Pensemos
nisso
Exaltemos a
indulgência não
apenas qual
lâmpada que deve
brilhar nos
vizinhos, mas,
acima de tudo,
por luz viva que
nos cabe trazer
no coração, de
maneira a
clarear o
próprio caminho.
Pensemos nisso,
observando as
dificuldades do
próximo, como se
as dificuldades
do próximo, em
verdade, nos
pertencessem.
Viste o
companheiro
embriagado, na
via pública, e,
instado a
prestar-lhe
breve momento de
apoio,
desapareceste na
esquina,
desistindo
conscientemente
de auxiliá-lo.
Reflete, porém,
nos suplícios da
esposa digna que
o suporta,
incessantemente,
dentro de casa.
Percebeste as
manifestações
desagradáveis da
irmã irrefletida
e lhe atiraste
em rosto
reprovações e
críticas,
através de
advertências
amargas.
Recorda, no
entanto, a luta
do homem correto
que a sustenta
do lar, por mãe
dos próprios
filhos.
Registraste a
presença do
irmão obsidiado
e fugiste
sorrateiramente,
temendo a
obrigação de
socorrê-lo, no
espaço de
algumas horas.
Medita, contudo,
nos sacrifícios
do coração
materno que o
carrega sem
pausa.
Ouviste as
lamentações do
enfermo, a
censurar-lhe
gemidos e
descontroles.
Imagina,
entretanto, como
te comportarias
se a doença que
o verga te
invadisse a
esfera da
própria carne.
Assinalaste as
inibições do
amigo que
conversa de
maneira
infantilizada e
abandonaste,
intempestivamente,
a palestra,
negando-lhe mais
alguns minutos
de atenção
cordial. Pensa,
todavia, quão
longo e doloroso
te seria o
sofrimento, se
guardasses no
cérebro
semelhantes
entraves.
Ninguém pode
viver sem a
indulgência dos
outros, mas,
para exercer com
sinceridade a
indulgência para
com os outros, é
necessário
saibamos
colocar-nos no
lugar deles.
Do livro Hoje,
de autoria de
Emmanuel, obra
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.