Pietro Ubaldi seria um
autor espírita?
Pietro Ubaldi (nascido
em 18 de Agosto de 1886
em Foligno, na Itália, e
desencarnado em 29 de
Fevereiro de 1972, aos
85 anos) foi um autor
italiano, que se fixou
no Brasil no início da
década de 50, e que
recebeu substancial
atenção por parte do
Movimento Espírita
Brasileiro. Suas obras
foram significativamente
difundidas no meio
espírita, tendo sido
publicadas, inclusive,
pela própria Federação
Espírita Brasileira (FEB).
(Trata-se de “A Grande
Síntese”, obra de 1932,
que a FEB publicou em
1939, traduzida ao
português por Guillon
Ribeiro.) De fato, a
comunidade espírita
representou, e ainda
representa nos dias
atuais, a majoritária
parte do público leitor
das obras de Pietro
Ubaldi.
O conteúdo da obra de
Pietro Ubaldi, que
abrange 24 livros, sua
metodologia de trabalho,
assim como sua atitude
perante as questões
espirituais, o Movimento
Espírita e a sociedade
em geral, constituem
materiais para análise
que fornecem subsídios
para nossa reflexão
visando responder a
pergunta título desse
artigo. Vejamos,
portanto, alguns tópicos
concernentes aos três
ângulos da questão:
1)
Pietro Ubaldi já era um
homem de meia-idade (45
anos), quando recebeu,
em princípio através de
sua mediunidade
intuitiva, a primeira
mensagem da entidade que
se denominou “Sua Voz”.
Segundo Doutor Bezerra
de Menezes, através da
mediunidade de Yvonne
Pereira, os médiuns mais
confiáveis, a priori,
seriam aqueles que
apresentaram sua
faculdade de forma
ostensiva desde a
primeira infância, pois,
nestes casos, tal tarefa
já teria sido planejada
e preparada muito antes
da atual encarnação.
Esse não é o caso de
Pietro Ubaldi. O
recebimento da sua
primeira mensagem de
origem espiritual
ocorreu no Natal de 1931
e a mensagem é
intitulada “Mensagem do
Natal”. Tal mensagem
seria incluída no livro
“Grandes Mensagens”.
Vejamos o primeiro
parágrafo de “Sua Voz”:
“No silêncio da Noite
Santa, escuta-me. Põe de
lado todo o saber e tuas
recordações; põe-te de
parte e esquece tudo.
Abandona-te à minha voz;
inerte, vazio, no nada;
no mais completo
silêncio do espaço e do
tempo. Neste vazio, ouve
minha voz que te diz -
ergue-te e fala: Sou
eu”.
Essas recomendações de
“Sua Voz” estão em clara
oposição com tudo o que
Allan Kardec e a
Doutrina Espírita nos
ensinam sobre a atitude
que o médium deve ter em
relação à mensagem
mediúnica.
A ordem “Põe de lado
todo o saber e tuas
recordações; põe-te de
parte e esquece tudo.
Abandona-te à minha voz”,
sugere fortemente que o
médium não deveria
utilizar de qualquer
tipo de avaliação
crítica em relação ao
conteúdo da mensagem a
ser recebida. Essa
recomendação é a
antítese da recomendação
que Emmanuel faz a Chico
Xavier, quando de sua
primeira aparição ao
médium de Pedro
Leopoldo: “Chico, se
algum dia, algo que eu
te disser estiver em
oposição a Jesus e a
Allan Kardec, você
deverá me deixar e ficar
com Jesus e Allan
Kardec”. O médium que
não submete o conteúdo
de origem mediúnica à
avaliação crítica está
muito predisposto à
fascinação, ou seja, a
hipervalorizar o
conteúdo da mensagem que
recebe, bem como a
evolução espiritual
do(s) Espírito(s)
comunicante(s).
Entretanto, esse tipo de
avaliação do conteúdo da
mensagem não era algo a
que Ubaldi estivesse
atento, uma vez que não
se considerava um
espírita militante, e,
portanto, não se sentia
comprometido com as
diretrizes kardecianas.
2)
A obra de Ubaldi tinha
um certo caráter
messiânico, não estando
sujeita a qualquer
avaliação,
principalmente no que
era atribuído à “Sua
Voz”, conforme o próprio
Ubaldi assevera no
prefácio da obra “A Nova
Civilização do Terceiro
Milênio”. Diz Ubaldi
sobre “A Grande
Síntese”:
“Este não é livro que se
possa retocar, corrigir,
cujo texto se possa
ampliar, enxertando-lhe
digressões, conceitos
novos. Nasceu de um
jato, em um dado momento
histórico, com
determinada função
social e espiritual,
através de particular
estado psicológico de
intuição. Condicionado
por esses elementos
especiais e
irreproduzíveis,
conservou-se
inalterável, como se
vasado em bronze,
inviolável e firme, qual
rochedo que desafia as
tempestades dos
séculos”.
Portanto, Ubaldi dá um
caráter de “texto
sagrado” à sua obra “A
Grande Síntese”, fazendo
dela uma espécie de
“palavra de Deus”, algo
que denota um misticismo
exagerado, tornando tal
livro algo que não
poderia ser questionado.
Lembra a visão fanática
de algumas religiões
cristãs em relação à
Bíblia e a interpretação
literal que tais grupos
religiosos apresentam em
relação aos textos
bíblicos. Ubaldi
mostra-se muito
contraditório, pois
considera seu trabalho
algo altamente
científico, mas age como
um religioso fanático,
sem nenhum tipo de
metodologia ou critério
de avaliação científica
do conteúdo recebido
intuitivamente. Nada
perto da avaliação
efetuada
sistematicamente por
Allan Kardec, incluindo
o “Controle Universal do
Ensino dos Espíritos”
proposto pela
Codificação. De fato, o
posicionamento de Ubaldi
é muito diferente da
postura de Allan Kardec,
que deixou claro que se,
em algum momento, a
ciência deixasse
evidente algum erro
conceitual no
Espiritismo, o movimento
espírita deveria deixar
esse conceito equivocado
e seguir com a Ciência.
Ubaldi considerava “A
Grande Síntese”
irretocável.
Há outras evidências de
que a atitude ubaldiana
difere do modus
operandi de Allan
Kardec. De fato, a
segunda edição (que se
tornou a edição
definitiva) de “O Livro
dos Espíritos” foi
amplamente revisada e
ampliada em relação à
primeira edição. Com “O
Livro dos Médiuns”
também é feita uma ampla
revisão para a segunda
edição, que também passa
a ser a versão
definitiva desta obra.
3)
O segundo
parágrafo da “Mensagem
de Natal” de autoria de
“Sua Voz” é o seguinte:
“Exulta pela minha
presença: grande bem ela
é para ti; grande prêmio
que duramente mereceste.
É aquele sinal que tanto
invocaste deste mundo
maior em que vivo e em
que tu creste. Não
perguntes meu nome; não
procures individuar-me.
Não poderias; ninguém o
poderia. Não tentes uma
inútil hipótese. Sabes
que sou sempre o mesmo”.
"Exulta pela minha
presença: grande bem ela
é para ti; grande prêmio
que duramente
mereceste...” também
denota sério perigo,
pois o Espírito
comunicante exalta tanto
a própria personalidade
assim como a
personalidade do médium.
Ele tanto se autoelogia
como elogia o médium.
Esse tipo de abordagem
vai se repetir em toda a
obra de Ubaldi.
Poderíamos reflexionar:
Nós observamos esse tipo
de comentário nos
Espíritos que orientaram
Kardec? E nos Espíritos
que orientaram Chico
Xavier? E nos Espíritos
que se comunicaram
através de Yvonne
Pereira? E nos Espíritos
que trouxeram mensagens
através de Divaldo
Franco? Obviamente, a
resposta para todos
esses outros médiuns é
não.
“É aquele sinal que
tanto invocaste deste
mundo maior em que vivo
e em que tu creste”.
Parece que Ubaldi
“invocava”
sistematicamente o
“mundo maior”, o que
também é percebido em
outras passagens. O
Professor Herculano
Pires diz: “Evoque uma
pedra, e ela atenderá”.
Quem evoca
excessivamente o mundo
espiritual, quer muito
obter uma mensagem e
tende a acreditar, sem
análise crítica, em tudo
o que está registrado na
referida mensagem. Chico
Xavier dizia: “O
telefone toca de lá para
cá”. Não devemos forçar
o intercâmbio
espiritual. A
comunicação que surge
com espontaneidade, pode
ser mais bem avaliada e
corre menos risco de
sofrer processos
anímico-mistificadores.
4)
Aparentemente,
Ubaldi começa a
acreditar que sua missão
é a maior de todas nos
últimos séculos. Algo
totalmente sem
precedentes, desde Jesus
e Francisco de Assis.
Passa, inclusive, a
acreditar ser a
reencarnação do
“Apóstolo Pedro”. De
fato, grande número de
discípulos de Ubaldi
considera que “Sua Voz”
é o próprio Jesus.
Vejamos o motivo em mais
uma mensagem obtida em
data que corresponde à
importante efeméride
católica:
Sua Voz diz na última
frase da “Mensagem do
Perdão” (2 de agosto de
1932, dia do Perdão da
Porciúncula de São
Francisco: “Porque eu
sou o Caminho, a Verdade
e a Vida”.
5)
A segunda
mensagem de Pietro
Ubaldi recebeu o
sugestivo título de
“Mensagem da
Ressurreição” que,
curiosamente, foi
recebida na páscoa de
1932. Parece que a
entidade comunicante,
não satisfeita em
utilizar expressões
católicas, somente atua
em dias santos e datas
festivas católicas.
Vejamos os parágrafos
sétimo e oitavo da
referida mensagem:
“A quem sofre eu digo:
‘Coragem! És um decaído
que na sombra
reconquista a grandeza
perdida’.
É a justa reação da Lei
que livremente
transgredistes e que
exige o retorno ao
equilíbrio; instrumento
de ascensão, a dor vos
aponta o caminho de que
fugistes; impõe-vos
reabrirdes vossa alma,
fechada pelas alegrias
fáceis que infelizmente
vos cegam, para que
alcanceis júbilos mais
altos e verdadeiros. A
dor é uma força que vos
constrange a refletir e
a buscar em vós mesmos a
verdade esquecida. É
imposição de um novo
progresso”.
À luz da Doutrina
Espírita, o conteúdo
agora fica completamente
comprometido. As
mensagens começam a
defender que quem sofre
é um Espírito “decaído”.
De fato, a chamada
“Queda Espiritual” vai
ser pregada em toda a
obra de Pietro Ubaldi.
Esse ponto chave está em
brutal oposição a toda a
obra da Codificação
Espírita, que combateu
sistematicamente as
ideias de “anjo
decaído”, “reencarnação
como castigo
(exclusivamente para
Espíritos falidos)”,
“regressão espiritual”,
“metempsicose” etc.
Se “Sua Voz” é Jesus ou
algum Espírito de
altíssima evolução, como
pode discordar tão
fortemente do que “A
Falange do Espírito de
Verdade” enunciou na
Codificação Kardeciana
sobre um princípio
básico da lei de Deus?!
6)
Ubaldi fica
arrasado quando suas
obras “A Grande Síntese”
e “Ascese Mística” são
colocadas no Index
Librorum Prohibitorum
da Igreja católica, em
1939. Cabe a pergunta:
Um espírita se
surpreenderia com isso,
em plena década de 30?!
E, o que é pior, um
espírita de fato ficaria
tão chocado com isso?
7)
Apesar de, a
priori, Ubaldi ter
afirmado que lera
algumas obras de Allan
Kardec, Ubaldi não as
lia com frequência e
muito menos outras obras
subsidiárias da Doutrina
Espírita. A única
exceção (em termos de
leitura, não de leitura
assídua) teria sido
“Brasil, Coração do
Mundo, Pátria do
Evangelho” (Humberto de
Campos/Francisco C.
Xavier). Além disso,
Ubaldi jamais se
considerou espírita, e
nunca frequentou com
assiduidade o Movimento
Espírita, jamais se
integrando ao Movimento
Espírita Brasileiro, por
mais que essas
oportunidades lhe fossem
sempre renovadas. De
fato, Ubaldi foi apoiado
por Espíritas, desde seu
tempo de Itália. Recebeu
cartas estimuladoras de
Ernesto Bozzano e
recebeu a visita de
Silvino Canuto Abreu,
que lhe informara que o
autor italiano usufruía
de grande número de
leitores entre os
espíritas brasileiros.
Ubaldi torna-se
correspondente de Clóvis
Tavares, que organiza
sua grande viagem ao
Brasil em 1951, na qual
Ubaldi profere muitas
conferências para um
público com grande
presença de espíritas.
Aos poucos, Ubaldi
percebe que seu público
é basicamente
constituído de espíritas
brasileiros, mas, mesmo
assim, não se
sensibiliza em procurar
uma maior integração com
o movimento. Portanto,
muitos espíritas haviam
escolhido ler Ubaldi,
apesar de Ubaldi não ter
escolhido ser espírita.
8)
No Brasil, Ubaldi
vive de sua
aposentadoria como
professor e dos direitos
autorais da sua obra.
Essa é realmente uma
informação chocante! A
obra de Ubaldi, em
princípio, de origem
mediúnica-inspirativa,
gerava dinheiro para o
próprio Ubaldi. Ora,
será que Ubaldi não
sabia que a mediunidade
com Jesus deve ser
exercida gratuitamente?!
Será que ele não sabia
que o trabalho
espiritual não deve
gerar dinheiro para os
seus agentes?! Será que
Ubaldi não sabia que “de
graça deve ser dado o
que de graça foi
recebido”?! E onde
estava “Sua Voz”, que
não o alertou?! Será que
ele, apesar de ter
visitado por duas vezes
Chico Xavier em Pedro
Leopoldo, não procurou
seguir o exemplo de
desapego e desinteresse
material do médium
mineiro?! Será que os
espíritas leitores de
Ubaldi achavam e acham
isso normal?! Consideram
essa atitude coerente
com a Doutrina
Espírita?! Não
procuraram alertar o
autor italiano quanto a
isso?!
9)
Apesar de
utilizar dos direitos
autorais de sua obra,
tais recursos não
cobriam 20% dos seus
gastos mensais. E Ubaldi
não conseguia cumprir
com seus compromissos
materiais por meio de
sua aposentadoria como
professor e dos direitos
autorais de sua obra
“espiritual”. Tanto que
em 1955 recebeu uma
ordem de despejo do
apartamento em que
residia em São
Vicente-SP. O problema
foi contornado porque
Benedito Zancanner doou
o dinheiro necessário
para comprar outro
apartamento semelhante
àquele em que morava. O
problema imediato foi
resolvido, mas Ubaldi
voltou a ter sérias
dificuldades financeiras
(mesmo tendo ganhado um
apartamento!) no biênio
1962-1963.
Surpreendentemente,
Ubaldi publica um “Apelo
ao Mundo”, pedindo
dinheiro a todos os seus
admiradores para que ele
conseguisse manter sua
família, e,
consequentemente, sua
obra não sofresse
solução de continuidade!
Definitivamente, o
trabalho espiritual de
Ubaldi era fonte direta
e indireta de renda para
a manutenção de sua
família.
Definitivamente, Ubaldi
não era um médium e/ou
autor espírita!
10)
No segundo
semestre de 1963, por
ocasião do Congresso
Espírita Pan-americano
(CEPA), em Buenos Aires,
Ubaldi, que nunca agiu
como espírita e nem se
considerou espírita,
envia uma carta aos
participantes do
Congresso arvorando-se
em reformador e
atualizador do
Espiritismo. Elabora
várias críticas duras ao
Espiritismo e oferece
sua obra para que o
Espiritismo não ficasse
em estado
“estacionário”. Sobre
sua própria obra, Ubaldi
não se contém, e se
autoelogia, como havia
aprendido com “Sua Voz”:
“Trata-se de uma teoria
obtida, que permite
caber dentro do
Espiritismo, porque
atingida por inspiração,
ou intuição, considerada
a mais alta forma de
mediunidade consciente,
controlada pela razão;
usada como verdadeiro
método de pesquisa”.
Em primeiro lugar,
Ubaldi não utilizou
nenhum tipo de controle
que pudesse ser tido
como “verdadeiro
método de pesquisa”.
Em segundo lugar, o
trabalho de Ubaldi
consiste em uma complexa
mistura daquilo que é
atribuído à “Sua Voz” e
aquilo que é do próprio
autor encarnado. Quando
ele diz “considerada a
mais alta forma de
mediunidade consciente”,
resta dizer por quem é
considerada, e quais as
evidências científicas
dessa opinião. Ubaldi
claramente tem interesse
em defender seu processo
mediúnico e destacá-lo
acima dos demais métodos
de obtenção mediúnica,
mas não demonstra
empregar quaisquer
métodos de controle,
pois sua obra, sobretudo
“A Grande Síntese” era
“irretocável”.
11)
Vale citar o
artigo do confrade
Alexandre Fontes da
Fonseca, que, como
professor-pesquisador de
Física e estudioso da
Doutrina Espírita, faz
uma análise crítica da
obra “A Grande Síntese”,
denominada “Um análise
científica de algumas
afirmações de ‘A Grande
Síntese’, a qual foi
publicada em ‘Jornal de
Estudos Espíritas’”.
Esse autor afirma o
seguinte, no resumo do
respectivo artigo:
“Afirmações científicas
contidas na obra ‘A
Grande Síntese’, de
Pietro Ubaldi, são
analisadas aqui com base
em conhecimentos atuais
da Ciência. O nível dos
erros científicos e de
interpretação dos
conceitos da Física
contrasta com a
pretensão do autor
espiritual de estar com
a verdade. Isso mostra
que a obra não tem valor
científico”.
Vale lembrar que, para
Pietro Ubaldi, a obra “A
Grande Síntese” não
seria obra sujeita a
qualquer tipo de
alteração. O que, por si
só, já não é postura
científica, ainda mais,
se considerarmos que
estudiosos têm
demonstrado erros
conceituais no corpo do
texto.
Os estudiosos que se
dispuserem a tentar ler
algo da obra de Pietro
Ubaldi perceberão uma
obra carente de
conteúdo, megalomaníaca,
egocêntrica e vaidosa.
Além de caráter
autobiográfico, o texto
de Ubaldi é prolixo, com
excessivas adjetivações,
em uma linguagem com
estilo grandiloquente,
que tenta convencer mais
pelas frases de impacto
e pelas repetições do
que propriamente pelas
suas informações.
Aparentemente, Pietro
Ubaldi era um indivíduo
que tinha realmente
interesse em questões
espirituais e
apresentava, de fato,
uma sinceridade nessa
busca. Entretanto,
somente essa
predisposição positiva
não foi suficiente para
realizar uma obra
consistente, em função
do despreparo para lidar
com o fenômeno mediúnico
e com a avaliação do
conteúdo da mensagem.
Crendo ser um
“Apóstolo”, sua vaidade,
suas tendências
católicas e sua
excessiva credulidade o
fizeram aceitar
fanaticamente o que a
sua intuição (ou “Sua
Voz”) lhe trazia.
A leitura da obra de
Ubaldi, dentro do amplo
universo do
Espiritualismo, poderia
trazer alguma coisa de
positivo para aqueles
que ainda estão buscando
familiaridade com temas
como reencarnação e
mediunidade. Entretanto,
tal obra, assim como seu
autor/médium encarnado,
não pode ser considerada
espírita e apresenta, à
luz da Doutrina
Espírita, diversos erros
conceituais e
metodológicos.