DIAMANTINO
L. RODRIGUES DE BÁRTOLO
bartolo.profuniv@mail.pt
Venade - Caminha, Viana
do Castelo
(Portugal)
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Pedagogia para
um
futuro de paz
É provável que
uma parte
significativa
dos conflitos
que chegam aos
tribunais, ou
aos campos de
guerra, possa
ser solucionada
através de
acordos,
consensos e
cedências
recíprocas,
desde que as
pessoas estejam
preparadas e
disponíveis para
o exercício de
uma nova
pedagogia (não
cognitiva) e de
uma nova justiça
(não punitiva),
justamente
através de um
relacionamento
leal,
responsavelmente
crítico e
generosamente
tolerante.
Reconhecendo-se
a
autoinsuficiência
para solucionar
as situações
conflituosas, ou
para contribuir
para um mundo
mais pacífico,
tal
circunstância
não invalida,
pelo contrário,
estimula para o
dever de dar um
singelo
contributo para
a minimização de
tão grave
problema e,
nesse sentido,
se aponta e
defende uma
estratégia
assente na
educação-formação
das pessoas, do
berço ao túmulo,
isto é, ao longo
de toda a vida.
Democratizar a
política para
uma cidadania
universal é uma
tarefa que
responsabiliza
os cidadãos em
geral e os
políticos em
particular.
Aceita,
institucionalizada
e implementada a
cidadania
universal entre
todas as nações
congregadas na
ONU –
Organização das
Nações Unidas,
acredita-se que
no decorrer do
presente século
seja possível
atenuar muitos
conflitos,
eliminar outros
e pacificar um
pouco mais o
mundo.
Educar e formar
os cidadãos,
qualquer que
seja a idade e
estatuto, para
desenvolverem
hábitos de
relações humanas
sadias,
sinceras, leais,
cúmplices e
recíprocas é uma
tarefa que se
impõe lançar nas
famílias, nas
escolas, nas
Igrejas, nas
demais
instituições,
nas associações
e empresas, em
todas as
comunidades e na
sociedade global
em geral, porque
qualquer
processo que
vise reconciliar
pessoas,
instituições e
nações só poderá
concluir-se com
êxito se os
intervenientes
souberem
relacionar-se de
igual para
igual.
Quaisquer que
sejam as
técnicas para a
comunicação e
relacionamento
interpessoais,
elas serão
ineficazes se as
relações
humanas, antes
de todas as
outras:
profissionais,
comerciais,
políticas,
religiosas,
entre outras,
não assentarem
em princípios de
transparência,
de verdade e de
respeito pelo
outro.
Impossibilitado
de vencer o
drama pelos
recursos
materiais de que
dispõe, o homem
crente volta-se,
esperançadamente,
para os valores
religiosos, nos
quais busca a
explicação para
as situações que
desconhece e o
atormentam e
também para
encontrar as
soluções para os
conflitos que
ele próprio
cria, alimenta,
mas nem sempre
sabe e/ou quer
resolver.
O grande
conflito, porém,
continua entre a
vida e a morte,
porque nascer,
viver e morrer é
o percurso
natural de todo
o ser humano,
tal como dos
outros seres que
habitam o mundo
conhecido. O
homem crente
acredita em
certos valores
religiosos,
muitos creem,
esperançadamente,
numa nova vida,
renascendo
depois da morte
física.
A educação
religiosa é, por
tudo isso, uma
das dimensões a
não ignorar,
eventualmente,
nem sequer a
mais
determinante, na
construção de
pessoas que se
pretendam
íntegras, que
possuam a
liberdade de se
autodeterminar,
com
responsabilidade
e generosidade,
para com os seus
semelhantes.
A preocupação
por uma educação
e formação
integrais deve
ser uma
constante em
todos aqueles
que, de alguma
forma e a um
qualquer nível
social, têm
responsabilidades
em preparar um
futuro de
equidade, de
conforto, de
paz, amor e
felicidade.
O mundo, cada
vez mais
profanizado,
precisa de Deus;
os homens não
podem viver e
não conseguem
resolver todos
os problemas à
margem da
Bondade e
Sabedoria
Divinas,
contudo, sem
radicalismos,
sem fanatismos;
a humanidade
será reduzida à
sua mais brutal
animalidade se
continuar a
rejeitar Deus.
O caminho
seguro, que
poderá conduzir
à pacificação do
mundo, tem de
passar por Deus,
e muitos seres
humanos sabem
que não há outra
alternativa.
Excluir Deus do
processo de
pacificação é
prosseguir o
caminho para a
destruição total
da humanidade.
Nunca como hoje
se sentiu tanto
esta necessidade
de se recorrer
aos Valores
Supremos.
O caminho para a
pacificação da
humanidade deve
ser percorrido
com competência,
seja nas
relações
interpessoais,
profissionais,
sociais,
religiosas, na
celebração dos
acordos a que se
chegar na
implementação
das medidas
consensualizadas
e na avaliação
dos resultados
dos projetos de
pacificação.
Os
intervenientes
devem estar de
espírito aberto,
acionar os
mecanismos de
empatia sincera,
serem
competentes na
realização das
tarefas, por
mais simples e,
aparentemente,
menos
importantes, que
possam parecer,
manifestarem-se
verdadeira e
moderadamente
otimistas. Os
valores
imprescritíveis
da
Solidariedade,
da Lealdade, da
Verdade, da
Confiabilidade,
da Abertura, da
Gratidão, da
Reciprocidade,
que conduzem a
uma Amizade pura
e inegociável,
devem, de ora em
diante, ser os
caminhos da
concórdia e
felicidade
humanas.
Uma pedagogia
mista –
cognitiva,
otimista, não
cognitiva –,
assente na Fé,
onde a teoria, a
prática e a
esperança sejam
os principais
eixos que
contribuam para
uma formação
sólida dos
alunos, dos
formandos –
entendidos nos
dois sentidos:
ora aprendendo,
ora ensinando –,
auxiliará na
busca de
soluções para
uma humanidade
menos
conflituosa.
Se cada
indivíduo
construir,
coerentemente, o
seu próprio
círculo, ou a
sua auréola de
bem-estar, de
valores,
princípios e
boas práticas,
certamente que
os círculos que
com ele se
interpenetram
vão se
beneficiar
destas
características.
A sabedoria e a
prudência,
alicerçadas na
Fé em Deus, são
seguramente a
chave para
muitos
conflitos, os
quais podem ser
resolvidos com
aquelas virtudes
– sabedoria e
prudência –,
mantendo a Fé
inabalável em
Deus e na Sua
misericórdia,
generosidade e
compreensão.
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