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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 353 - 9 de Março de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Temas da Vida e da Morte

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 24 e final)

Encerramos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. É verdade que os Espíritos desencarnados partilham dos sucessos e acontecimentos humanos negativos?

Sim. Não podemos transferir para os Espíritos turbados ou maus as ocorrências desditosas na Terra, isentando os homens da responsabilidade que lhes cabe. Mas é preciso reconhecer que partilham os desencarnados, mais do que se pensa, dos sucessos e acontecimentos humanos negativos, por assimilação e vinculação, nos quais se comprazem os encarnados, que lhes oferecem os meios e a sintonia para que tenham lugar esses fatos reprováveis. (Temas da Vida e da Morte - Fenômenos obsessivos, pp. 155 e 156.)

B. É correto dizer, como alguns pensam, que a vida espiritual é semelhante à vida física ou mesmo cópia dela?

Não. Ocorre exatamente o contrário, sendo a vida terrena um símile imperfeito daquela que é causal, preexistente e sobrevivente. Liberada da matéria densa, a alma não se transfere para regiões excelsas de imediato. Há toda uma escala de valores a conquistar. Os Espíritos vivem fora do corpo em conglomerados próprios, em sociedade mais harmônica ou mais atormentada, de acordo com o grau da evolução que os reúne por automatismo da afinidade vibratória, que decorre da identidade moral que os retém em campos de igual densidade de onda. (Obra citada - Moradas, pp. 157 e 158.)

C. Sabe-se que nas faixas mais próximas da Terra a vida é bem semelhante à que conhecemos em nosso meio. Por quê?

O fato tem por finalidade facilitar a adaptação dos recém-chegados e propiciar mais fácil intercâmbio com aqueles que estão instalados na matéria densa. Conforme sucede no mundo objetivo, há uma escala de progresso cultural e moral cujos valores partem das manifestações mais primárias até os índices mais elevados. Consequentemente, há núcleos que refletem as condições sociomorais, socioeconômicas, socioculturais dos seus habitantes, desde choças e furnas até habitações saudáveis, belas e confortáveis... As moradas do Além igualmente variam em densidade vibratória correspondente àqueles que as vêm habitar, felizes e liberados, ou, então, onde se demoram a dor, as misérias morais e as condições de insalubridade, todas elas em caráter sempre transitórios. (Obra citada - Moradas, pp. 158 e 159.)      

Texto para leitura

92. Por que a incidência obsessiva é mais volumosa - Todo comportamento que se exacerba ou se deprime, exaltando paixões e comandando desregramentos, fomentando ódios e distonias, guardam, na sua raiz, graves incidências obsessivas que merecem cuidados especiais. É indispensável que a compreensão das finalidades da vida comande o pensamento do homem, oferecendo-lhe as seguras diretrizes para precatar-se contra essa epidemia voluptuosa, ao mesmo tempo armando os cultores das ciências da alma com os valiosos instrumentos para a terapia de profundidade, na qual ambos os enfermos – obsessor e obsidiado – sejam amparados, apaziguando-se e produzindo no bem, em favor de si mesmos e da comunidade em geral. Não desejamos transferir para os Espíritos turbados ou maus as ocorrências desditosas na Terra, isentando os homens da responsabilidade que lhes cabe. Afirmamos que partilham os desencarnados, mais do que se pensa, dos sucessos e acontecimentos humanos negativos, por assimilação e vinculação, nos quais se comprazem os encarnados, que lhes oferecem os meios e a sintonia para que tenham lugar esses fatos reprováveis. É certo que, no sentido inverso, o intercâmbio com as Entidades evoluídas também se faz amiúde, num programa de amor e socorro ao ser humano, como expressão do divino auxílio. Como, todavia, as manifestações mais primárias predominam nas atividades terrestres, a incidência obsessiva torna-se mais volumosa, até que a criatura se descubra como é, filha de Deus, e resolva-se a atender ao chamado paterno, avançando na sua direção pelas vias do amor. (Fenômenos obsessivos, pp. 155 e 156.)

93. São múltiplas as moradas espirituais - Certa estranheza invade muitos leitores e pessoas desinformados a respeito da vida espiritual, quando tomam conhecimento da estrutura e constituição do mundo parafísico, bem como da sociedade onde se movimentam os sobreviventes ao túmulo. Acostumados às notícias da teologia ortodoxa apresentada pelas religiões que estabeleceram regiões estanques para os Espíritos, quando vencida e superada essa crença armam-se de cepticismo, às vezes inconscientemente, em torno da organização e do modus vivendi dos que se libertaram do corpo, mas não saíram da Vida. Um pouco de reflexão bastaria para contribuir de maneira positiva em favor do entendimento da vida e sua continuidade um passo além do túmulo. Na Terra mesma, interpenetram-se vibrações e movimentam-se incontáveis expressões de vida, sem que o homem disso se dê conta. Ondas de frequência variada cortam os espaços terrestres, carregadas de mensagens somente percebidas quando necessariamente transformadas em som e imagem por aparelhos especiais. Raios de constituição diferente rompem os campos vibratórios em torno do planeta, auxiliando, estimulando e transformando os fenômenos biológicos sem que se possa percebê-los, senão através dos seus efeitos ou quando captados por equipamentos próprios. A vida espiritual não é, conforme alguns pensam, semelhante à física ou cópia dela. Ocorre exatamente o contrário, sendo a terrena um símile imperfeito daquela que é causal, preexistente e sobrevivente. Liberada da matéria densa, a alma não se transfere para regiões excelsas de imediato. Há toda uma escala de valores a conquistar. Os Espíritos vivem fora do corpo em conglomerados próprios, em sociedade mais harmônica ou mais atormentada, de acordo com o grau da evolução que os reúne por automatismo da afinidade vibratória, que decorre da identidade moral que os retém em campos de igual densidade de onda. (Moradas, pp. 157 e 158.)

94. As moradas do Além variam em densidade vibratória - Sendo o pensamento a força criadora, é natural que este construa os recintos para habitação e instale, em nome do Pai, programas de ação que facultam os meios de crescimento para o Espírito, na direção dos mundos felizes, cuja constituição superior a nós nos escapa. Nas faixas mais próximas da Terra, a vida se apresenta semelhante ao que se conhece no planeta, facilitando a adaptação para os recém-chegados e propiciando mais fácil intercâmbio com aqueles que estão instalados na matéria densa. Conforme sucede no mundo objetivo, há uma escala de progresso cultural e moral cujos valores partem das manifestações mais primárias até os índices mais elevados. Consequentemente, há núcleos que refletem as condições sociomorais, socioeconômicas, socioculturais dos seus habitantes, desde choças e furnas até habitações saudáveis, belas e confortáveis... As moradas do Além igualmente variam em densidade vibratória correspondente àqueles que as vêm habitar, felizes e liberados, ou, então, onde se demoram a dor, as misérias morais e as condições de insalubridade, todas elas em caráter sempre transitórios. Em todo lugar, todavia, apresenta-se a misericórdia e o socorro do Pai, ao alcance de quem deseja progredir e ser ditoso, na faixa vibratória em que estacione. Igualmente, convém considerar que urbanistas e engenheiros, cientistas e legisladores levam para a Terra as lembranças dos planos onde residiam e a eles retornam, periodicamente, através do parcial desdobramento pelo sono, acentuando lembranças que depois materializam em projetos e edificações avançados. A ascensão dos seres somente ocorre mediante conquistas intransferíveis através do trabalho, método seguro para a aquisição da plenitude. Movimentando, portanto, as energias cósmicas presentes no Universo, os Espíritos plasmam os seus Círculos de realização, nos quais estagiam entre uma e outra reencarnação, galgando Esferas que se apresentam em graus de evolução quase infinita. “Na Casa do Pai – disse Jesus – há muitas moradas”, não somente nos astros luminíferos que gravitam nos espaços siderais, mas também, em torno deles, como estações intermediárias entre uns e outros mundos que pulsam nas galáxias, glorificando a Criação. (Moradas, pp. 158 e 159.)  

Fim


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita