Como o
Espiritismo
entrou na sua
vida e qual a
sua importância
na sua presente
encarnação?
Tudo começou nos
meus 9 anos de
idade. Quando
uma vizinha deu
para minha mãe
um exemplar do
livro O
Evangelho
segundo o
Espiritismo,
de Allan Kardec,
eu registrei
aquele ato e
principalmente a
imagem de um
homem na capa.
Passaram-se 10
anos quando
minha namorada
da época, hoje
minha esposa, me
contava sobre o
Espiritismo e o
Centro Espírita.
Assim que ela
mencionou o nome
O Evangelho
segundo o
Espiritismo,
imediatamente
lembrei-me do
velho exemplar
no baú
empoeirado da
minha família,
resgatei o livro
e me dediquei ao
Estudo da
Doutrina, para
obter as
respostas que
buscava na
existência.
Quais as
atividades que
você desenvolve
no movimento
espírita
atualmente?
Atualmente, com
quase 35 anos,
que completo em
fevereiro de
2015, estou no
cargo de
presidente da
Instituição
Espírita Casa de
Preservação da
Vida, na Ilha do
Governador/RJ;
sou também
membro do Núcleo
Gestor do 17º
Conselho
Espírita de
Unificação do
CEERJ – Conselho
Espírita do
Estado do Rio de
Janeiro, na
região da
Leopoldina;
trabalho na Área
de Ações
Estratégicas,
bem como na Área
de Comunicação
Social do CEERJ,
além de membro
da Comissão
Diretora do
CEERJ. As
tarefas
descritas são
atividades
administrativas
no movimento
espírita do
Estado do Rio de
Janeiro, mas o
mais importante
é ter a
oportunidade de
ser tarefeiro de
Jesus a cada dia
e lutar
arduamente para
transformar o
homem velho com
seus vícios, que
ainda habita meu
ser, no homem
novo regenerado
do porvir.
Fale-nos um
pouco sobre a
Instituição
Espírita Casa de
Preservação da
Vida e a
proposta de
atuação da casa
em relação à
temática de
defesa da vida.
Em 1988, os
fundadores
iniciaram-se na
Doutrina
Espírita no
Centro Espírita
Ibirajara,
situado no
Andaraí. No ano
de 1990, no dia
5 de agosto,
eles fundaram a
Livraria
Espírita
Ibirajara, na
Ilha do
Governador, com
o objetivo de
fundar um
orfanato. No ano
seguinte, em
1991, chegou de
São Paulo o
irmão Nércio
Antonio Alves
para palestras
comemorativas do
1º aniversário
da Livraria
Espírita
Ibirajara e
propôs a mudança
de ideia de um
orfanato para
uma casa que
desse apoio a
gestantes, a
princípio,
solteiras, que
pensassem em
aborto. Assim
começou a
Campanha em
Defesa da Vida.
Em 1993 ocorreu
a fundação da
Instituição
Espírita Casa de
Preservação da
Vida, que
ocorreu em 5 de
agosto, tendo
sua sede numa
pequena sala na
estrada do
Galeão. Nós nos
capacitamos,
então, para o
atendimento às
gestantes. Na
época tínhamos
50 voluntários.
Em 2000
inauguramos a
sede na rua
Copiúva, 279 -
Jardim Carioca -
Ilha do
Governador,
junto com as
obras restantes,
onde
permanecemos até
hoje, sempre
prontos para
recebê-los como
mais um membro
dessa família.
A vida, como
bênção,
oportunidade,
tem sido
vilipendiada.
Que medidas o
espírita pode
adotar,
cotidianamente,
em relação ao
aborto, à pena
de morte, à
eutanásia e ao
suicídio?
As melhores
medidas – frente
a atos extremos
de ignorância,
de egoísmo e
orgulho, como o
aborto, a pena
de morte, a
eutanásia e o
suicídio – são
ações
alicerçadas na
intelectualidade
e na moralidade
cristã, em que a
vida seja vista
como uma grande
oportunidade
para o Espírito,
que se dinamiza
no processo
educativo divino
das encarnações.
Assim Deus
permite que
tenhamos “vida e
vida em
abundância”.
No estudo das 21
obras
fundamentais da
Doutrina
Espírita,
codificada por
Allan Kardec,
encontramos um
manancial
intelectual e
moral para
lutarmos e
valorizarmos a
vida. Assim,
toda a Campanha
em Defesa da
Vida será
balizada pelos
Espíritos
Superiores com a
liderança
extremamente
amorosa do
Cristo de Deus.
Quanto a nós,
somos os
soldados da
última hora.
Em relação aos
recentes
linchamentos
ocorridos, com
adesão explícita
nas redes
sociais, e esse
movimento de
ódio das
pessoas,
explícito nas
relações
sociais, de que
forma a Doutrina
Espírita pode
contribuir no
sentido do
chamado "Coração
do Mundo, Pátria
do Evangelho"?
Essa, digamos,
titulação
trazida por
Humberto de
Campo em sua
literatura é
muito
inspiradora para
nós filhos do
Brasil e
cidadãos do
mundo,
entretanto a
Doutrina
Espírita nos
elucida que a
transformação do
Espírito é
individual,
gradual e
costurada com
seu
livre-arbítrio.
Assim, a pátria
de vivência
cristã,
formadora de uma
sociedade
intelecto-moral,
acontecerá
quando cada um
dos Espíritos
encarnados e
desencarnados
conseguir romper
suas
cristalizações
inferiores e
viver o amor
para o qual o
Cristo nos
convida
diariamente.
Como se dá sua
atuação no
programa de
rádio mantido
pelo CEERJ?
Fale-nos sobre
sua experiência.
Esse trabalho na
Rádio Rio de
Janeiro, aos
domingos, das
10h às 10h25, no
programa
CEERJ em
Movimento
está sendo uma
grande
oportunidade de
representarmos a
federativa
espírita do Rio
de Janeiro (CEERJ)
em um canal de
comunicação de
grande
visibilidade e
também de
aprendermos com
os maravilhosos
irmãos e irmãs
que foram e são
entrevistados
por nós no
programa.
Um outro tema
que pauta sua
vivência
espírita é a
defesa do estudo
das obras de
Kardec in
natura. Fale-nos
um pouco desse
ativismo.
As 21 obras
fundamentais da
Doutrina
Espírita, devido
a fatores
históricos e
geográficos no
processo de
edição e
tradução, são
ainda pouco
estudadas no
movimento
espírita
unificado,
principalmente a
coleção da
Revista Espírita
organizada pelo
nosso
codificador
Allan Kardec,
que recebeu de
um dos maiores
estudiosos do
Espiritismo no
Brasil, o
ilustre
Herculano Pires,
o adjetivo de
“páginas de ouro
das Revistas
Espíritas”.
Somado a isto
temos
reconhecidamente
que o objetivo
doutrinário e
social dos
Centros
Espíritas
Unificados é
divulgar a
Doutrina
Espírita; por
isso somos
defensores que
as 21 obras
fundamentais da
Doutrina
Espírita sejam
estudadas
profundamente
nos Centros
Espíritas.
Kardec estaria
desatualizado?
Os livros da
codificação são
sagrados? O que
você acha dessas
ideias à luz da
fé raciocinada?
Conforme vamos
estudando,
juntamente com
outros irmãos e
irmãs de Centro
Espírita com
quem trabalhamos
e vivemos,
percebemos que
Allan Kardec é
sempre atual e
profundo, porque
codificou a
terceira
Revelação de
Deus, anunciada
pelo Cristo como
o Consolador
Prometido. Se
buscarmos a
origem histórica
de profano e de
sagrado, vamos
encontrar que
profano era tudo
que estava
ligado aos
vícios, ao
orgulho e ao
egoísmo humano e
sagrado era tudo
que vinha ou
deveria vir de
Deus. Assim as
21 obras
fundamentais da
Doutrina
Espírita
codificada por
Allan Kardec são
sagradas na
acepção
interpretativa
de serem de
Deus.
Como um jovem
dirigente
espírita,
deixe-nos uma
mensagem aos
nossos irmãos
engajados no
trabalho na
seara espírita.
É preciso que
entendamos que o
trabalho mais
importante é
divulgar a
Doutrina
Espírita e – com
todas as nossas
forças físicas,
mentais e morais
– vivenciar tudo
que estudamos na
Doutrina
Espírita, tendo
sempre Jesus
Cristo como
modelo e padrão
em nossa vida.
Os cargos
administrativos
são apenas
funções
assumidas em
face do nosso
envolvimento e o
nosso
compromisso com
o movimento
espírita
unificado. Muito
estudo, muita
transformação,
muito trabalho e
muita paz – essa
a nossa
mensagem.
Nota da
Redação:
Acesse o site
http://www.preservacaodavida.org/
para saber mais
sobre a
Instituição
Espírita Casa de
Preservação da
Vida.
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