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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 7 - N° 330 - 22 de Setembro de 2013
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 

 
Najda Maria de Oliveira Santos: 

“Conduzir treinamentos ao interior ou trazê-los à Capital
é um enorme desafio”
 

A presidente da União Espírita Paraense fala sobre o movimento espírita em seu Estado e as dificuldades decorrentes de
sua imensa extensão territorial
 
 

Najda Maria de Oliveira Santos (foto), natural de Altamira e residente em Belém, ambos municípios do Pará, Najda é espírita desde 1975 e preside a União Espírita Paraense desde 2006. Pedagoga pela UFPA e também com formação em Administração de Empresas pela UNAMA, é aposentada do Banco da  Amazônia,  onde  atuou  po r 28  anos.  Najda

vincula-se também à Diretoria dos Centros Espíritas Luzes do Caminho e Raio de Sol. Tendo contribuído com a fundação de três centros espíritas e suas intensas atividades, ela relata em suas respostas a esta entrevista sua experiência em um Estado com características bem peculiares devido à extensão de seu território e circunstâncias bastante diferenciadas.  


Situe o estado do Pará, em termos geográficos, demográficos e econômicos para o leitor.
 

O Pará está situado no centro da Região Norte e tem como limites o Suriname e o Amapá a norte; o oceano Atlântico a nordeste; o Maranhão a leste; Tocantins a sudeste; Mato Grosso a sul; Amazonas a oeste; Roraima e a Guiana a noroeste. Pará é o segundo maior estado brasileiro em área. Embora continue a ser grande produtor de castanha, o Pará tem como principais atividades econômicas a exploração de madeira, a pecuária e a mineração. É o segundo maior produtor de minério de ferro do país, atrás apenas de Minas Gerais, e possui em suas terras grandes reservas de cobre e de bauxita, utilizada na fabricação do alumínio. 

Quantos municípios há no Estado? E qual a população da capital? 

O Pará possui 144 municípios. Sua capital, Belém, é conhecida como “Metrópole da Amazônia”. Sua região metropolitana possui cerca de 2 milhões de habitantes, sendo a maior população metropolitana da Região Norte. Só em Belém habitam 1.280.614 pessoas. 

Quando foi fundada a União Espírita Paraense? Quem foi o pioneiro e como começou o movimento espírita no Estado? 

Em dezembro de 1905 chegou a Belém, procedente do Rio de Janeiro, o oficial  da Marinha Francisco de Paula Menezes. Acercando-se dos espíritas locais, notadamente de Francisco Solerno Moreira, oficial do Exército, com quem estabeleceu rápida e profunda amizade, Paula Menezes ajudou-o a fundar o Centro Espírita Atalaia e logo, sob a influência das decisões tomadas no congresso de 3 de outubro de 1904, comemorativo do centenário de nascimento de Allan Kardec, de que participara, lançou a ideia da fundação de uma instituição mais ampla que abrangesse todas as casas espíritas da capital. Solerno aceitou e abraçou a sugestão e passaram os dois, a que se juntaram outros companheiros, a um trabalho intensivo de visitação aos centros e a pessoas espíritas, procurando conquistá-los para a ideia. Em pouco tempo obtiveram o apoio desejado e após período de diálogos e ajustes, no dia 20 de maio de 1906, foi fundada a União Espírita Paraense.  

Como é o processo de unificação no Estado?  Quantas instituições adesas na capital e no Estado?  

No Pará, sob a égide da UEP, estão cadastradas 210 unidades, entre Centros Espíritas, Núcleos, Grupos, adesos e não adesos. Com vistas à descentralização e melhor atendimento às Casas Espíritas da Capital e dos Interiores, criou-se uma Geografia Espírita, dividindo o Estado em regiões que não correspondem às regiões oficiais, sob o nome de Conselhos Regionais Espíritas (CREs). Cada Conselho é formado de dois representantes (Diretores) de, no mínimo, três casas adesas (filiadas oficialmente). Em regiões onde existem menos de três casas adesas, faz-se consulta a alguma delas para aceitar desenvolver as atividades de unificação até que consiga formar o CRE. Assim, o Pará possui 18 CREs e 7 CREs Embriões, 25 regiões ao todo. 

Quais os maiores desafios de administrar uma instituição num Estado com características tão peculiares? 

O desafio é alcançar os CREs e Centros Espíritas localizados fora da Grande Belém. Os acessos são os mais diversificados. Há municípios a que só se chega de avião. Outros só através dos rios. Por transporte rodoviário percorrem-se de 3, 6, 10 a 22 horas. Por água, pequenos barcos, barcos maiores, catamarãs, balsas, catraias, voadeiras, que levam entre 5 e 12 horas e até 4 dias. Conduzir treinamentos ao interior ou trazê-los à Capital requer esforços que precisam contar com profunda motivação. E esse desafio é que exerce no trabalhador a vontade firme de expandir o Espiritismo nesses rincões do País. Os trabalhadores dos CREs, que congregam diversos municípios do interior, são convidados a desenvolver grande criatividade para a difusão da Doutrina Espírita ao público em geral e para a realização dos treinamentos e encontros, devido às distâncias que os separam e aos ainda parcos meios de comunicações via internet e redes sociais. Há CREs cuja sede é distante de outro município por 12 horas de ônibus, ou 8 a 10 horas de barco. Tem Município que de sua sede, de um lado, para chegar a uma unidade espírita do outro lado, dentro do mesmo município, é mais de 1.000 quilômetros de estradas de difícil acesso.  

Pela localização geográfica da capital e logística do aeroporto há uma boa integração com o interior em termos de movimento espírita? 

Trabalhar o interior requer seareiros com disponibilidade de tempo ou aposentados. Tem sido possível reunir os Presidentes de CREs uma vez ao ano, na Capital, para organizar o Plano Anual de Trabalho. Assim, com antecedência, os eventos contam com a participação de trabalhadores ligados à direção da UEP. Contam também com trabalhadores mais experientes do Movimento Espírita Estadual e até com irmãos de outros Estados próximos, como o Amapá e Tocantins. Aproveitam-se, ainda, profissionais espíritas que, em locais onde haja representação da Doutrina, contribuem nos intervalos de seus trabalhos. Fazem-se, também, convites aos trabalhadores do Movimento Espírita Brasileiro, os quais acolhem, com carinho, a tarefa de realizar conferências, palestras, treinamentos diversos, tanto na Capital quanto no Interior. 

Como está a expectativa de participação para o Congresso Espírita de 2014, considerando que a Região Norte sediará um dos eventos em Manaus-AM? 

O Congresso Espírita brasileiro, realizando-se nas quatro regiões espíritas do Brasil, vai dividir o público paraense, pois é bem mais fácil viajar para o nordeste e centro do que dentro do Norte. O CFN – Conselho Federativo Nacional, da FEB, com a aquiescência de todos os presidentes de federativas, deliberou que a Reunião das Comissões Regionais deverá ocorrer no Estado onde houver o Congresso Nacional. Então, a caravana paraense irá para Manaus. A UEP está divulgando o Congresso Nacional de todas as regiões, lançando o apelo para a participação em Manaus/Amazonas. 

De suas experiências no movimento espírita, o que gostaria de destacar? 

O EIMEP - Encontro Intensivo do Movimento Espírita Paraense, já em sua XXXV edição, considerado um congresso, pois o público chega a 1.000 pessoas. Reúne, em sistema de semi-internato, a família, nos quatro dias de carnaval, em um mesmo espaço (num grande colégio), crianças desde os 3 anos de idade, adolescentes, jovens, adultos e idosos, trabalhando um mesmo tema, com metodologias diferentes e um grupo de apoio logístico e doutrinário de aproximadamente 180 voluntários. As caravanas do Interior ficam albergadas em salas gentilmente cedidas por Centros Espíritas ligados ao MOVESP. Em especial, neste ano de 2013, durante o EIMEP, foi lançado o ANO DA UNIFICAÇÃO, com uma grande oficina, aonde compareceram, durante os 4 dias do carnaval, 48 trabalhadores representando os CREs e Centros Espíritas, trocando conhecimentos e experiências práticas sobre o assunto, estabelecendo o compromisso da presença da Diretoria Executiva em todas as 25 regiões, como motivo de integração e preparação de multiplicadores, os quais repetirão o mesmo evento nas Casas Espíritas.  

Há algo marcante no Pará que gostaria de relatar relativamente aos contatos e trabalhos de unificação? 

Em dezembro do ano passado um grupo de trabalhadores de Belém foi conduzir um Encontro espírita no Município de Redenção, no Sul do Pará, durante 2 dias, onde reuniram-se crianças, adolescentes, adultos e idosos de 7 (sete) municípios. Trajeto de Belém até o destino: 20 horas de ônibus, estrada de muitos buracos; de avião até a metade (1h30min) e de van, as outras 10 horas. A ida foi tranquila. O Encontro continha espíritas de Redenção, Conceição do Araguaia, Xinguara, Rio Maria, Ourilândia, Tucumã e São Félix do Xingu. Alberto Almeida conduziu o grupo dos 16 anos em diante; os demais trabalhadores foram distribuídos entre as faixas etárias de 3 a 15 anos. O retorno foi penoso. Tinha hora para chegar ao aeroporto de Marabá cuja viagem a Belém estava marcada para 21h, por isso, precisavam sair de Redenção com tempo, pois o trajeto seria de 8 horas, uma vez que alugaram uma VAN só para esse fim. A primeira VAN quebrou no caminho. Conseguiram outra, quebrou também. A estrada estava cheia de buracos. Somente com a 3ª VAN o grupo conseguiu chegar ao aeroporto, cansados, achando graça em tudo.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita