Atendendo a uma pergunta
objetiva feita pela leitora
Niedja Krislady, de Rio
Tinto, município localizado
na Região Metropolitana de
João Pessoa, capital da
Paraíba, tratamos nesta
seção, na edição 326 de
nossa revista, da questão do
passe e de sua aplicação nas
instituições espíritas.
O texto aqui publicado
suscitou comentários
diversos, tendo a maioria
apoiado a tese da simples
imposição das mãos,
defendida por J. Herculano
Pires, que consideramos
também como a mais indicada
e consentânea com a obra
kardequiana.
Houve, contudo, duas
manifestações contrárias ao
que foi aqui exposto: uma em
defesa da ideia de que nem
mesmo haveria necessidade da
imposição das mãos, bastando
unicamente o uso do
pensamento para a eficácia
do passe, e outra
propugnando pela validade da
movimentação das mãos, como
é ainda comum em
determinadas instituições
que seguem a orientação
contida na obra do saudoso
escritor Edgard Armond.
A ideia de que não há
necessidade da imposição das
mãos, proposta pela leitora
Beatriz Indrusiak, de Porto
Alegre-RS, será examinada na
próxima semana.
Fixemo-nos hoje na outra
proposição, que nos veio de
um leitor de nossa revista
que prefere permanecer no
anonimato.
Em sua carta a nós dirigida
fez ele as seguintes
ponderações:
“Sem pretender polemizar,
nem tampouco corrigir o que
foi dito a bem de responder
à pergunta da leitora já
citada e até mesmo pedindo
que a ponderação que abaixo
faço não seja publicada,
digo o seguinte:
Se é o espírito que
direciona os fluidos,
partindo das mãos do médium
atendente, impostas tão
somente sobre a cabeça ou o
corpo do atendido, esse
espírito não pode também
induzir ou tomar as mãos
desse médium e
movimentá-las de acordo com
o que achar mais conveniente
para a fluidoterapia?
Assim, a movimentação das
mãos poderia acontecer, não
pela preocupação do médium
em seguir uma ‘técnica’ de
gesticulação, atentando na
forma e esquecendo a
intenção, mas por cedência
ao comando do amigo
espiritual.
E penso ainda que esta ou
aquela técnica, desde que
não seja irreverente, e
advinda da sincera e humilde
disposição do médium em
oferecer sua energia somada
à do seu(s) mentor(es) para
o bem do próximo, é
irrelevante para que ocorra
a fluidoterapia.
Acho que foi de risco o que
consta em um dos textos da
apostila do COEM, pois que
partiu de um pressuposto
incabível para quem exerce a
atividade mediúnica, muito
principalmente a de cura,
com seriedade, fé e amor.
Minha discordância é aqui
revelada, pela minha própria
experiência como médium
natural e, em especial, de
cura, por pensamento,
palavras e obras, por
décadas, em conjunto com
outros médiuns em centros
espíritas diversos e em
trabalho solo, dentro e fora
desses centros!
Sempre consciente, minhas
mãos muitas vezes se
mantiveram estáticas e/ou em
movimento, sobre enfermos em
tratamento médico, alguns já
sem perspectiva de cura e
sempre foram ferramentas
úteis e precisas para o
restabelecimento desses
pacientes.
E não era eu quem as
movimentava de múltiplas
maneiras, mas os invisíveis
da outra dimensão, que me
assistiam e me utilizavam,
pois nem sempre me era
possível comandá-las por
vontade própria.
Por sua atenção, agradeço,
esperando ter colaborado na
questão, num ombro a ombro
com todos vocês, incansáveis
trabalhadores.”
*
O leitor tem razão. Quando
respondemos à leitora Niedja
Krislady, sugerimos na parte
final de nossa resposta que
ela lesse também dois textos
publicados anteriormente em
nossa revista:
“Anotações em torno do
passe”
http://www.oconsolador.com.br/46/especial.html
“A imposição das mãos e sua
eficácia”
http://www.oconsolador.com.br/ano4/196/editorial.html
Ora, neste último texto –
que é o Editorial da edição
196, publicado em 13 de
fevereiro de 2011 – está
escrito:
“Existem espíritas, e
certamente isso deve ocorrer
com alguns médiuns, que
sentem uma influenciação
mais forte do Espírito amigo
que os auxilia no passe e,
movidos por essa
influenciação, movimentam as
mãos seguindo uma intuição
especial, que poucas pessoas
sentem, e vem daí, do fato
de não ser generalizada e
comum tal intuição, a
recomendação de ser adotada
a simples imposição das
mãos, uma vez que, não
sabendo qual o problema
específico do enfermo, não
existe razão nenhuma para
movimentarmos a esmo nossas
mãos.”
Está assim ressalvada a
hipótese descrita pelo
leitor, a quem é sempre
importante lembrar que o que
lhe ocorre não é comum ou
frequente em todos os casos,
ou seja, nem todos os
médiuns passistas sentem a
intuição por ele mencionada,
além do que, nas atividades
normais da Casa Espírita,
não se dá a incorporação no
momento do passe e os
pacientes nem sempre são
conhecidos daqueles que os
atendem.
A simples imposição das mãos
parece-nos, assim, como
regra, a atitude mais
adequada, cabendo ao
benfeitor espiritual a
tarefa de direcionar o
fluido magnético para a
região do paciente
necessitada, como é dito na
pergunta 2ª do item 176 do
capítulo XIV d´O Livro
dos Médiuns, a saber: “Se
magnetizas com o propósito
de curar, por exemplo, e
invocas um bom Espírito que
se interessa por ti e pelo
teu doente, ele aumenta a
tua força e a tua vontade,
dirige o teu fluido e lhe dá
as qualidades necessárias”.
|
Para
esclarecer
suas
dúvidas,
preencha
e
envie
o
formulário
abaixo. |
|
Sua
pergunta
será
respondida
em
uma
de
nossas
futuras
edições. |
|
|
|
|