THIAGO
BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba,
Paraná (Brasil)
A alma humana
Apresentamos nesta
edição o tema no
16 do Estudo
Sistematizado da
Doutrina Espírita,
que está sendo aqui
apresentado
semanalmente, de acordo
com programa elaborado
pela Federação Espírita
Brasileira, estruturado
em seis módulos e 147
temas.
Se o
leitor utilizar este
programa para estudo em
grupo, sugerimos que as
questões propostas sejam
debatidas livremente
antes da leitura do
texto que a elas se
segue. Se destinado
somente a uso por parte
do leitor, pedimos que o
interessado tente
inicialmente responder
às questões e só depois
leia o texto referido.
As respostas
correspondentes às
questões apresentadas
encontram-se no final da
lição.
Questões para debate
1. Qual a corrente de
pensamento que julga a
alma como efeito e não
causa dos fenômenos
psicológicos?
2. Qual era a visão dos
vitalistas sobre
a alma?
3. Como o espiritualismo
clássico conceitua a
alma humana?
4. Que é a alma, segundo
a Doutrina ensinada
pelos Espíritos
Superiores?
5. Que seria o nosso
corpo se não tivesse
alma?
Texto para leitura
A visão dos
materialistas
1. Antes do Espiritismo,
errônea ou muito
imprecisa, vaga e
confusa era a idéia que
se fazia da alma humana.
2. Erradamente
considerada como efeito
e não causa pelos
materialistas, estes
viam nos fenômenos
psicológicos, dela
dependentes, apenas o
resultado da atividade
funcional do sistema
nervoso do homem. Um
decantado, mas mal
compreendido paralelismo
psicofisiológico,
parecia justificar esse
modo de ver, porquanto,
lesado o cérebro, ou a
medula espinhal, ou os
nervos, perturbam-se as
funções superiores da
consciência, o
pensamento lógico, o
juízo, o raciocínio, a
memória, as sensações e
as percepções humanas,
instalando-se a
demência, os delírios,
as alucinações, a
amnésia, as paralisias,
a afasia, a
insensibilidade e mesmo
o coma.
3. Os homens de ciência,
principalmente os
fisiologistas, os
psicólogos e os
psiquiatras, foram desse
modo levados a um erro
fundamental, que é
inverter os papéis do
corpo e da alma, dando
primazia àquele que, no
entanto, é apenas
instrumento da alma para
a realização de suas
atividades, enquanto
encarnada.
A opinião dos vitalistas
4. Os vitalistas
não cometeram o mesmo
erro dos materialistas,
mas, equivocadamente,
confundiram a alma com o
princípio vital da vida
orgânica, sem explicar o
atributo essencial da
alma, que é a
consciência individual,
resultante da faculdade
cognitiva ou inteligente
do ser humano.
5. A inteligência nada
tem a ver com a matéria,
nem tampouco com o
princípio vital, que é
também substância
material, embora sutil e
dinâmica, donde emana a
força vital, mas não a
inteligência e, menos
ainda, a razão lógica, o
senso moral e todas as
faculdades superiores,
inexistentes nos outros
seres vivos e
organizados, vegetais ou
animais, pelo menos no
grau em que esplendem no
homem racional e moral.
O ponto de vista dos
espiritualistas
6. Os espiritualistas,
ao contrário dos
materialistas,
consideram a alma como
um ser real e distinto,
causa e não efeito de
toda atividade
psicológica e moral do
homem.
7. Conceituando-a como
um ser distinto do corpo
perecível e a ele
sobrevivente, o
espiritualismo clássico
incorre, no entanto, no
erro de considerar seja
a alma criada com o
corpo, ao qual se liga
durante a vida física e
dele se desprende com a
morte, para seguir um
destino do qual se fazem
idéias muito vagas. A
reencarnação, ensinada
por grandes vultos da
filosofia
espiritualista, como
Sócrates e Platão, não é
aceita pelo
espiritualismo clássico,
que se alinha, nesse
ponto, à doutrina da
Igreja.
A alma vista pelo
Espiritismo
8. Com Allan Kardec e a
Doutrina por ele
codificada, raiou no
mundo a aurora de uma
Nova Era, a Era do
Espírito, e a
conceituação de alma
humana recebeu, então,
brilhante luz.
9. Eis o que os próprios
Espíritos ensinaram, no
item 134 de “O Livro dos
Espíritos”:
134. Que é a alma?
“Um Espírito encarnado.”
b) – Que seria o
nosso corpo se não
tivesse alma?
“Simples massa de carne
sem inteligência, tudo o
que quiserdes, exceto um
homem.”
10. É admirável no texto
referido a limpidez da
Doutrina Espírita a
respeito do que seja a
alma do homem: "A
alma é um Espírito
encarnado."
11. A alma é, pois, um
ser real, individual,
independente e autônomo,
de natureza puramente
espiritual e que tem
por destino grandioso
progredir sempre,
alteando-se cada vez
mais em conhecimentos e
em virtudes, o que ela
logra mediante múltiplas
existências corporais,
nas quais se depura e se
eleva gradualmente, até
que, por fim, se liberta
totalmente da
necessidade de encarnar
ao tornar-se Espírito
puro.
Respostas às questões
propostas
1. Qual a corrente de
pensamento que julga a
alma como efeito e não
causa dos fenômenos
psicológicos?
R.: O materialismo.
2. Qual era a visão dos
vitalistas sobre
a alma?
R.: Os vitalistas
não cometeram o mesmo
erro dos materialistas,
mas, equivocadamente,
confundiram a alma com o
princípio vital da vida
orgânica, sem explicar o
atributo essencial da
alma, que é a
consciência individual,
resultante da faculdade
cognitiva ou inteligente
do ser humano.
3. Como o espiritualismo
clássico conceitua a
alma humana?
R.: Os espiritualistas,
ao contrário dos
materialistas,
consideram a alma como
um ser real e distinto,
causa e não efeito de
toda atividade
psicológica e moral do
homem. Conceituando-a
como um ser distinto do
corpo perecível e a ele
sobrevivente, o
espiritualismo clássico
incorre, no entanto, no
erro de considerar seja
a alma criada com o
corpo, ao qual se liga
durante a vida física e
dele se desprende com a
morte, para seguir um
destino do qual se fazem
idéias muito vagas.
4. Que é a alma, segundo
a Doutrina ensinada
pelos Espíritos
Superiores?
R.: O Espiritismo é
categórico com respeito
ao assunto: “A alma é um
Espírito encarnado”. A
alma é, de acordo com o
ensinamento espírita, um
ser real, individual,
independente e autônomo,
de natureza puramente
espiritual e que tem por
destino grandioso
progredir sempre,
alteando-se cada vez
mais em conhecimentos e
em virtudes, o que ela
logra mediante múltiplas
existências corporais,
nas quais se depura e se
eleva gradualmente, até
que, por fim, se liberta
totalmente da
necessidade de encarnar
ao tornar-se Espírito
puro.
5. Que seria o nosso
corpo se não tivesse
alma?
R.: Simples massa de
carne sem inteligência,
tudo o que quisermos,
exceto um homem.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec, item
134.
O Reformador,
“Lembrando Kardec”,
outubro de 1980.