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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 386 - 26 de Outubro de 2014

ARTHUR BERNARDES DE OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
Guarani, MG (Brasil)

 
 

O mau humor 


Vimos em uma de nossas conversas anteriores que, ao desembarcarmos aqui para uma nova experiência encarnatória, trazemos entre outras coisas que constituem a nossa tarefa (missão, podemos dizer) três compromissos básicos: 1) compromisso com nós próprios; 2) compromisso com o próximo; 3) compromisso com o planeta, nossa casa, nossa escola, nosso hospital.

O compromisso com o planeta é óbvio. Implica respeitar suas águas, suas florestas, sua fisionomia, suas energias etc. Não podemos matar os rios, porque também estaremos matando os peixes, um dos mais saudáveis e importantes alimentos de nossa culinária.

O compromisso com o próximo, embora não muito evidente, também é fundamental. É desse convívio com aqueles que Deus pôs no nosso caminho que vamos crescer e evoluir. Não importa quem eles são; de que matéria são feitos. São eles a matéria-prima sobre a qual vamos desenvolver o nosso trabalho, aprendendo a ser mais humildes, mais solidários, mais fraternos enfim.  Às vezes essa convivência com o próximo é muito difícil. Não importa: é o de que precisamos segundo o que pensam os que nos prepararam a descida.

O compromisso com nós próprios é que exige cuidado e atenção permanentes. Nosso corpo é a ferramenta que Deus nos deu para essa admirável travessia. Alguns se queixam do fígado, outros do intestino, outros da coluna (minha mulher não deixa de reclamar da coluna nem um só dia de sua vida). É isso mesmo: esses problemas também fazem parte do nosso quite encarnatório.

O compromisso com nós próprios exige respeito às leis da alimentação, da higiene, do convívio social, do trabalho e com os exercícios que nos mantêm robustos e sadios.

Um dos cuidados mais importantes que nós gostaríamos de discutir com vocês é o que se refere às pequenas ou grandes complicações que nos levam a leve ou a sério descontrole emocional, prejudicando demais a nossa saúde e trazendo sofrimento àqueles que estão à nossa volta.

Queremos falar do mau humor, essa praga que nos assalta várias vezes na vida.

Dr. José Antônio Amaral, pesquisador do Hospital das Clínicas de São Paulo, diz que episódios de mau humor ou irritabilidade eventualmente ocorrem até várias vezes no mesmo dia. (O trânsito, a saúde, a segurança, a burocracia, o preço e a qualidade dos alimentos, o mau funcionamento do telefone, as filas de toda ordem etc. etc.) Diz que é natural ter diferentes tipos de emoções como tristeza, alegria e ansiedade. Não podemos é deixar que nos controlem.

O mau humor pode até ser perigoso.

Enquanto cientistas sabem que pessoas cronicamente irritadas são mais propensas a desenvolver doenças do coração; um estudo feito em 1995 por pesquisadores da Universidade de Harvard, com mais de 1600 vítimas de ataque cardíaco, descobriu que um único episódio de raiva duplica a possibilidade de uma crise cardíaca nas duas horas seguintes.

Assim, dominar o humor pode ser uma questão de vida ou de morte.

Para combater o mau humor, os especialistas recomendam-nos sete ações:


1. Identificar o problema. (Visita inesperada, problema financeiro, aborrecimento no trabalho, problema com o filho etc.)


2.  Respeitar o seu ritmo: comer como está habituado, trabalhar como de costume etc. A temperatura do corpo varia durante as 24 horas do dia: a mais elevada verifica-se pela manhã; a mais baixa, depois do almoço, e à noite.


3.  Dormir o suficiente: nem mais nem menos.


4.  Manter contacto com a natureza.


5. Movimentar-se: exercícios físicos; caminhada de 30 minutos, natação, hidromassagem. (Liberação de betaendorfina, que também participa da regulação do humor.)


6. Alimentar-se de forma correta e beber de 6 a 8 copos de líquido por dia.


7.   Cultivar o otimismo.


 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita