THIAGO
BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba,
Paraná (Brasil)
A
Providência Divina
Apresentamos
nesta edição o tema no 13
do Estudo Sistematizado da
Doutrina Espírita, que está
sendo aqui apresentado
semanalmente, de acordo com
programa elaborado pela Federação
Espírita Brasileira, estruturado
em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor
utilizar este programa para estudo
em grupo, sugerimos que as questões
propostas sejam debatidas
livremente antes da leitura do
texto que a elas se segue. Se
destinado somente a uso por parte
do leitor, pedimos que o
interessado tente inicialmente
responder às questões e só
depois leia o texto referido. As
respostas correspondentes às
questões apresentadas
encontram-se no final da lição.
Questões para
debate
1. Que é
providência? Considerando o
sentido correto desse vocábulo,
como podemos conceituar a
Providência Divina?
2. Mencione
algumas decisões tomadas pelo
Criador que podemos enquadrar na
ação providencial de nosso Pai
Eterno.
3. Quando é
que, segundo o Espiritismo, o
homem se torna realmente infeliz?
4. Por que Deus
outorgou à criatura humana, mas
não aos animais, a faculdade do
livre-arbítrio?
5. Em relação
ao planeta Terra, a Providência
Divina manifestou-se ainda uma vez
quando Ele tomou uma decisão que
nos diz respeito de perto. Que
ação providencial foi essa?
Texto
para leitura
A ação
providencial de Deus
1. Providência
é, neste mundo, tudo o que se faz
dispondo as coisas de modo que se
realizem objetivos de ordem e
harmonia, buscando o bem e a
felicidade das pessoas.
2. Deus, em
relação às suas criaturas, é a
própria Providência na sua mais
alta expressão, infinitamente
acima de todas as possibilidades
humanas. A Providência Divina
manifesta-se em todas as coisas,
está imanente no Universo e se
exerce através de leis
admiráveis e sábias.
3. A
Providência é a solicitude de
Deus para com as suas criaturas.
Ele está em toda parte, tudo vê,
a tudo preside, mesmo às coisas
mínimas. É nisto que consiste a
ação providencial.
4. Para o
incrédulo é difícil conceber a
ação providencial de Deus nos
menores atos e menores pensamentos
de cada indivíduo. O incrédulo
admite a ação de Deus sobre as
leis gerais do Universo, a que
todas as criaturas se acham
submetidas, mas não admite sua
intervenção direta nos
pormenores mais ínfimos. É que
ele não sabe que, para estender a
sua solicitude a todas as
criaturas, Deus não precisa
lançar o olhar do alto da
imensidade. Nossas preces, para
que Ele as ouça, não necessitam
transpor o espaço, nem ser ditas
com voz retumbante, porque nossos
pensamentos repercutem n’Ele.
Providência e
livre-arbítrio
5. É por causa
de sua inferioridade que o homem
não consegue compreender como age
o Pai Eterno. A criatura O imagina
à sua semelhança, nele adorando
a imagem, a figura, e não o
pensamento. Para a maioria das
pessoas, Deus é um soberano
poderoso, sentado num trono
inacessível e perdido na
imensidade dos céus. Possuindo
percepções ainda restritas, ele
não compreende que Deus possa e
se digne de intervir em qualquer
assunto, tanto nas maiores quanto
nas pequeninas coisas.
6. Tudo foi
disposto pelo amor do Pai para o
bem de seus filhos, desde as mais
elementares providências para a
manutenção da vida orgânica e a
perpetuação da espécie, até a
outorga ao homem da faculdade do
livre-arbítrio, que dá ao
indivíduo o mérito da conquista
consciente da felicidade pela
prática voluntária do bem e a
livre busca da verdade.
7. Deus tudo
fez e tudo faz para o bem de suas
criaturas. Imprimiu-lhes na
consciência as leis morais de
trabalho, reprodução,
conservação e destruição, como
também a lei de sociedade, com
base na qual se organizam as
famílias e as comunidades, em
cujo seio eles cumprem deveres,
ligados às citadas leis e ainda
às leis de progresso, igualdade,
liberdade, justiça, amor e
caridade em seu mais justo e
elevado sentido.
Causas da
infelicidade do homem
8. Deus
propicia desse modo ao homem
construir a própria felicidade
pela livre observância dessas
leis e o cumprimento dos deveres
correspondentes, e ele só se
torna infeliz quando os descumpre
ou com elas se desarmoniza. Ao
livre-arbítrio de que foi dotado
corresponde, no entanto, a
responsabilidade por seus atos,
razão por que deve arcar com
todas as conseqüências deles
decorrentes.
9. Por causa
disso, aparentemente se opõem a
Providência Divina e o
livre-arbítrio humano. Mas isto
se dá apenas aparentemente. É
que Deus lhe concede a liberdade
de agir para que ele acrescente à
sua felicidade o mérito da
iniciativa e a espontaneidade na
busca do próprio bem. O Pai
Eterno a tudo provê, disso não
há dúvida, mas não quer inativa
a criatura humana, passivamente à
espera da graça divina, e sim que
ela mesma busque, mediante
perseverantes esforços, a
felicidade e o progresso com que
todos sonhamos.
10. Pelo uso do
livre-arbítrio, a alma fixa seu
próprio destino e prepara as suas
alegrias ou sofrimentos; mas
jamais, no curso de sua marcha
evolutiva, lhe será negado o
socorro divino sempre que dele
necessitar.
11. A alma foi
criada para a felicidade, mas para
poder apreciar essa felicidade,
para conhecer-lhe o justo valor,
deve conquistá-la por si mesma,
desenvolvendo as potências
encerradas em seu íntimo, certa
de que a liberdade de ação e sua
responsabilidade aumentam com a
própria elevação.
O guia a quem
Deus nos confiou
12. A
Providência é, assim, o
Espírito Superior, o anjo velando
sobre o infortúnio, o consolador
invisível, cujas inspirações
reaquecem o coração gelado pelo
desespero e cujos fluidos
vivificantes sustentam o viajor
prostrado pela fadiga. A
Providência é, por fim, e
principalmente, o amor divino
derramando a flux sobre seus
filhos.
13. A
Providência Divina, em relação
à humanidade terrena,
manifestou-se ainda quando Deus
nos confiou a Jesus, como
discípulos confiados a um Mestre
e como ovelhas a um pastor.
14. Com que
solicitude e paciência ele nos
vem, desde então, ensinando e
conduzindo, através de séculos e
milênios! O homem pode ter
certeza, pois, de que em momento
algum se encontra desamparado ou
entregue à própria sorte, porque
o mundo em que vivemos, graças à
bondade e à providência de Deus,
tem no seu leme aquele que a
Doutrina Espírita considera
modelo e guia da Humanidade:
Jesus.
Respostas
às questões propostas
1. Que é
providência? Considerando o
sentido correto desse vocábulo,
como podemos conceituar a
Providência Divina? R.:
Providência é, neste mundo, tudo
o que se faz dispondo as coisas de
modo que se realizem objetivos de
ordem e harmonia, buscando o bem e
a felicidade das pessoas. Deus, em
relação às suas criaturas, é a
própria Providência na sua mais
alta expressão, infinitamente
acima de todas as possibilidades
humanas, e se manifesta em todas
as coisas por meio de leis
admiráveis e sábias. A
Providência Divina é, portanto,
a solicitude de Deus para com as
suas criaturas, porque Ele está
em toda parte, tudo vê, a tudo
preside. É nisto que consiste a
ação providencial.
2. Mencione
algumas decisões tomadas pelo
Criador que podemos enquadrar na
ação providencial de nosso Pai
Eterno. R.:
Tudo o que Deus dispôs em
relação a nós tem por objetivo
o bem de seus filhos, desde as
mais elementares providências
para a manutenção da vida
orgânica e a perpetuação da
espécie, até a outorga ao homem
da faculdade do livre-arbítrio,
que dá ao indivíduo o mérito da
conquista consciente da felicidade
pela prática voluntária do bem e
a livre busca da verdade. Para
isso, imprimiu-lhes na
consciência as leis morais de
trabalho, reprodução,
conservação e destruição, como
também a lei de sociedade, com
base na qual se organizam as
famílias e as comunidades, em
cujo seio eles cumprem deveres,
ligados às citadas leis e ainda
às leis de progresso, igualdade,
liberdade, justiça, amor e
caridade em seu mais justo e
elevado sentido.
3. Quando é
que, segundo o Espiritismo, o
homem se torna realmente infeliz? R.:
Deus propiciou ao homem construir
a própria felicidade pela livre
observância das leis que Ele
estabeleceu e pelo cumprimento dos
deveres correspondentes. O homem
só se torna infeliz quando os
descumpre ou com elas se
desarmoniza. Ao livre-arbítrio de
que foi dotado pelo Criador
corresponde, assim, a
responsabilidade pelos seus atos,
razão pela qual deve arcar com
todas as conseqüências que deles
decorrerem.
4. Por que Deus
outorgou à criatura humana, mas
não aos animais, a faculdade do
livre-arbítrio? R.:
Deus concedeu ao Espírito humano
a liberdade de agir para que ele
acrescente à sua felicidade o
mérito da iniciativa e a
espontaneidade na busca do
próprio bem. O Pai Eterno a tudo
provê, disso não há dúvida,
mas não quer inativa a criatura,
à espera passivamente da graça
divina, e sim que ela mesma
busque, mediante perseverantes
esforços, a felicidade e o
progresso com que todos sonhamos.
Desse modo, pelo uso do
livre-arbítrio, o indivíduo fixa
seu próprio destino e prepara
suas alegrias ou sofrimentos.
5. Em relação
ao planeta Terra, a Providência
Divina manifestou-se ainda uma vez
quando Ele tomou uma decisão que
nos diz respeito de perto. Que
ação providencial foi essa? R.:
Essa ação providencial consistiu
em nos haver confiado a Jesus,
como discípulos confiados a um
Mestre ou como ovelhas a um
pastor. Com que solicitude e
paciência ele nos vem, desde
então, ensinando e conduzindo,
através de séculos e milênios!
Bibliografia:
"A
Gênese", itens 20 a 24.
"Depois da Morte", de
Léon Denis, págs. 243 e 244.