THIAGO
BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba,
Paraná (Brasil)
O
Consolador prometido
por Jesus
Apresentamos
nesta edição o 7º
tema do Estudo Sistematizado da
Doutrina Espírita, que está
sendo aqui apresentado
semanalmente, de acordo com
programa elaborado pela Federação
Espírita Brasileira, estruturado
em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor
utilizar este programa para estudo
em grupo, sugerimos que as questões
propostas sejam debatidas
livremente antes da leitura do
texto que a elas se segue. Se
destinado somente a uso por parte
do leitor, pedimos que o
interessado tente inicialmente
responder às questões e só
depois leia o texto referido. As
respostas correspondentes às
questões apresentadas
encontram-se no final da lição.
Questões para
debate
1. Em que Evangelho está
consignada a promessa de Jesus
relativa ao Consolador?
2. O Consolador prometido por
Jesus deveria apresentar algumas
características especiais. Quais
são elas?
3. Por que motivo o Espiritismo
se apresenta como o Consolador
prometido por Jesus?
4. Que razões justificariam a
promessa do Cristo, relativamente
ao advento do Espírito da
Verdade?
5. Você acha que o Espiritismo
preenche todas as condições
inerentes ao Consolador prometido
por Jesus?
Texto
para leitura
1.
O Evangelho de João registra da
seguinte forma a promessa de Jesus
relativa ao Consolador: "Se
me amais, guardai meus
mandamentos. E rogarei a meu Pai e
ele vos dará outro
Consolador, a fim de que fique
eternamente convosco: o Espírito
da Verdade que o mundo não pode
receber, porque não o vê e
absolutamente não o conhece. Mas,
quanto a vós, conhecê-lo-eis,
porque ficará convosco e
estará em vós" (João,
14:15 a 17).
2.
Um pouco mais adiante, o mesmo
Evangelista atribui a Jesus as
seguintes palavras: "Eu vos
tenho dito estas coisas enquanto
permaneço convosco. Mas o
Paráclito, o Santo Espírito, que
meu Pai vos enviará em meu nome,
vos ensinará todas as
coisas e vos fará lembrar o
que vos disse" (João, 14:25
e 26). (N.R.:
Paráclito ou paracleto significa
mentor, defensor, protetor.)
3.
Verifica-se por essas palavras que
o Consolador prometido por Jesus,
também chamado de Santo Espírito
e de Espírito da Verdade, seria
enviado à Terra com a missão de
consolar, lembrar o que ele
dissera e ensinar todas as coisas.
4.
O Consolador, como Espírito da
Verdade, teria, pois, de dar ao
homem o conhecimento de sua
origem, da necessidade de sua
estada na Terra e do seu destino,
espalhando por todo o lado a
consolação que advém da fé e
da esperança.
5.
Seu compromisso com a verdade (o
ensino de todas as coisas) o eleva
à condição de uma nova
Revelação (a terceira) da lei de
Deus aos homens. Ora, o
Espiritismo, procedendo de
Espíritos sábios e bondosos, num
verdadeiro derramamento da
mediunidade na carne, preenche
integralmente essas condições,
visto que:
1o - procura
lembrar-nos o que Jesus ensinou;
2o - ensina-nos
muitas coisas que o Evangelho não
pôde explicar adequadamente;
3o - consola e
conforta os que sofrem ao
mostrar-lhes a causa e a
finalidade dos sofrimentos
humanos.
6.
A revelação cristã sucedeu à
revelação mosaica; a revelação
dos Espíritos veio completá-la.
O Espiritismo é, pois, segundo os
próprios Espíritos superiores, o
Consolador prometido pelo Cristo.
7.
Várias foram as razões que
justificaram a promessa do Cristo,
relativamente ao advento do
Espírito da Verdade. Uma delas
seria a inoportunidade de uma
revelação total e completa pelo
Cristo, numa época em que o homem
não estaria amadurecido para
compreendê-la. Outra razão seria
o esquecimento e a falta de
vivência das verdades apregoadas
no Evangelho. E mais do que isto,
destacam-se como forte razão as
distorções premeditadas que a
mensagem evangélica sofreu ao
longo dos tempos. Kardec afirma,
em "A Gênese", terem
sido dois mil anos de
fermentação e de criminosas
deformações da mensagem cristã.
8.
A relação entre o Espiritismo e
o Consolador prometido está no
fato de a Doutrina Espírita
preencher todas as condições
inerentes ao Paráclito anunciado
por Jesus. Como assinala Kardec, o
Espiritismo vem abrir os olhos e
os ouvidos de toda gente, pois
fala sem figuras, nem alegorias, e
levanta o véu intencionalmente
lançado sobre certos mistérios,
trazendo a consolação suprema
aos deserdados da Terra e a todos
os que sofrem.
9.
Se, de um lado, o Espírito da
Verdade se apresentava aos homens,
à frente de elevadas Entidades
espirituais, que voltaram à Terra
para completar a obra do Cristo,
de outro Kardec se punha a postos,
à frente de criaturas
espiritualizadas, dispostas a
colaborar na imensa tarefa.
Cumpria-se, assim, uma promessa do
Cristo, por meio de todo um imenso
processo de amadurecimento
espiritual do homem.
10.
Kardec foi, portanto, o
instrumento de que se serviu o
Alto para completar a mensagem do
Cristo, como ele mesmo havia
prometido, por intermédio de uma
Doutrina altamente consoladora e
intimamente ligada ao ensino moral
contido no Evangelho de Jesus, que
permanecerá para sempre
conosco.
Respostas
às questões propostas
1. Em que
Evangelho está consignada a
promessa de Jesus relativa ao
Consolador? R.:
No Evangelho de João, cap. 14.
2.
O Consolador prometido por Jesus
deveria apresentar algumas
características especiais. Quais
são elas? R.:
Além, evidentemente, da tarefa de
consolar, ele deveria lembrar o
que Jesus havia ensinado e,
ultrapassando o próprio ensino do
Cristo, ensinar ao homem todas as
coisas.
3. Por que
motivo o Espiritismo se apresenta
como o Consolador prometido por
Jesus? R.:
A revelação cristã sucedeu à
revelação mosaica, e a
revelação dos Espíritos veio
completá-la. O Espiritismo é,
segundo afirmam os próprios
Espíritos superiores, o
Consolador prometido pelo Cristo.
E ele, de fato, preenche
integralmente as condições
mencionadas na promessa do Cristo,
visto que:
1o - procura
lembrar-nos o que Jesus ensinou;
2o - ensina-nos
muitas coisas que o Evangelho não
pôde explicar adequadamente;
3o - consola e
conforta os que sofrem ao
mostrar-lhes a causa e a
finalidade dos sofrimentos
humanos.
4. Que razões
justificariam a promessa do
Cristo, relativamente ao advento
do Espírito da Verdade? R.:
Várias foram as razões que
justificaram a promessa do Cristo,
relativamente ao advento do
Espírito da Verdade. Uma delas
seria a inoportunidade de uma
revelação total e completa pelo
Cristo, numa época em que o homem
não estaria amadurecido para
compreendê-la. Outra razão seria
o esquecimento e a falta de
vivência das verdades apregoadas
no Evangelho. E mais do que isto,
destacam-se como forte razão as
distorções premeditadas que a
mensagem evangélica sofreu ao
longo dos tempos.
5. Você acha
que o Espiritismo preenche todas
as condições inerentes ao
Consolador prometido por Jesus? R.:
Sim. Inexiste dúvida quanto a
isso. Como assinala Kardec, o
Espiritismo veio abrir os olhos e
os ouvidos de toda gente, pois
fala sem figuras, nem alegorias, e
levanta o véu intencionalmente
lançado sobre certos mistérios,
trazendo a consolação suprema
aos deserdados da Terra e a todos
os que sofrem e cumprindo, desse
modo, todas as condições citadas
por Jesus em sua promessa.
Bibliografia:
"O
Evangelho segundo o
Espiritismo", de Allan Kardec,
cap. 2.
"A Gênese", de Allan
Kardec, itens 37 e 40.
"O Espírito e o Tempo",
de J. Herculano Pires.