THIAGO
BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba,
Paraná (Brasil)
O
tríplice aspecto da
Doutrina
Espírita
Apresentamos
nesta edição o 6º
tema do Estudo Sistematizado da
Doutrina Espírita, que está
sendo aqui apresentado
semanalmente, de acordo com
programa elaborado pela Federação
Espírita Brasileira, estruturado
em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor
utilizar este programa para estudo
em grupo, sugerimos que as questões
propostas sejam debatidas
livremente antes da leitura do
texto que a elas se segue. Se
destinado somente a uso por parte
do leitor, pedimos que o
interessado tente inicialmente
responder às questões e só
depois leia o texto referido. As
respostas correspondentes às
questões apresentadas
encontram-se no final da lição.
Questões para
debate
1. Como Kardec define o
Espiritismo?
2. Quantos e quais são os
aspectos sob os quais o
Espiritismo se apresenta?
3. Em seu aspecto filosófico,
quais as características
apresentadas pelo Espiritismo?
4. É correto dizer que o
Espiritismo é uma religião? Como
Kardec se posicionou ante essa
pergunta?
5. Os fatos ou fenômenos
espíritas têm alguma
importância no estudo do aspecto
científico do Espiritismo?
Texto
para leitura
1.
Kardec assim se expressa: "O
Espiritismo é, ao mesmo tempo,
uma ciência de observação e uma
doutrina filosófica. Como
ciência prática, ele consiste
nas relações que se estabelecem
entre nós e os Espíritos; como
filosofia, compreende todas as
conseqüências morais que dimanam
dessas mesmas relações. Podemos
defini-lo assim: O Espiritismo é
a ciência que trata da natureza,
origem e destino dos Espíritos,
bem como de suas relações com o
mundo corporal". ("O que
é o Espiritismo",
Preâmbulo.)
2.
Em vista disso, constituindo a
Doutrina Espírita um corpo de
princípios filosóficos e
éticos, apoiados na
experimentação científica,
apresenta ela três notórios
aspectos: o científico, o
filosófico e o religioso.
3.
Sabe-se que a filosofia nasce
quando o homem pergunta,
interroga, cogita, deseja saber o
"como" e o
"porquê" das coisas,
dos fatos, dos acontecimentos. O
caráter filosófico do
Espiritismo está, portanto, no
estudo que ele faz do homem, de
seus problemas, de sua origem e de
sua destinação. Que somos? Donde
viemos? Para onde vamos? - eis as
clássicas perguntas que a
filosofia espírita responde com
notável clareza.
4.
Esse estudo leva ao conhecimento
do mecanismo da vida e das
relações dos homens com aqueles
que já se despediram deste mundo,
estabelecendo as bases desse
relacionamento permanente e
demonstrando a existência
inquestionável de Deus, a
Inteligência Suprema e a Causa
Primária de todas as coisas, que
a tudo comanda inteligentemente.
5.
Definindo as responsabilidades dos
Espíritos, quando encarnados ou
na vida espiritual, o Espiritismo
é filosofia, uma regra moral de
vida e de comportamento para os
seres inteligentes da Criação.
6.
O Espiritismo é, no sentido
filosófico, uma religião. Assim
o disse Kardec em memorável
discurso publicado na
"Revista Espírita" de
dezembro de 1868; mas não se
constitui, no sentido comum, em
mais uma religião, visto que não
possui cultos instituídos,
igrejas, rituais, dogmas, mitos ou
crendices, nem tampouco hierarquia
sacerdotal. Consideramo-lo
religião, quando estabelece um
laço moral entre os homens,
conduzindo-os em direção ao
Criador, mediante a vivência dos
ensinamentos morais do Cristo.
7.
É, porém, no seu aspecto
religioso - assevera Emmanuel -
que repousa a sua grandeza divina,
por constituir a restauração do
Evangelho de Jesus, estabelecendo
a necessidade da renovação
definitiva do homem, para a
grandeza do seu imenso futuro
espiritual.
8.
O Espiritismo passa da filosofia
à ciência quando confirma, pela
experimentação, os conhecimentos
filosóficos que prega e
dissemina. Se, como filosofia,
trata do conhecimento ante a
razão, indaga dos princípios e
perscruta o Espírito, como
Ciência ele os prova.
9.
Os fatos ou fenômenos espíritas
são a substância mesma da
ciência espírita, e seu objeto
é o estudo e o conhecimento
desses fenômenos, para fixação
das leis que os regem. Em seu
aspecto científico, ele demonstra
experimentalmente a existência da
alma e sua imortalidade,
principalmente por meio do
intercâmbio mediúnico entre os
encarnados e os desencarnados.
10.
No seu aspecto científico e
filosófico - lembra Emmanuel -, a
Doutrina Espírita será
sempre um campo nobre de
investigações humanas, como
outros movimentos coletivos de
natureza intelectual, que visam ao
progresso da Humanidade.
Respostas
às questões propostas
1. Como Kardec define o
Espiritismo? R.:
O Espiritismo é a ciência que
trata da natureza, origem e
destino dos Espíritos, bem como
de suas relações com o mundo
corporal.
2. Quantos e quais são os
aspectos sob os quais o
Espiritismo se apresenta? R.:
Três são os aspectos:
científico, filosófico e
religioso.
3. Em seu aspecto filosófico,
quais as características
apresentadas pelo Espiritismo? R.:
O caráter filosófico do
Espiritismo deriva do estudo que
ele faz do homem, de seus
problemas, de sua origem e de sua
destinação. Que somos? Donde
viemos? Para onde vamos? - eis as
clássicas perguntas que a
filosofia tradicional sempre
formulou e a filosofia espírita
responde com notável clareza.
4. É correto dizer que o
Espiritismo é uma religião? Como
Kardec se posicionou ante essa
pergunta? R.:
Sim. O
Espiritismo é, no sentido
filosófico, uma religião. Assim
o disse Kardec em memorável
discurso publicado na
"Revista Espírita" de
dezembro de 1868; mas não se
constitui, no sentido comum, em
mais uma religião, visto que não
possui cultos instituídos,
igrejas, rituais, dogmas, mitos ou
crendices, nem tampouco hierarquia
sacerdotal. Consideramo-lo
religião, quando estabelece um
laço moral entre os homens,
conduzindo-os em direção ao
Criador, mediante a vivência dos
ensinamentos morais do Cristo.
5. Os fatos ou fenômenos
espíritas têm alguma
importância no estudo do aspecto
científico do Espiritismo? R.:
Evidentemente.
Os
fatos ou fenômenos espíritas
são a substância mesma da
ciência espírita, e seu objeto
é o estudo e o conhecimento
desses fenômenos, para fixação
das leis que os regem. Em seu
aspecto científico, ele demonstra
experimentalmente a existência da
alma e sua imortalidade,
principalmente por meio do
intercâmbio mediúnico entre os
encarnados e os desencarnados.
Bibliografia:
"O
que é o Espiritismo", de
Allan Kardec, Preâmbulo.
"O Evangelho segundo o
Espiritismo", de Allan Kardec,
cap. 1.
"Espiritismo Básico",
de Pedro Franco Barbosa.
"O Consolador", de
Emmanuel.
"Revista Espírita" de
dezembro de 1868.