Divaldo Franco
de volta ao
Rio Grande do
Sul
No período de 15
a 19 de outubro,
o orador
realizou novo
ciclo de
conferências em
cinco cidades
gaúchas
O nobre
conferencista e
médium Divaldo
Franco,
incansável,
sempre bem
humorado, elegeu
o próximo como
meta de amor.
Levando a
mensagem de
Jesus a todos os
lugares, viaja
constantemente
semana após
semana, sem
descanso entre
um e outro
destino.
Recentemente
esteve no Rio
Grande do Sul
para atender aos
convites
formulados,
proferindo
palestras ou
minisseminários
em cinco cidades
no período de 15
a 19 de outubro.
Viamão, Rio
Grande, Santa
Maria, Novo
Hamburgo e
Torres, as
cidades
visitadas.
|
Na noite do dia
15 participou do
4º Encontro
Municipal
Espírita de
Viamão,
proferindo o
minisseminário
Reencarnação
e Vida, no
Colégio Marista
Graças.
Recepcionando o
ilustre orador
estavam
presentes a
presidente da
Federação
Espírita do Rio
Grande do Sul (FERGS),
Maria Elisabeth
da Silva
Barbieri; a
presi-dente da
União Municipal
Espírita
de
|
Viamão, Liane
Matzenbacher; e
o presidente da
12ª Região/FERGS,
Luiz Carlos
Pereira. |
Divaldo Franco,
apresentando o
pensamento
filosófico/religioso
no mundo
ocidental,
traçou um perfil
do conhecimento
humano,
evidenciando as
diversas
correntes
experimentadas,
caracterizando
avanços e recuos
sobre o tema em
evidência, bem
como as
tendências
materialistas e
espiritualistas
esposadas por
alguns
pensadores. O
saber científico
do homem é
fenomenal,
alcançou
fronteiras
inimagináveis,
porém, ainda não
logrou
desenvolver o
campo
ético/moral, o
que lhe
facultaria
encontrar o
sentido
psicológico da
vida, o amor.
Aprofundando o
assunto
reencarnação,
Divaldo
apresentou
alguns
ensinamentos e
mensagens do
Cristo,
evidenciando o
fato, destacando
que Jesus falou
e ensinou sobre
a reencarnação.
Depois que o
Imperador
Justiniano
declarou a
reencarnação
como uma
doutrina
herética, de
forma
subliminar,
atendendo aos
impositivos de
sua esposa
Teodora, o
mundo cristão
viveu até o
século XIX
negando a
reencarnação.
Código Penal da
Vida Futura
Com o advento da
Doutrina
Espírita, a
reencarnação
voltou a ser
estudada e
melhor
compreendida.
Vários
pesquisadores
modernos,
orientais e
ocidentais,
através de
estudos sérios,
com pesquisas
fundamentadas,
estão
comprovando a
reencarnação
como um fato
real, palpável.
Crer é relativo,
saber é
definitivo. Na
medida em que o
homem avança em
conhecimento e
na observação
dos fatos, vai
transitando da
crença para o
saber, em todos
os aspectos da
vida, quer na
matéria, quanto
fora dela. A
vida possui uma
predestinação: a
perfeição. As
provas e as
expiações são
momentos de
construção dessa
perfeição a ser
alcançada. A
expiação
proporciona a
reflexão
profunda, já o
sofrimento é
inerente às
imperfeições. O
orador destacou
do Código
Penal da Vida
Futura, em O
Céu e o Inferno,
as fases pelas
quais deve
passar a
criatura humana
na viagem em
busca da
plenitude, da
felicidade. São
elas: o
arrependimento,
quando o
indivíduo
conscientiza-se
sobre os seus
equívocos; a
expiação que
se caracteriza
por sofrer a
ação das leis
divinas, nesta
fase experimenta
angústia; e a
reparação,
ou seja, o
reabilitar-se,
reparando o mal
praticado.
Sempre com um
toque de humor,
Divaldo
apresentou
alguns casos de
reencarnação
trazidos a lume
pelos
pesquisadores, e
por ele mesmo,
ao narrar fatos
sobre sua
própria família.
Somente a
reencarnação
pode responder e
dar compreensão
aos efeitos
evidentes
encontrados no
ser humano,
ensejando à
criatura se
reabilitar
perante a
consciência
cósmica. É
dever de todo
ser humano
desenvolver os
sentimentos, o
comportamento
ético/moral.
Todos se
encontram na
Terra para
desenvolver o
amor, para viver
a proposta de
Jesus, dando à
vida o
significado do
amor. Nunca
permitas que
alguém saia de
perto de ti sem
que leve algo de
bom, ensina
a benfeitora
Joanna de
Ângelis.
Finalizando
sentenciou:
Temos muito o
que agradecer e
pouca a pedir.
A segunda etapa
da viagem foi
Rio Grande
Após uma viagem
de automóvel,
desde Porto
Alegre, e sob
forte chuva
torrencial,
Divaldo Franco
chegou no dia 16
de outubro a Rio
Grande para
atender
compromisso
doutrinário a
convite da União
Espírita de Rio
Grande - UERG.
Acompanhado pela
Equipe do Livro
Divaldo Franco,
composta por
voluntários, e
mais um grupo de
amigos de São
Paulo e do
Paraná, todos
foram
calorosamente
recepcionados
pelos
anfitriões.
Antes da
conferência o
Arauto do
Evangelho e da
Paz
participou de
uma entrevista
coletiva para o
Programa
Consciência
Espírita, da
Rede Cidade/Rio
Grande, e para a
Rádio Minuano.
Nessa coletiva,
Divaldo
respondeu sobre
as experiências
acumuladas nas
viagens
internacionais,
traçando uma
análise do
movimento
espírita,
notadamente
|
|
no Continente
Europeu. |
|
A Doutrina
Espírita é uma
doutrina de
respostas,
propicia um
descortinar de
conhecimentos
que ensejam o
despertar da
criatura humana
para a sua
realidade
espiritual. É
uma doutrina que
não possui
símbolos de
qualquer
natureza. A
identificação do
espírita é o seu
caráter moral. O
entrevistado
afirmou que o
mal é divulgado
muito mais do
que o bem,
passando uma
falsa ideia de
que o mal é
predominante. A
bondade na face
da Terra é
enorme, com
vários exemplos,
ações nobres que
passam quase
despercebidas.
Se cada ser
humano lutar
para poder se
tornar melhor,
mais pacífico,
amoroso, a
humanidade será
mais solidária e
pacífica.
Respondeu,
também, sobre os
conflitos
bélicos no
Oriente Médio,
sobre as
agressões ao
feto, quer pelo
aborto, quer
pelo desejo de a
mãe rejeitar seu
filho. Discorreu
sobre a
imortalidade da
alma, o trabalho
de Allan Kardec
e de outros
pesquisadores do
passado e
atuais,
comprovando a
sobrevivência do
Espírito. A
transição
planetária
encontra-se em
marcha e
Espíritos Nobres
estão se
reencarnando no
orbe terrestre,
acelerando a
evolução moral.
Com relação às
eleições, que
ora o Brasil
experimenta,
disse que os
Benfeitores
Espirituais
inspiram os
políticos, mas
não interferem
em suas
decisões. Cabe
ao eleitor
escolher para
representá-lo as
pessoas nobres,
dignas.
Salientou que
todos podem
fazer preces em
favor dos
políticos e da
situação
sócio/moral.
Orar ao bem. As
pesquisas
interplanetárias,
com suas
incursões em
buscas de vida
em outros
planetas são
válidas, tanto
quanto a visita
à Terra de seres
de outros
planetas. Vale a
pena amar, é
relevante amar.
Ame! Não espere
ser amado, ame!
A depressão e
suas nuanças
|
A conferência
realizada no
Ginásio do
Ipiranga
Atlético Clube
atraiu cerca de
duas mil pessoas
– outras tantas
não puderam
entrar devido a
superlotação –
para ouvirem
Divaldo falar
sobre a pandemia
deste século: a
depressão, que,
segundo a
Organização
Mundial de
Saúde, atinge
trezentos e
oitenta milhões
de pessoas. Há
uma estimativa
de mais outros
duzentos e vinte
milhões de
depressivos
ainda não
diagnosticados.
Compuseram a
mesa diretiva,
juntamente com
Divaldo Franco,
o Presidente da
UERG, Miguel
Ângelo Barroso e
o Presidente do
Conselho
Regional
Espírita – 5ª
Região/FERGS,
José Roberto
Lima Dias.
|
O Embaixador
da Paz e da
Bondade,
Divaldo Franco,
historiou a
incidência da
depressão no
seio da
humanidade,
desde os tempos
bíblicos, na
Índia, na
Grécia, passando
pelos estudos
realizados a
partir do Século
XIII, e no
período da Idade
Média, entre os
séculos V e XV.
Ainda no Século
XIII a Igreja
Católica
declarou que a
melancolia era
um pecado
capital. Somente
por volta do
Século XVIII é
que a
melancolia,
assim era
conhecida a
depressão, foi
diagnosticada
como resultante
de distúrbios
neuronais. |
O avanço da
ciência médica e
psíquica, e o
surgimento dos
equipamentos
utilizados para
exames, sempre
mais apurados,
facultaram o
conhecimento do
cérebro humano e
sua rede
neuronal, bem
como as
substâncias ali
produzidas,
cerca de
sessenta e
cinco, as causas
endógenas e
exógenas. O
depressivo perde
a alegria de
viver e
necessita de
auxílio
médico/psicológico.
Divaldo destacou
as contribuições
da Doutrina
Espírita em
favor do ser
humano,
inclusive aos
depressivos.
A Organização
Mundial da Saúde
estima que no
ano de 2025, a
primeira causa
de mortes será a
depressão,
através do
suicídio. A
saúde mental e a
saúde emocional
dão ao homem a
alegria de
viver. A solução
para alcançar a
felicidade é o
amor. O
Espiritismo
chegou para
repetir as
lições de Jesus.
Lições de amor,
de humildade, de
solidariedade. É
Jesus de volta
falando
docilmente:
Amai-vos!
Guardar mágoas
leva o ser
humano a
experimentar a
depressão. A
oração, ser
gentil,
solidário,
caridoso são
ações benéficas
em favor da
saúde mental dos
indivíduos. Após
essa bela aula
sobre a
depressão e sua
incidência, e
utilizando-se de
pitadas de
humor, Divaldo
cativou o
público
prendendo-lhe a
atenção durante
a conferência.
Santa Maria foi
o destino
seguinte
Vencendo a
distância
rodoviária entre
Rio Grande e
Santa Maria, sob
chuva e vento
forte, Divaldo
Franco chegou ao
destino no
início da tarde
do dia 17 de
outubro. Após
cumprir seus
compromissos
particulares,
como atender à
correspondência
eletrônica de
vulto, o
Professor
Divaldo Franco
já se encontrava
no Ginásio de
Esporte do
Regimento Mallet,
às 18h30min,
para atender o
enorme público
presente.
Tão logo chegou,
concedeu
entrevista para
a União
Municipal
Espírita de
Santa Maria,
promotora do
evento,
abordando
assuntos sobre a
juventude e o
seu compromisso
ante a evolução,
bem como sua
postura frente
aos apelos do
mundo, em
consequência do
passado de cada
um. Outros
tópicos foram, a
divulgação da
Doutrina
Espírita, e o
Brasil como
Pátria do
Evangelho.
O Grupo Musical
Arte e Luz
abrilhantou com
suas
apresentações,
preparando o
ambiente com
belas
interpretações
musicais,
elevando o
padrão
vibratório da
assistência.
Representando o
Poder
Legislativo do
Município, o
Vereador Paulo
Denardin
entregou a
Divaldo Franco o
Diploma de
Visitante
Ilustre de Santa
Maria.
Estiveram
presentes Cezar
Augusto Schirmer,
Prefeito do
Município, e o
Oficial
|
|
Vereador Paulo Denardim entrega Diploma de Visitante Ilustre de Santa Maria |
|
|
|
|
representante
do
Comandante
do
Regimento
Mallet.
|
Para falar sobre
a felicidade, o
orador de Feira
de Santana/BA,
Divaldo Franco,
narrou a
comovente
história de
Thadeu Merlin,
que quando
doutorando de
medicina, na
Universidade de
Los Angeles, na
Califórnia,
Estados Unidos
da América,
defendia
veementemente a
eutanásia. Porém
sua vida mudou,
ainda como
estudante de
medicina, ao
atender uma
parturiente em
dificuldades, em
um dia de
terrível
tempestade em
Los Angeles.
Após o parto
difícil, e
examinando o
menino,
constatou um
defeito
congênito em um
de seus pés, era
virado para
dentro.
Lembrou-se de
sua convicção
sobre a
eutanásia, iria
aplicá-la. No
entanto algo lhe
falou mais alto
em sua
consciência,
desistiu,
preparou-se e
voltou ao
Hospital de
Clínicas da
Universidade.
O caso T. J.
Müller
Os anos se
passaram e o
médico pediatra
Thadeu Merlin,
bem sucedido,
enfrentou uma
problemática com
sua neta,
portadora de um
vírus incurável.
Recorreu aos
melhores
especialistas,
com diagnósticos
de morte
dolorosa,
recomendando-lhe,
alguns, a
eutanásia.
Negou-se e foi
buscar mais
recursos,
encontrando um
jovem médico que
vinha
pesquisando o
vírus mortal há
uns dez anos.
Foi ter com ele.
Era um lugar
pobre,
instalações
precárias. Nesse
cenário Thadeu
Merlin submeteu
sua neta a mais
um diagnóstico,
confirmando os
anteriores. Sua
neta Bárbara
iria morrer.
Aquele jovem
médico
informou-lhe que
não havia ainda
aplicado sua
vacina em seres
humanos e que
não garantiria
nenhum
resultado. Tanto
poderia ser
positivo, quanto
negativo. O Dr.
Thadeu Merlin
autorizou os
procedimentos
que se iniciaram
de imediato.
Nesse ínterim,
Thadeu Merlin
notou que aquele
jovem médico
possuía uma
deformidade em
um dos pés.
Surpreso, e
sendo notado, o
jovem médico T.
J. Müller
disse-lhe que
era congênita a
sua deformidade
e que naquele
lugar todos
possuíam um
defeito físico.
Enquanto Bárbara
era submetida ao
tratamento
prévio, Thadeu
Merlin
identificou,
pelo diálogo, o
menino que anos
antes havia
auxiliado a
nascer. Assim
Thadeu Johan
Müller, salvo em
seu nascimento,
estava salvando
a neta estimada
do Dr. Merlin,
que
experimentava
grande
felicidade, por
sua neta
recuperada e
pelo gesto que
não praticou no
passado.
Para interpretar
a felicidade os
filósofos se
aplicaram a
desenvolver
diversas
conceituações.
Divaldo Franco
apresentou o
pensamento de
vários filósofos
sobre a
felicidade,
aditando que a
Doutrina
Espírita nos
leva à
felicidade, a
felicidade
plena, pois que
propicia o
desenvolvimento
da fé
raciocinada, a
crença na
imortalidade, na
lei de justiça,
de amor e de
caridade. Para
que o homem
sinta-se feliz é
necessário que
ele faça todo o
bem que estiver
ao seu alcance,
que desenvolva
uma autoanálise,
conhecendo-se em
maior
profundidade,
sabedor de suas
possibilidades
como filho de
Deus.
A quarta cidade
visitada foi
Novo Hamburgo
Divaldo Franco,
uma legenda do
Movimento
Espírita
nacional e
internacional,
seguindo uma
disciplina
rígida, cumpre
seus
compromissos de
forma magistral,
sacrificando
horas de repouso
para estar
antecipadamente
nos eventos,
atendendo as
pessoas que o
procuram para um
cumprimento, uma
|
|
palavra
de
estímulo,
concedendo
autógrafos.
O
moderno
e
confortável
Teatro
da
Universidade FEEVALE recebeu
a presença de
mil e oitocentas
pessoas que
assistiram, no
dia 18 de
outubro, ao
minisseminário
Psicologia do
Perdão.
Compuseram a
mesa diretiva,
juntamente com
Divaldo Franco,
o Presidente do
Centro Espírita
A Caminho da
Luz, João
Batista Ribeiro,
e o
representante do
Centro Espírita
Fé, Luz e
Caridade, Jorge
Machado. Estas
duas
Instituições
Espíritas
homenagearam
Divaldo Franco,
presenteando-o
com pratos de
parede.
|
Baseado no livro
The
Sunflower,
de Simon
Wiesenthal,
sobrevivente de
vários campos de
concentração
nazistas,
notadamente no
de Mauthausen
durante a
Segunda Guerra
Mundial, e de
onde foi
libertado,
Divaldo narra um
episódio
emocionante. O
soldado das
tropas SS, Karl
Silberbauer, em
seu leito de
morte, após
ferimentos
recebidos,
solicitou a
presença de um
judeu. Simon
Wiesenthal foi o
escolhido. Na
presença de
Karl, Simon
recebe dele,
após indagar se
realmente era
Judeu, um pedido
de perdão pelos
crimes e
atrocidades
cometidos.
A família de
Simon havia sido
destroçada pelos
nazistas. Ele
escutou o pedido
de perdão, e sem
responder deixou
o local. Visando
provocar uma
reflexão em cada
presente,
Divaldo
perguntou: Você
perdoaria? Se o
fato tivesse
acontecido com
você, perdoaria?
Com essa
introdução, o
Embaixador da
Paz no Mundo,
passou a
discorrer sobre
o perdão, seus
benefícios e
características
alinhadas por
diversos
pensadores e
filósofos. O
medo, a ira e o
amor, três
emoções básicas
experimentadas
pelo ser humano,
foram abordadas
nos seus
aspectos
fisiológicos e
psicológicos.
O perdão, disse
o orador por
excelência,
exige o não
ressentimento e
para se
alcança-lo é
necessário
realizar um
treinamento para
perdoar. Todo o
crime merece
repúdio, porém,
não se deve ser
contra o
criminoso, esse
merece
compaixão.
Paralelo à
Primeira Guerra
Mundial,
aconteceu a
guerra entre
turcos e
armênios, no
período de 1915
a 1917. Como em
toda a guerra a
barbárie foi
soberana. A
Armênia invadida
pelos turcos viu
se povo ser
dizimado. Não
foi diferente
para uma família
modesta.
Invadida a casa,
os soldados
turcos mataram,
de imediato, os
pais de duas
jovens. A mais
moça, quase uma
criança, foi
entregue aos
soldados que a
estupraram até a
morte, a outra,
um pouco mais
velha, foi
transformada em
escrava sexual
do comandante
daquela tropa.
Terminada a
guerra, e tendo
conseguido se
evadir, a agora
ex-escrava
diplomou-se em
enfermagem na
Turquia. Por
volta dos anos
de 1926/1927, um
homem
hospitalizado,
coberto de
úlceras
putrefatas e
agonizante
necessitava de
cuidados
especiais,
estava morrendo.
A enfermeira
armênia aceitou
cuidar daquele
enfermo
terminal.
Dedicou-se
inteiramente,
devotadamente,
devolvendo-lhe a
saúde. Quando
recebeu alta,
agradeceu ao
diretor médico
pelos cuidados
que tivera
recebido. No
entanto o
diretor
disse-lhe que os
méritos eram
daquela dedicada
enfermeira.
O perdão e seus
benéficos
efeitos
Agradeceu-a, e
por que notara
um sotaque,
indagou de que
país ela
procedia.
Informou que era
da Armênia. Ela
deu-se a
conhecer e ele,
admirado e
estupefato sobre
o gesto
extremado de
amor, indagou se
o havia
reconhecido como
seu algoz e por
que o deixou
viver. A
resposta foi
positiva e que
havia, sim,
razões para
cuidar dele.
Como se tornara
cristã, não
poderia
prejudicar
ninguém, nem
mesmo um bárbaro
algoz, como ele
fora, atendendo
o ensinamento de
Jesus, o de amar
os inimigos. Ela
o havia
perdoado,
apertaram-se as
mãos. Você seria
capaz de
perdoar? –
indagou Divaldo
Franco.
Apresentando
estudos
realizados por
neurocientistas
e pesquisadores
diversos,
Divaldo expôs os
benefícios do
perdão e do
autoperdão. É
necessário,
frisou, conjugar
o verbo amar.
Todos os que se
encontram na
Terra precisam
desenvolver o
sentimento, a
emoção amor. Ao
exercer o perdão
a criatura
humana está
desenvolvendo a
generosidade. A
beleza salvará o
mundo, nas
palavras de
Dostoievski. O
erro é uma
metodologia que
ensina o que não
se deve fazer.
Dê-se o direito
de errar, porém,
não se permita
permanecer no
erro.
Reabilite-se!
Ensinou o arauto
do evangelho e
da paz. A
reabilitação, se
possível, deve
ser com a pessoa
ofendida. Se não
for possível,
reabilite-se
fazendo o bem a
outrem.
O perdão é
psicoterapêutico.
Não se deve
devolver o
ressentimento,
antes de tudo
compreenda que o
ofensor é alguém
necessitado de
amor. O perdão,
disse o
conferencista,
precisa ser
treinado,
exercitado, tal
qual o amor,
desde a
elaboração
mental até o ato
de perdoar.
Alguns
cientistas estão
estudando a
existência de
uma memória
extracerebral.
Vários casos
pesquisados
denotam e
existência dessa
memória. Já a
Doutrina
Espírita
confirma a
memória
extracerebral
através da
reencarnação. A
reencarnação é a
chave para
explicar a
miséria humana,
seja moral ou
material.
Explica, também,
o conhecimento
que possuem os
gênios precoces,
expoentes em
várias áreas do
conhecimento
humano.
Reabilitar-se é
o dever de cada
um, fazendo todo
o bem possível,
exercendo o
amor, o perdão,
orando antes e
depois de uma
atividade, pela
manhã e pela
noite. Cada
criatura humana
deve se preparar
para colocar em
prática no seu
dia-a-dia o
Sermão da
Montanha. Que o
amor seja a meta
a ser alcançada.
Desejar ser
amado denota,
ainda, ser uma
criança
psicológica.
Todos estão na
Terra para amar.
Exerça o perdão,
exerça a
generosidade,
recomendou o
nobre
conferencista. A
missão do homem
na Terra é amar.
O erro é uma
metodologia que
ensina o que não
se deve fazer. É
necessário o
autoperdão,
reconhecer que
errou,
reabilitar-se
perante a Lei
Divina. Cada
indivíduo possui
o direito de
errar, mas não
de permanecer no
erro. Reserve
alguns minutos
para a
transcendência,
conforme ensina
Elisabeth Lukas,
psicóloga
austríaca.
Reserve alguns
minutos para o
exame de
consciência. O
ser humano foi
criado para a
plenitude,
reabilite-se,
não fique
atrelado ao
passado,
sinta-se livre
para bem
conviver.
Os grupos
musicais do
Centro Espírita
Fé, Luz e
Caridade e o
Ciranda,
Cirandinha
abrilhantaram o
evento,
arrancando
calorosos
aplausos. No
final, todos
juntos cantaram
a canção Paz
pela Paz, de
Nando Cordel.
A conclusão do
ciclo deu-se em
Torres
No dia 19 de
outubro, dentro
da programação
da XVIII Semana
Espírita de
Torres,
promovida pela
União Municipal
Espírita – UME,
o orador e
médium espírita
Divaldo Pereira
Franco encerrou
o evento com o
minisseminário
Terapia do
Perdão. O local
foi o auditório
do Centro de
Convenções
ULBRA-Torres,
que ficou lotado
com novecentas
pessoas.
Compuseram
|
|
a mesa
diretiva
Miguel
de Jesus
Sardano,
Dirigente
da EBM
Editora,
Francisco
Ferraz,
conferencista
do
Paraná,
Marco
Lameira,
Presidente
da
UME-Torres
e
Divaldo
Pereira
Franco.
Os
momentos
iniciais
foram
protagonizados
pelo
Grupo de
Canto da
Sociedade
Espírita
Bezerra
de
Menezes,
de
Torres,
composto
pelos
integrantes
do
Departamento
da
Infância
e
Juventude,
cuja
apresentação
recebeu
fortes
aplausos. |
A partir do
século XVII, com
o advento da
separação entre
a ciência e a
religião, a
criatura humana
começou a ser
estudada com
mais
profundidade no
seu aspecto
psicológico. O
conhecimento
oriental e o
ocidental
contribuíram
para que o homem
fosse melhor
caracterizado.
Divaldo
apresentou as
características
da criatura
humana segundo
renomados
estudiosos, como
Emilio Mira y
Lopes. A
primeira
característica é
a persona; a
segunda a
identificação; a
terceira o
conhecimento; a
quarta a
consciência de
si; a quinta
característica a
consciência
cósmica.
Desenvolvendo o
tema
consciência,
Divaldo
apresentou as
conclusões de
Peter Ouspensky
que classificou
o ser humano em
quatro níveis de
consciência. 1.
Consciência
de sono é o
primeiro nível.
Neste está a
grande maioria,
com raras
exceções. É o
estágio primário
na escala de
evolução. 2. O
segundo nível é
o de
consciência
desperta. A
criatura humana
alcança o
discernimento,
dá-se conta que
sua existência
tem um
significado
psicológico. 3.
Consciência
de si mesmo
é o terceiro
nível
estabelecido.
Neste nível o
autor apresenta
as funções da
máquina – o ser
humano. A
primeira função
é a
intelectiva.
A segunda é a
emocional.
Na ordem estão
as funções
instintiva,
motora e
sexual. A
sexta função é a
emotiva
superior e a
intelectiva
superior é a
sétima. Estas
funções devem
ser
administradas
por essa
consciência de
si mesmo. 4.
Peter
Ouspensky
denominou o
quarto nível
como o de
consciência
objetiva,
que Allan Kardec
chamou de
consciência
cósmica.
Educação moral,
familiar,
cultural,
emocional e
social,
impõem-se como
fundamentais.
Estamos
caminhando para
os níveis de
consciência
cósmica, frisou
o lúcido
conferencista.
A terapia do
perdão
encontra-se toda
em um enunciado
de Jesus: o
amor. Amar a
Deus, ao próximo
e a si mesmo.
Dois pedidos Ele
fez ao homem, a
nós, que nos
amassemos como
Ele nos amou. E
o segundo, que
não fizéssemos
aos outros o que
não desejamos
para nós. É
fundamental que
a criatura
humana
reabilite-se
perante as Leis
Divinas. Nas
relações
interpessoais o
exercício a ser
realizado é o da
tolerância para
com as
imperfeições
alheias, é ser
benevolente, é
perdoar e
autoperdoar-se.
Os estrategistas
militares do
segundo decênio
do Século XX,
afirmavam que a
Primeira Guerra
Mundial seria a
guerra que
terminaria com
todas as demais.
Equivocaram-se.
Os homens
continuaram a
entredevorarem-se.
O ocidente
contra o
oriente, e
vice-versa,
sendo que as
religiões foram
as que
mais incitaram e
motivaram os
conflitos
bélicos. O que
justifica as
guerras, disse
Divaldo, são os
níveis de
consciência em
que ainda se
encontra a
criatura humana.
Muito belicoso,
o ser humano
apresenta uma
disparidade
muito grande
entre o nível
intelectual e a
conduta
ético-moral.
O exemplo da
jovem armênia
Will Durant,
professor,
historiador e
escritor
norte-americano,
em sua obra A
História da
Civilização,
uma espécie de
biografia
detalhada da
civilização
ocidental,
afirma que na
história da
humanidade,
compreendendo um
período de seis
mil anos,
somente
trezentos anos,
de forma
intermitente, é
que a humanidade
viveu períodos
de paz, sem
guerras.
Concomitante à
Primeira Guerra
Mundial,
aconteceu a
guerra entre
turcos e
armênios, quando
a Turquia
dizimou um
milhão e
quinhentos mil
armênios por
questões
étnicas. Entre
tantos dramas, e
para ilustrar a
temática do
perdão, Divaldo
narrou a
história de uma
jovem armênia
que teve seus
pais mortos e
sua irmã, com
doze anos de
idade, jogada
aos soldados que
a violentaram,
matando-a. A
sobrevivente,
com quinze anos,
foi transformada
em escrava
sexual do
comandante
daquela tropa.
Decorrido algum
tempo,
esquálida, ela
conseguiu fugir.
Diplomou-se
posteriormente como
enfermeira. Por
volta do ano de
1926,
trabalhando em
um hospital
público em
Istambul/Turquia,
foi chamada para
cuidar de um
enfermo coberto
de úlceras
purulentas,
fétidas. Para
tal ela deveria
se internar com
o paciente,
seria por poucos
dias, ele iria
morrer em breve,
era o
diagnóstico.
Dedicada e
eficiente,
salvou-lhe a
vida,
restabelecendo-lhe
a saúde. Após
seis meses o
enfermo estava
deixando o
hospital. Foi
agradecer ao
diretor. Esse
lhe disse que o
mérito era da
enfermeira que
havia lhe
atendido naquele
período.
Durante o
tratamento a
enfermeira não
falava com o
paciente, com
raras exceções.
Agora, frente a
frente, os dois
trocaram algumas
palavras.
Identificaram-se,
o então oficial
que havia
assassinado seus
pais, jogado sua
irmã aos
soldados e
aquela que fora
sua escrava
sexual.
Perguntou se ela
o havia
reconhecido.
Como a resposta
foi positiva e o
reconhecimento
foi desde o
início, voltou a
perguntar por
que não o havia
matado, ou
simplesmente
deixado morrer,
corroído pelas
úlceras.
Se o fizesse,
respondeu, me
igualaria ao
algoz, e minha
consciência me
puniria
severamente, por
haver-me
rebaixado ao
nível daquela
sordidez. Como
se tornara
cristã, ao
conhecer Jesus
através do
Sermão da
Montanha, tomou
a si o dever de
amar até aos
inimigos, aos
que odeiam. Foi
o que fez.
Perdoou.
Apertaram-se as
mãos. Ela
liberta pelo
exercício do
amor, ele
aprisionado em
sua consciência.
Se fosse você,
perdoaria?
Indagou o
Professor
Divaldo, para
que uma reflexão
fosse feita.
O perdão é
terapêutico,
pois quem perdoa
vive mais e com
melhor qualidade
de vida. Na
psicologia do
perdão o
importante não é
esquecer, mas
não guardar
rancor, mágoas,
desejos de
vingança,
conectando-se
com as energias
maléficas. Não
tenha medo de
amar. Ame!
Reserve alguns
minutos para
meditar sobre si
e seus atos. Ter
uma
religiosidade é
muito
importante.
Alguns
psicoterapeutas
estão indicando
a leitura do
Evangelho de
Jesus. O perdão
sincero, a
prática do bem,
o exercício do
amor, produzem
substâncias
neuronais
salutares que
facultam ao
indivíduo uma
melhor saúde. Ao
contrário, o
cérebro produz
toxinas,
degradando a
saúde física e
emocional.
A missão de cada
indivíduo é
amar. É
necessário
desarmar-se para
poder amar. Não
tenha medo de
amar. Ame!
Indistintamente.
O sentimento a
ser nutrido pelo
ser humano é o
amor. O amor é a
solução para
todos os
problemas. Todos
envolvidos em
energias
benfazejas,
quase que
silenciosamente
foram
retirando-se,
meditando sobre
os conceitos ali
expostos.
Reconhecimento
Em todas as
cidades o
público, sempre
muito atento e
participativo,
tocado em seus
sentimentos e
emoções,
acompanhou
vivamente o
orador de escol,
interagindo em
todos os
momentos, quer
nos toques de
humor, quer nos
de emoção e
afetividade. Os
aplausos foram
intensos,
demorados, com o
público de pé,
retribuindo e
reconhecendo o
profícuo e
excelente
trabalho
apresentado.
Divaldo Franco
fala ao coração,
à razão e aos
sentimentos.
Nota do Autor:
As fotos que
ilustram esta
reportagem foram
feitas por Jorge
Moehlecke.
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