Vejamos mais um caso narrado
por Weimar Muniz de Oliveira
em seu livro “Chico Xavier,
Casos Inéditos”.
O caso que ora se divulga
foi relatado por Itajuby
Lobo, amigo e companheiro de
tarefas doutrinárias.
Diz Itajuby que presenciou o
fato quando ele e outros
amigos estiveram, certa vez,
em Uberaba. Após o trabalho
que habitualmente se realiza
no Grupo Espírita da Prece,
aos sábados, à noite, foram
eles para a casa do Chico,
com o desejo de esperá-lo,
no portão de entrada, quando
teriam a oportunidade de
cumprimentá-lo, abraçá-lo e,
dentro do possível, trocar
algumas palavras.
Como sempre acontece, ali
estavam inúmeras pessoas, de
todas as partes do país, com
o mesmo propósito. Traziam
os seus anseios, os mais
variados. Conduziam cartas,
recados, bilhetes e
presentes, inclusive.
Percebia-se que muitos
pretendiam notícias de
parentes desencarnados.
Outros queriam pelo menos
tocar no médium. Enfim,
pelos assuntos que
transpareciam, aqui e acolá,
percebia-se uma gama
diversificada de sentimentos
e ânsias diante daquele ser
excepcional.
Entre tanta gente, havia uma
jovem senhora que se fazia
acompanhar de uma tenra
criança, de dois anos de
idade, mais ou menos.
Todos ali se achavam
ligeiramente exaltados e
apreensivos, em face da
iminente chegada de Chico ao
portão de sua própria
residência.
Ele teria de passar por ali,
conduzido pelos confrades e
amigos mais chegados.
Ele vai se aproximando...
A jovem senhora, conduzindo
a criança, se posta no meio
do caminho que dá acesso ao
portão de entrada.
E, chegando, o Chico
estaca-se à frente da jovem
mulher, ao mesmo tempo em
que a criança se apavora e
começa a chorar,
convulsivamente,
agarrando-se à mãe, não lhe
permitindo o ensejo de
abordá-lo.
“Ficamos perplexos diante do
inusitado acontecimento, sem
entender o quer se passava”,
diz o narrador.
O que teria acontecido à
criança? O que teria
presenciado? Seria crível a
criança assustar-se diante
de um homem tão humano?
De repente, sem que a pobre
mulher pronunciasse palavra,
ouviu-se dos lábios do
médium mais ou menos o
seguinte: que ela, a mãe,
não teria que se preocupar,
porque a cegueira daquela
criança não era consequência
da queda que tivera, não,
mas sim consequência de atos
da vida anterior.
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