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Brasil
Ano 7 - N° 356 - 30 de Março de 2014
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)
 

 

Um novo sucesso de público a Conferência Estadual Espírita

Realizado de 14 a 16 de março em Pinhais (PR), o evento organizado pela Federação Espírita do Paraná reuniu
novamente um público numeroso


Como nos anos anteriores, a XI Conferência Estadual Espírita, promovida pela Federação Espírita do Paraná, constou também de várias conferências proferidas no interior do Estado antes de sua abertura oficial no dia 14 de março.

Divaldo Franco foi um dos conferencistas que tivemos o prazer de acompanhar
e sobre o qual fizemos as anotações que seguem. 
 

Londrina, 11 de março – Após atender aos compromissos doutrinários em Miami, Estados Unidos da América, o Embaixador da Paz, enfrentando cancelamentos e remarcações de voo, chegou a Londrina diretamente da cidade americana, sem tempo para um descanso mínimo.

No Ginásio de Esportes Moringão, o

orador espírita conhecido mundialmente abordou um tema palpitante e vivido por muitas criaturas. Tratou sobre os transtornos depressivos e obsessivos.

Estando presente o Presidente da Federação Espírita do Paraná – FEP -, Luiz Henrique da Silva e o 2º Vice-presidente Danilo Arruda da Luz, acompanhados de lideranças regionais do movimento espírita que, juntamente com o público, recepcionaram Divaldo Franco através de aplausos intensos e demorados. O evento foi promovido pela União Regional Espírita 16ª Região, presidida por Luiz Cláudio Assis Pereira. Foi uma oportunidade para os que lá compareceram ofertar-lhe o carinho e o afeto.

Historiando a incidência da depressão desde há muito, Divaldo destacou a solidão, o medo e a ansiedade como eventos de vida desencadeantes, entre outros fatores endógenos e exógenos, da depressão. Mestre da oratória, Divaldo cativou o público falando-lhe sobre os mecanismos cerebrais, o arsenal psicoterapêutico de que dispõe a Doutrina Espírita para contribuir com a saúde integral do ser humano. O Espiritismo, afirmou o Professor Divaldo é a grande luz para iluminar as trevas, é o Cristo que volta através dos ensinamentos contidos em O Evangelho segundo o Espiritismo.

Segundo Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, a vida possui um significado psicológico, deve ser digna de ser vivida. Apesar dos grandes avanços científicos, no micro e no macrocosmo, a humanidade ainda se encontra fustigada pela depressão. Sem objetivos claros, o homem tem optado pelos desvios morais e atitudes perturbadoras e agressivas. Na atualidade são trezentos e sessenta milhões de depressivos diagnosticados.

Ante essa incidência avassaladora é necessário, frisou o lúcido orador, desenvolver o hábito de refletir sobre as atitudes, desejos, aspirações, fazer uma viagem ao interior de si mesmo para encontrar a fonte essencial da vida, fortalecendo-se para enfrentar as vicissitudes. Andrew Solomon, repórter nova-iorquino em seu livro, O Demônio do meio-dia: um atlas de depressão, alinha mais de duzentas terapêuticas alternativas.

Sendo uma patologia muito antiga e de grande incidência, a ciência tem pesquisado o cérebro humano, e também a sua psique, para encontrar soluções. Considerando a obsessão como um fator exógeno, a Doutrina Espírita, por sua vez, apresenta um rico arsenal psicoterapêutico para enfrentar a depressão. O Espiritismo é a grande luz para iluminar as trevas. É o Cristo que volta através do Evangelho. É necessário que o homem faça uma viagem de volta ao Evangelho de Jesus, reafirmou Divaldo Franco. 
 

Guarapuava, 12 de março – Após um deslocamento rodoviário de seis horas desde Londrina, Divaldo Franco, acompanhado por Luiz Henrique da Silva, Presidente da FEP, chegou a Guarapuava, onde, recepcionado pelas lideranças espíritas locais, proferiu uma conferência no Pahy Centro de Eventos, na Rua Guaíra, 5555, no início da noite do dia 12

de março. O evento, marcado pelo sucesso foi uma promoção da União Regional Espírita 12ª Região, sob a presidência de Cezar Coelho Folador.

Na vida de todos acontecem fenômenos de grandes modificações. Todo o panorama idealizado, numa sinuosidade de altos e baixos, modifica-se, permitindo experiências novas, avançando no aperfeiçoamento incessante. Foi o que ocorreu na vida de James Albert Pike, conhecido no continente americano e europeu pelos seus predicados intelectuais notáveis.

James Pike, Bispo Anglicano, de São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos da América e seu filho Jim Pike, desencarnado vítima do uso de tóxicos, foram os personagens apresentados pelo orador baiano para falar sobre o envolvimento de jovens com as drogas, a família e a mediunidade. Destacou a importância da família e a alta responsabilidade dos pais na educação de seus filhos, doando-se à sua prole. O lar, acrescentou Divaldo, é a primeira escola da sociedade.

A narrativa emocionante, apoiada no livro The Other Side, escrito pelo Bispo Anglicano James Pike, apresenta a experiência do relacionamento dos pais com o filho, as inúmeras indagações de James Pike a respeito da educação, do destino do ser humano após a morte, da imortalidade da alma, da existência de Deus, das consequências relativas ao suicídio, o quê sucederia ao seu filho.

Em 1966, o filho Jim Pike, com dezoito anos de idade, tirou a própria vida em um quarto de hotel da cidade de Nova York. Logo após a morte de seu filho, o Bispo Pike relatou ter presenciado fenômenos estranhos que o intrigavam vivamente.  Vivia uma atmosfera de dúvidas angustiantes, dilacerado, experimentava um vazio em seu coração.

Buscando respostas, James Pike solicitou sua transferência para Londres, onde estivera anteriormente com seu filho em tratamento para libertar-se do consumo de drogas. Por indicação de seu primo Fred, foi fazer uma entrevista com a médium Ena Twigg, respeitável sensitiva inglesa, obtendo as respostas às suas angustiantes indagações, inclusive conversando com seu filho Jim, dizendo-lhe que não havia cometido suicídio voluntário, levando-o a rever seus conceitos a respeito da vida material e espiritual. Foram onze as reuniões com a médium Ena Twigg.

Retornando a São Francisco, James Pike narrou aos seus fiéis toda a sua história recente, defendendo a existência da alma, a sua imortalidade, bem como a mediunidade. A mediunidade, destacou Divaldo, é uma faculdade da alma e que a vida possui um sentido psicológico, facultando descobrir a sua beleza. Perdão e ódio foram temas destacados ao enaltecer os feitos de O Evangelho segundo o Espiritismo ao lançar luzes sobre as criaturas humanas. Nesse ano de 2014 o movimento espírita comemora o sesquicentenário dessa fenomenal obra lançada por Allan Kardec em abril de 1864. 
 

Ponta Grossa, 13 de março – Concluídas as atividades em Guarapuava, Divaldo viajou de carro a Ponta Grossa sob intensa chuva. O percurso teve a duração de 2h30min, chegando à 1h30min. Pela manhã, Divaldo Franco foi homenageado com uma placa de prata pela Sociedade Espírita Francisco de Assis de Amparo aos Necessitados pelos sessenta anos de oratória nessa instituição.

   

O arauto do Evangelho de Jesus, Divaldo Franco visitou a Organização Espírita Cristã Irmã Scheilla que completa este ano, em 14 de dezembro, 60 anos de fundação. Divaldo foi seu fundador e incansável incentivador. Chegando à instituição visitou o setor da sopa e do café da manhã, após descerrou a placa comemorativa dessa efeméride.   Divaldo  foi

igualmente homenageado com uma placa de prata e um presente confeccionado pelas bordadeiras da instituição. As comemorações foram organizadas pela Organização Irmã Scheilla, com o apoio da União Regional Espírita 2ª Região e da Federação Espírita do Paraná.

Ao dirigir-se ao público, Divaldo prestou a sua homenagem relembrando as pessoas e os acontecimentos daqueles primeiros momentos de há sessenta anos. Sua mensagem foi de exortação ao trabalho caridoso, fraternal, solidário, revestidos de sentimentos de amor aos necessitados de toda ordem, agradecendo o trabalho dedicado que todas as presidentes e trabalhadoras da Irmã Scheilla vêm realizando ao longo de sua existência.
 

À noite, no Clube Verde, Divaldo proferiu uma conferência sob a liderança da União Regional Espírita 2ª Região, presidida por Iara Barbuio de Freitas Souza, com apoio da Federação Espírita do Paraná. Além de Luiz Henrique da Silva, Presidente da FEP, estavam presentes alguns membros de sua diretoria e lideranças locais do movimento espírita paranaense.

Com conceitos emitidos por eminentes pensadores, filósofos, psicólogos, escritores e cientista renomados, Divaldo apresentou o histórico antropossociopsicológico do ser humano, as emoções básicas catalogadas como solidão, ansiedade e medo. Abordou os aspectos doutrinários sobre esse desenvolvimento da criatura humana trazidos a lume pelo eminente codificador Allan Kardec. A era do consolador, disse, não é mais de angústia, não é mais de aflição, mas de vivência do amor. Quem se ama coloca luz em seu coração.

Blaise Pascal, filósofo e cientista do Século XVII, afirmava que a humanidade se encontrava em uma encruzilhada. De um lado a razão, a lógica, a matemática, isto é, o espírito de geometria. De outro a gentileza, a solidariedade, o respeito ao próximo, ou seja, o espírito de finesse. Nenhum, nem outro deveriam predominar no homem, mas harmonizar ambos para que a criatura possa agir com equilíbrio e com o coração.  O espírito de gentileza representa a razão exercida com cordialidade, ou a lógica do coração, conforme Pascal. O termo espírito significa, nesta abordagem, certa disposição psicológica em apreciar e adquirir o conhecimento dos fatos.

Fiódor Dostoievski, escritor e romancista Russo; Alexander Soljenítsin, romancista, dramaturgo e historiador russo; Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita; Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica; entre outros, tiveram seus pensamentos expostos pelo Embaixador da Paz, Divaldo Franco, enaltecendo a necessidade de o ser humano, além das magníficas conquistas científicas e intelectuais já alcançadas, desenvolver o senso moral mais elevado, descobrindo o significado psicológico da vida.

O tempo transcorreu célere, todos estavam motivados em conhecerem-se mais profundamente, aproveitando esses momentos, enriquecendo-se psicologicamente, dulcificando os corações, elevando a mente a patamares sublimes. Sessenta anos de oratória em Ponta Grossa, Divaldo Franco é atualíssimo, cativando seus ouvintes com mensagens de esclarecimento, consolo, bom ânimo e conforto espiritual. 
 

Abertura da Conferência, 14 de março – Após quatro dias de conferências preliminares no interior do Estado do Paraná, proferidas por expositores renomados, o momento aguardado engalanou-se para a abertura oficial da XVI Conferência Estadual Espírita no Expotrade Convention Center, em Pinhais/PR.  O  tema  central

desta edição foi O Evangelho segundo o Espiritismo – Luz Inapagável – 150 anos. A diretoria da Federação Espírita do Paraná estava acompanhada, além dos expositores que realizaram conferências exitosas ao longo da semana, de José Raul Teixeira, convidado especial, Divaldo Pereira Franco, Milciades Lescano, do Paraguai e de José Luiz Figueiredo Maciel Júnior, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
 

Os Correios lançaram, nesse evento, o selo comemorativo aos 150 anos de O Evangelho segundo o Espiritismo e, também, homenageando a XVI Conferência Estadual Espírita. Divaldo Franco foi agraciado, pelas mãos do Presidente da Federação, Luiz Henrique da Silva, com uma placa alusiva aos 60 anos de atividades ininterruptas em terras paranaenses, iniciadas em 04

de abril de 1954. Divaldo agradeceu, sensibilizado, a significativa homenagem, dizendo que o grande beneficiário foi ele, pois que aprendeu a arte de servir.

Fazendo uma rápida viagem histórica, Divaldo apresentou os acontecimentos havidos nos períodos do 1º e do 2º Triunviratos, fases que antecederam a chegada do Cristo, que segundo Ernest Renan foi um homem incomparável. Nenhum dos pensadores, sábios, filósofos que O antecederam falaram sobre o amor como Ele, vivendo-o em plenitude. Jesus é o portador do amor como expressão divina, consoante os ensinamentos contidos em as Bem-aventuranças.

O nobre orador destacou a seleção realizada pelo mestre Galileu, buscando aqueles que já O amavam, tornando-os seus discípulos, o encontro com o jovem rico, passeou rapidamente pelo instante em que São Jerônimo selecionou as lições evangélicas e aqueles que as redigiram, a chegada do consolador prometido, os avanços do conhecimento astronômico, a Idade Média com suas ações cerceadoras do livre pensar e agir, culminando com o trabalho de Allan Kardec. A caridade, disse o orador de Feira de Santana/BA, é o amor no seu sentido mais profundo, sendo o Evangelho de Jesus o lapidador dos corações dos homens.

Vencedor é aquele que vence a si mesmo, triunfando sobre os impulsos negativos. As lições incomparáveis do Mestre ecoam por toda a parte, sensibilizando as criaturas, facultando-lhes a possibilidade de amar. Inigualável, Divaldo sabe sensibilizar e estimular a criatura para a vivência do amor, salientando que a as vozes dos céus apresentaram o Evangelho do Cristo, onde a caridade é o amor no seu sentido mais profundo. O Evangelho do Cristo é o lapidador dos corações dos homens.

Finalizando com a frase inicial proferida, ou seja: Aqueles eram dias como estes. Eram dias de vícios de toda ordem, difíceis, mas também eram dias de profundas ações de amor. O Evangelho de Jesus é o caminho seguro à plenitude, reafirmou o Embaixador da Paz.  
 

Pinhais, 15 de março – A programação da XVI Conferência Estadual Espírita teve sua continuidade nos primeiros momentos do dia 15 de março com Haroldo Dutra Dias, de Minas Gerais. Haroldo apresentou o Seminário Organização do Livro e Critérios dos textos do Evangelho pelo Codificador. Destacou que o Prefácio de O Evangelho segundo o

Espiritismo está colocado em forma de prece, sendo assinado coletivamente. Na Revista Espírita de 1866, página 222, está claro que o nome Espírito de Verdade é nome próprio. Haroldo, profundo conhecedor dos Evangelhos, discorreu sobre as ações que envolveram a formulação de O Evangelho segundo o Espiritismo. Exaltou, também, os laços de afeto que ligavam o Espírito de Verdade e de São Luiz a Allan Kardec. Explanou a estrutura dessa obra capítulo a capítulo ou em blocos de capítulos, atribuindo-lhes significado muito próprio.


Alberto Almeida, do Pará, deu sequência com o Seminário O que te chama mais a atenção: A Manjedoura? Ou o Monte? Ou a Cruz? Afirmou o expositor nortista que Jesus é ainda desconhecido. A manjedoura, na sua interpretação significa a humildade, se fazendo pequeno para que tornasse grandes os homens. A cruz é a idolatração da dor, os flagelos. Para alguns, Jesus é o devotamento, o amor, o desapego ao poder temporal. O Monte é a significação maior da existência, é a síntese maior da amorosidade, do discernimento, é um convite à vida. O nascimento de Jesus, aditou, é histórico, porém Ele nasce para cada um segundo a concepção de realidade, de verdade em que ainda se encontra. A vida monumental se encontra estampada na singularidade da manjedoura, o crescimento lúcido na vivência dos ensinamentos do monte e o testemunho na cruz, caracterizando o esforço, ainda que doloroso, para alcançar a plenitude da vida.

 

Atividades vespertinas – Na parte da tarde, Haroldo Dutra Dias voltou ao palco para apresentar o Seminário A Interpretação dos textos do Evangelho por Allan Kardec. Discorrendo sobre as respostas ofertadas por Allan Kardec, notadamente na Revista Espírita de dezembro de 1893, Haroldo destacou, segundo o Codificador, que o Espiritismo se destina aos que não creem, aos incrédulos, aos céticos. Quanto à postura dos espíritas ante os textos bíblicos deve ser o de extrair o espírito das palavras dos textos. Para cada texto bíblico é necessários o uso de ferramentas, conheci-

mentos específicos.  O Espiritismo é a chave para estudar os textos bíblicos, os autores sacros. O Magistrado orador espírita frisou que se deve ter muito cuidado com as interpretações literais. Deve-se atentar para o espírito que vivifica.


Prosseguindo com as atividades que lhe estavam afetas na XVI Conferência Estadual Espírita, o excelente orador espírita Divaldo Franco apresentou o seminário Vivendo com Jesus. Utilizando-se de acidentes geográficos existentes na Palestina à época de Jesus para evidenciar as atitudes da criatura humana, Divaldo apresentou as diferenças entre o mar da Galileia e o mar Morto, os montes Tabor e Massada, entre outros pontos.

O mar da Galileia é generoso, tanto é abastecido, quanto abastece, é piscoso, aprazível, inspira felicidade. O mar Morto, embora receba água, não a distribui, represando-a e tornando-a salgada, sua aparência é tétrica, o seu entorno não possui beleza. O monte Tabor, possui o frescor da vegetação, o acolhimento pela sensação de paz que transmiti. O Massada é desprovido de vegetação, há desolação, morte.

Aí estão as duas humanidades, uma altruísta, caridosa, amorosa, a outra egoísta, prepotente, indiferente. Em que humanidade você se encontra? Onde você está? Indagou o incansável médium e orador de Feira de Santana/BA. Será que nos dias atuais poderíamos viver Jesus?   Certamente que sim, respondeu. Idealizando, pelo pensamento, e, mais tarde, mais equipado moralmente e determinado a fazer o bem, poderá a humanidade viver Jesus.

Jesus veio para que o homem tenha vida, vida em abundância, que se conquista com a elevação moral e a prática da caridade. Viver no mundo, sem, no entanto, pertencer ao mundo, escravizando-se nas paixões humanas. Viver Jesus é cumprir com a Lei Divina ou Natural. O bem que se faz, anula o mal que se fez, ensinou o Professor Divaldo Franco. Há informações oriundas do mundo espiritual, disse Divaldo, que o corpo humano está sendo preparado, mediante a manipulação do DNA, para os dias jubilosos de um mundo de regeneração. Nos dias atuais, como no passado, é fundamental compreender que o perdão é de natureza transcendental.

Evidenciando a natureza humana dos discípulos do Mestre Galileu, Divaldo apresentou, em um estudo primoroso, a trajetória de cada um deles, destacando que apesar das fraquezas e equívocos é possível viver Jesus, dando o testemunho da opção, vivendo consoantes os valores morais já conquistados. Retomando as indagações, e finalizando sua magnífica exposição, Divaldo enfatiza: Qual a melhor forma de servir e viver Jesus? Você já aceitou o convite para viver com Jesus? É possível viver Jesus?

 

Atividades noturnas – No período noturno, Alberto Almeida assomou novamente a tribuna para proferir a conferência Jesus – eis o psicoterapeuta integral da Terra. O Espiritismo se debruça sobre o Espírito, é o consolador prometido lançando luzes sobre as sombrias paisagens do ser humano. Conhecer Jesus para compreender a vida, aceitando resignadamente as implicações da vida. Todos os cometimentos são sempre a melhor solução, construindo um novo rumo, honrando os problemas como mecanismo evolutivo. O Espiritismo apresenta mecanismos para compreender a vida atual, equipando o ser com as melhores ferramentas para alcançar a plenitude. O Espiritismo não exclui o homem de suas responsabilidades. Fazer o bem pelo dom e não pela dor. Ao se fragilizar emocionalmente, o ser humano abre as condições para enfermar. Jesus de volta é vencer-se a si mesmo, agindo no bem, sendo ação em prol do próximo, aliviando as cargas emocionais degenerativas. Jesus é o maior psicoterapeuta que o mundo já conheceu foi Jesus. Com essas ideias sínteses, entre outras, Alberto Almeida apresentou a excelência psicoterapêutica aplicada pelo Mestre Nazareno.
 

Pinhais, 16 de março – Na bela manhã de domingo, 16 de março, a XVI Conferencia Estadual Espírita encaminhou-se para o encerramento. A exemplo do sábado, Alberto Almeida, do Pará, apresentou, antecipando a apresentação de Divaldo Franco, o seu trabalho intitulado: E o quinto Evangelho? Alberto Almeida, nomeando diversos pesquisadores, estudiosos, filósofos, psiquiatras, psicólogos, entre outros, apresentou a saga humana em conhecer o homem, primeiramente voltado para o corpo, e mais tarde, por aquisição de

conhecimento, as pesquisas foram dirigidas para o Espírito e suas manifesta-ções.

Em síntese, o quinto Evangelho, na apresentação do competente orador, já foi escrito por alguns, outros o estão escrevendo, e muitos ainda o escreverão, segundo as ações no bem, na prática do amor, ensinada pelo Mestre Galileu.

Divaldo Franco, o Semeador de Estrelas, apresentou o tema Psicologia do Perdão. Com base em dados históricos, o orador consagrado discorreu sobre fatos que envolveram vítimas e algozes, que, decorrido algum tempo, voltaram a se encontrarem, agora estando os sicários debilitados, enfermos, às portas da desencarnação. Uma das vítimas, ao ouvir a súplica do perdão, manteve-se em profundo silêncio. Em outro episódio, a vítima dedicou-se de tal forma ao seu carrasco, que o reabilitou, devolvendo-lhe a saúde. Apesar de ter a possibilidade de vingar-se, perdoou-o, libertando-se para a vida plena.

Se fosse você uma dessas vítimas, perdoaria o seu algoz? Seria capaz de ter esse gesto de grandeza moral? Indagou Divaldo, aditando que perdoar não é esquecer, perdoar não é vingar-se, perdoar é não retalhar. Perdoar é o desafio que leva o ser humano a compreender que o algoz está doente, é o grande desafio desse momento. O perdão é a proposta psicoterapêutica que leva o homem a alcançar a plenitude. Perdoar é não aceitar o mal que nos fizeram. O nobre orador salientou a necessidade do auto-perdão, aceitando a realidade de que ainda somos criaturas frágeis.

 

Momento de autógrafos

Encerramento – A XVI Conferência Estadual Espírita foi encerrada pelo Presidente da FEP, Luiz Henrique da Silva que informou ser de quarenta mil o número de participantes. Nas considerações finais, Alberto Almeida reforçou a questão sobre o quinto Evangelho, exortando àqueles que ainda não o escreveram em suas vidas que possa ser, então, um ponto, uma

vírgula, porém posicionado em lugar certo no texto da vida.


Divaldo Franco transmitiu, por meio de sua mediunidade, uma mensagem de Bezerra de Menezes, que entre outros estímulos exortou-nos a avançarmos juntos, construindo a era de harmonia, pois que Espíritos mais elevados estão aportando em nosso Planeta, permitindo a todos nós formatar um mundo melhor. "Ide e amai, cantai sem temor o hino da caridade", disse o grande Benfeitor. O público comovido, e tocado em seus sentimentos, guardou profundo silêncio.


Após as palavras proferidas pelo Presidente da FEP, declarando encerrada a XVI Conferência Estadual Espírita, é que o público manifestou o seu agradecimento por meio de uma vibrante salva de palmas. Foi um gesto de gentileza, de agradecimento e de homenagem aos conferencistas, aos dirigentes da Federação Espírita do Paraná e a todos os inúmeros voluntários que não mediram esforços para que suas tarefas fossem exitosas.
Os momentos artísticos, sempre muito bem apresentados, tanto em cidades do interior, quando em Pinhais, foram toques especiais de carinho oferecidos em gratidão ao público.

 

Nota do Autor: 

As fotos que ilustram esta reportagem foram feitas por Jorge Moehlecke.
 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita