WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 356 - 30 de Março de 2014

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 
 
 

Canções no Solar Colombino
de Bastos


O dia? O de um primeiro domingo de um mês de dezembro. Manhã de sol, clara, luminosa.

Minhas cordiais amigas, alunas de educação musical de renomadas professoras desta Capital, integravam o coral que se apresentou no Solar Colombino de Bastos.

A Instituição, à época, abrigava quarenta e dois idosos de ambos os sexos – ali chamados alunos – e é uma das muitas obras assistenciais administradas pela Irradiação Espírita Cristã. O nome Solar evita a conotação pejorativa que os “abrigos” acabam assumindo ao longo do tempo. O Dicionário Caldas Aulete indica: “Solar. s.m. Qualquer palácio ou casa nobre”.

A conservação e aparência do edifício, a ordem e o asseio impecáveis do prédio e dos internos; a horta; os jardins, tudo fala do carinho com que são tratados os inquilinos daquela Casa onde Amor e Fé caminham juntos. Tem realmente a nobreza de um solar.

As duas professoras têm o salutar hábito de levar o coral formado por seus alunos e alunas, especialmente a abrigos de idosos, ao final de cada ano. Muitos, creio, vão pela primeira vez a uma casa que ampara a velhice.

As boas professoras, acompanhadas de familiares e colaboradores, educam também, intencionalmente ou não, o sentimento de muitos, pelas emoções que então vivenciam. Não cuidam, pois, apenas da impostação da voz, da postura e de outras técnicas musicais. Tangem também as cordas do coração e da alma de cantores e de ouvintes! Doam e recebem alegrias indescritíveis.

Observamos atitudes e reações: a participação, ao cantar acompanhando o coral, e aplausos e sorrisos, ao final. Uma delas gritava, de puro entusiasmo. Em todos, a alegria estampada nas faces!

No repertório, as músicas: Esperando na Janela, de Gilberto Gil; Seresta, valsa de Newton Teixeira e Alvarenga e Ranchinho; ABC do Sertão, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas; Romaria, de Renato Teixeira; Menino de Braçanã, de Luiz Vieira e Arnaldo Passos; De Papo Pro Ar, toada de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano; Luar do Sertão, toada de Catullo da Paixão Cearense; Chamego, samba de Luiz Gonzaga e Miguel Lama; Eu sonhei que tu estavas tão linda, de Lamartine Babo e F. Matoso; algumas canções natalinas: Sino de Natal, É meia-noite e Noite Feliz. E, por último, o samba-canção Como é grande o meu amor por você, de Roberto Carlos.

Instrumentos? Teclado, atabaque, chocalho e campainhas, a simular sons de sinos.

Quantas lembranças essas canções evocaram àqueles corações sofridos!

Muitos deles trabalharam, constituíram famílias, sonharam e muito lutaram. Ao final da vida, o abandono dos seus, a solidão. Ali remoem lembranças doces ou amargas, no dia a dia. Têm quase tudo, pois lhes falta o carinho dos entes que amam, por ingratidão ou impossibilidade de mantê-los em suas companhias. Que Deus abençoe as mãos que os acolhem, carinhosas, ternas!

Naqueles momentos em que a música envolve seus corações e mentes, as tristezas e amarguras ficam esquecidas. Sonham e cantam. Recordam o lado bom das próprias vidas.

Na música ABC do sertão, uma das senhoras batia vigorosa e ritmadamente suas mãos.

Está aí uma nordestina, pensamos. Confirmou-nos ela que é pernambucana. E, ao final, revelou-se verdadeira pé-de-valsa, a bailar pelo salão.

Nossas almas enternecidas receberam belos presentes, ouvindo o coral e vendo as reações nas faces dos internos, muitos com limitações físicas ou mentais que os impediam de aplaudir com as mãos. Mas aplaudiam com o rosto iluminado pelos olhares que recuperaram naquela manhã a vivacidade, a alegria, o brilho, a reviver suas histórias e passagens de suas vidas!

 

 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita