sob a influência
das decisões
tomadas no
congresso de 3
de outubro de
1904,
comemorativo do
centenário de
nascimento de
Allan Kardec, de
que participara,
lançou a ideia
da fundação de
uma instituição
mais ampla que
abrangesse todas
as casas
espíritas da
capital. Solerno
aceitou e
abraçou a
sugestão e
passaram os
dois, a que se
juntaram outros
companheiros, a
um trabalho
intensivo de
visitação aos
centros e a
pessoas
espíritas,
procurando
conquistá-los
para a ideia. Em
pouco tempo
obtiveram o
apoio desejado e
após período de
diálogos e
ajustes, no dia
20 de maio de
1906, foi
fundada a União
Espírita
Paraense.
Como é o
processo de
unificação no
Estado? Quantas
instituições
adesas na
capital e no
Estado?
No Pará, sob a
égide da UEP,
estão
cadastradas 210
unidades, entre
Centros
Espíritas,
Núcleos, Grupos,
adesos e não
adesos. Com
vistas à
descentralização
e melhor
atendimento às
Casas Espíritas
da Capital e dos
Interiores,
criou-se uma
Geografia
Espírita,
dividindo o
Estado em
regiões que não
correspondem às
regiões
oficiais, sob o
nome de
Conselhos
Regionais
Espíritas (CREs).
Cada Conselho é
formado de dois
representantes
(Diretores) de,
no mínimo, três
casas adesas
(filiadas
oficialmente).
Em regiões onde
existem menos de
três casas
adesas, faz-se
consulta a
alguma delas
para aceitar
desenvolver as
atividades de
unificação até
que consiga
formar o CRE.
Assim, o Pará
possui 18 CREs e
7 CREs Embriões,
25 regiões ao
todo.
Quais os maiores
desafios de
administrar uma
instituição num
Estado com
características
tão peculiares?
O desafio é
alcançar os CREs
e Centros
Espíritas
localizados fora
da Grande Belém.
Os acessos são
os mais
diversificados.
Há municípios a
que só se chega
de avião. Outros
só através dos
rios. Por
transporte
rodoviário
percorrem-se de
3, 6, 10 a 22
horas. Por água,
pequenos barcos,
barcos maiores,
catamarãs,
balsas,
catraias,
voadeiras, que
levam entre 5 e
12 horas e até 4
dias. Conduzir
treinamentos ao
interior ou
trazê-los à
Capital requer
esforços que
precisam contar
com profunda
motivação. E
esse desafio é
que exerce no
trabalhador a
vontade firme de
expandir o
Espiritismo
nesses rincões
do País. Os
trabalhadores
dos CREs, que
congregam
diversos
municípios do
interior, são
convidados a
desenvolver
grande
criatividade
para a difusão
da Doutrina
Espírita ao
público em geral
e para a
realização dos
treinamentos e
encontros,
devido às
distâncias que
os separam e aos
ainda parcos
meios de
comunicações via
internet e redes
sociais. Há CREs
cuja sede é
distante de
outro município
por 12 horas de
ônibus, ou 8 a
10 horas de
barco. Tem
Município que de
sua sede, de um
lado, para
chegar a uma
unidade espírita
do outro lado,
dentro do mesmo
município, é
mais de 1.000
quilômetros de
estradas de
difícil acesso.
Pela localização
geográfica da
capital e
logística do
aeroporto há uma
boa integração
com o interior
em termos de
movimento
espírita?
Trabalhar o
interior requer
seareiros com
disponibilidade
de tempo ou
aposentados. Tem
sido possível
reunir os
Presidentes de
CREs uma vez ao
ano, na Capital,
para organizar o
Plano Anual de
Trabalho. Assim,
com
antecedência, os
eventos contam
com a
participação de
trabalhadores
ligados à
direção da UEP.
Contam também
com
trabalhadores
mais experientes
do Movimento
Espírita
Estadual e até
com irmãos de
outros Estados
próximos, como o
Amapá e
Tocantins.
Aproveitam-se,
ainda,
profissionais
espíritas que,
em locais onde
haja
representação da
Doutrina,
contribuem nos
intervalos de
seus trabalhos.
Fazem-se,
também, convites
aos
trabalhadores do
Movimento
Espírita
Brasileiro, os
quais acolhem,
com carinho, a
tarefa de
realizar
conferências,
palestras,
treinamentos
diversos, tanto
na Capital
quanto no
Interior.
Como está a
expectativa de
participação
para o Congresso
Espírita de
2014,
considerando que
a Região Norte
sediará um dos
eventos em
Manaus-AM?
O Congresso
Espírita
brasileiro,
realizando-se
nas quatro
regiões
espíritas do
Brasil, vai
dividir o
público
paraense, pois é
bem mais fácil
viajar para o
nordeste e
centro do que
dentro do Norte.
O CFN – Conselho
Federativo
Nacional, da FEB,
com a
aquiescência de
todos os
presidentes de
federativas,
deliberou que a
Reunião das
Comissões
Regionais deverá
ocorrer no
Estado onde
houver o
Congresso
Nacional. Então,
a caravana
paraense irá
para Manaus. A
UEP está
divulgando o
Congresso
Nacional de
todas as
regiões,
lançando o apelo
para a
participação em
Manaus/Amazonas.
De suas
experiências no
movimento
espírita, o que
gostaria de
destacar?
O EIMEP -
Encontro
Intensivo do
Movimento
Espírita
Paraense, já em
sua XXXV edição,
considerado um
congresso, pois
o público chega
a 1.000 pessoas.
Reúne, em
sistema de
semi-internato,
a família, nos
quatro dias de
carnaval, em um
mesmo espaço
(num grande
colégio),
crianças desde
os 3 anos de
idade,
adolescentes,
jovens, adultos
e idosos,
trabalhando um
mesmo tema, com
metodologias
diferentes e um
grupo de apoio
logístico e
doutrinário de
aproximadamente
180 voluntários.
As caravanas do
Interior ficam
albergadas em
salas
gentilmente
cedidas por
Centros
Espíritas
ligados ao
MOVESP. Em
especial, neste
ano de 2013,
durante o EIMEP,
foi lançado o
ANO DA
UNIFICAÇÃO, com
uma grande
oficina, aonde
compareceram,
durante os 4
dias do
carnaval, 48
trabalhadores
representando os
CREs e Centros
Espíritas,
trocando
conhecimentos e
experiências
práticas sobre o
assunto,
estabelecendo o
compromisso da
presença da
Diretoria
Executiva em
todas as 25
regiões, como
motivo de
integração e
preparação de
multiplicadores,
os quais
repetirão o
mesmo evento nas
Casas Espíritas.
Há algo marcante
no Pará que
gostaria de
relatar
relativamente
aos contatos e
trabalhos de
unificação?
Em dezembro do
ano passado um
grupo de
trabalhadores de
Belém foi
conduzir um
Encontro
espírita no
Município de
Redenção, no Sul
do Pará, durante
2 dias, onde
reuniram-se
crianças,
adolescentes,
adultos e idosos
de 7 (sete)
municípios.
Trajeto de Belém
até o destino:
20 horas de
ônibus, estrada
de muitos
buracos; de
avião até a
metade (1h30min)
e de van, as
outras 10 horas.
A ida foi
tranquila. O
Encontro
continha
espíritas de
Redenção,
Conceição do
Araguaia,
Xinguara, Rio
Maria,
Ourilândia,
Tucumã e São
Félix do Xingu.
Alberto Almeida
conduziu o grupo
dos 16 anos em
diante; os
demais
trabalhadores
foram
distribuídos
entre as faixas
etárias de 3 a
15 anos. O
retorno foi
penoso. Tinha
hora para chegar
ao aeroporto de
Marabá cuja
viagem a Belém
estava marcada
para 21h, por
isso, precisavam
sair de Redenção
com tempo, pois
o trajeto seria
de 8 horas, uma
vez que alugaram
uma VAN só para
esse fim. A
primeira VAN
quebrou no
caminho.
Conseguiram
outra, quebrou
também. A
estrada estava
cheia de
buracos. Somente
com a 3ª VAN o
grupo conseguiu
chegar ao
aeroporto,
cansados,
achando graça em
tudo.
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